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Itália investiga Meta por suposto abuso de direitos musicais

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Felipe Freitas

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A autoridade antitruste italiana abriu uma investigação contra a Meta, gigante criada por Mark Zuckerberg, sobre a possibilidade de uma “dependência econômica” na negociação dos direitos autorais das músicas tocadas em suas plataformas.

A investigação foi aberta contra a Meta Platform, Meta Platforms Ireland, Meta Platforms Technologies UK Limited e Facebook Italy, devido às negociações que a plataforma mantém com a Sociedade Italiana de Autores e Editores (SIAE), entidade que protege os direitos autorais na Itália.

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Segundo o órgão, a empresa de Zuckerberg pode ter interrompido indevidamente as negociações para a estipulação da licença de utilização dos direitos musicais nas suas plataformas, abusando da dependência econômica da SIAE.

A Autoridade da Concorrência e Mercados, presidida por Roberto Rustichelli, considera que a Meta poderá ter interrompido indevidamente as negociações para a renovação do contrato, retirando também das suas plataformas sociais e não sociais conteúdos musicais protegidos pela SIAE.

A hipótese de investigação é a de que a Meta poderá ter abusado do desequilíbrio contratual de que se beneficia ao solicitar à SIAE a aceitação de uma oferta financeira inadequada, sem, no entanto, fornecer informação adequada para avaliar a sua efetiva consistência.

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Após a interrupção das negociações, a Meta retirou os conteúdos musicais protegidos pela SIAE das plataformas sociais de forma a deixarem de estar disponíveis para os usuários.

A Autoridade considera que o alegado abuso de dependência econômica pode ter um impacto significativo na proteção da concorrência nos mercados e causar graves prejuízos aos consumidores.

Segundo nota, tal conduta poderá não só abalar significativamente a capacidade concorrencial da SIAE nos mercados em causa, como também impedir que os autores que representa, uma parte significativa do patrimônio na Itália, cheguem à categoria cada vez mais alargada de usuários que utilizam as plataformas.

O comportamento da Meta também pode ter um impacto sobre os autores representados por outras empresas (sociedades de gestão coletiva) e que são co-autores dos direitos juntamente com os autores protegidos pelo SIAE.

Além disso, o obstáculo ao acesso ao conteúdo musical nas plataformas Meta também pode ter efeitos negativos sobre a remuneração dos direitos ligados aos produtores de obras musicais e todas as outras posições legais protegidas pela lei de direitos autorais.

Estas práticas abusivas também poderiam limitar consideravelmente a escolha dos consumidores que seriam privados da possibilidade de utilizar as obras protegidas pelo SIAE, um importante componente da oferta musical italiana e internacional.

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Após o anúncio da Autoridade, o presidente da SIAE, Salvatore Nastasi, elogiou a investigação, garantindo que ela “vai permitir-nos voltar a sentar à mesa para enfrentar o gigante americano em pé de igualdade”.

Por outro lado, um porta-voz da Meta assegurou que “estamos dispostos a colaborar para atender às solicitações da Autoridade Garantidora da Concorrência e do Mercado” porque “proteger os direitos autorais de compositores e artistas é uma prioridade para nós”.

Nesta quinta-feira (6), as duas partes se reuniram na sede do Ministério da Cultura. ”Discutimos longamente com a Meta sobre as respectivas posições, mas no momento ainda estamos longe das indicações precisas formuladas ontem pela Autoridade Garantidora da Concorrência e do Mercado. No entanto, continuamos trabalhando na esperança de chegar a uma solução compartilhada”, declarou a SIAE.

Já a Meta também reforçou que houve “uma longa discussão com a SIAE e ainda há pontos importantes não resolvidos”, mas “continuaremos trabalhando para encontrar um acordo que satisfaça todas as partes”. (ANSA).

Fonte: Tecnologia

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Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável

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OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA
Unsplash/Rolf van Root

OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA

As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.

Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.

Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.

Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.

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Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.

No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.

Fonte: Tecnologia

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