Pesquisar
Close this search box.

TECNOLOGIA

O clima no escritório do Twitter no Brasil após os cortes de Musk

Publicados

em

Funcionários do Twitter foram demitidos após Elon Musk adquirir rede social
Felipe Freitas

Funcionários do Twitter foram demitidos após Elon Musk adquirir rede social

Desespero e confusão. Foram esses os sentimentos entre os funcionários do Twitter no Brasil na última sexta-feira (4), quando metade dos trabalhadores da empresa em todo o mundo foi demitida, após Elon Musk assumir a gestão da rede social.

Aqui no Brasil, essa porcentagem foi ainda maior, de acordo com fonte que preferiu não ser identificada. A reportagem entrou em contato com o Twitter para saber o número exato de brasileiros demitidos, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. Globalmente, 50% dos trabalhadores foram cortados, de acordo com documento interno ao qual o portal iG teve acesso.

Até esta segunda-feira (7), muitos dos brasileiros demitidos não receberam informações precisas a respeito da rescisão dos contratos e do pagamento de possíveis multas, ao contrário do que Musk vem pregando publicamente. Em sua conta no Twitter, o bilionário disse que “todos os que saíram receberam 3 meses de indenização”, sem explicar se a regra é global ou apenas para trabalhadores dos Estados Unidos.

As demissões aconteceram de forma repentina e por email, o que os funcionários do Twitter classificam como um comportamento que vai na contramão da cultura da empresa. “Foi muito estranho porque essa nunca foi a cultura da empresa. As demissões não foram nada empáticas. O Twitter tem uma cultura muito única, todo mundo é muito parceiro. Dessa vez, não. Para começar, todos os emails foram inglês”, conta uma das trabalhadoras demitidas, que preferiu não se identificar.

Dois dias de aflição

A tensão nos grupos de WhatsApp de trabalhadores do Twitter começou ainda na quinta-feira (3), quando notícias da imprensa internacional começaram a apontar para o corte de pessoal. Neste momento, nem os líderes nacionais da empresa tinham informações precisas para orientar os funcionários.

Leia Também:  Samsung vai lançar tablet dobrável em formato inédito, diz vazamento

No final da tarde, veio a oficialização do que a imprensa havia adiantado: todos foram avisados por email que, até às 13 horas do dia seguinte, saberiam se seus empregos estavam comprometidos ou a salvo.

“Aí já começou um certo desespero”, conta a funcionária. No final da noite, parte da equipe perdeu o acesso aos sistemas internos da empresa e aos canais de comunicação oficiais, levando os trabalhadores a crerem que essa seria a parcela de funcionários que seria cortada.

A essa altura, o boca a boca e as conversas de WhatsApp estavam a todo vapor, com os funcionários tentando adivinhar o que estava acontecendo. No início da manhã seguinte, a resposta chegou.

Elon Musk assumiu o Twitter há 10 dias e demitiu 50% dos funcionários da empresa
Felipe Freitas

Elon Musk assumiu o Twitter há 10 dias e demitiu 50% dos funcionários da empresa

Uns ficam, outros vão

Parte da equipe recebeu um email informando que seu emprego estava mantido. A outra parte, porém, foi avisada que suas posições estavam comprometidas. Toda a comunicação foi feita em inglês e através de emails que pareciam automáticos, sem qualquer tratamento pessoal ou assinatura.

“Conforme compartilhado mais cedo hoje, o Twitter está realizando uma redução da força de trabalho para ajudar a melhorar a saúde da empresa. Essas decisões nunca são fáceis e é com pesar que escrevemos para informar que sua função no Twitter foi identificada como potencialmente impactada ou em risco de redundância”, diz o email enviado aos demitidos, ao qual o portal iG teve acesso.

Leia Também:  iPhone Ultra? Apple quer lançar modelo ainda melhor que o Pro Max

No email, a empresa ainda afirma que os acessos foram cortados e diz que os próximos passos seriam informados a depender da localização em que a pessoa trabalha. Em nenhum momento, a demissão é citada com clareza, o que fez os funcionários especularem que essa tenha sido uma estratégia adotada para evitar possíveis processos trabalhistas. Até a manhã desta segunda, novas orientações ainda não tinham chegado, mas o acesso segue cortado, impedindo os funcionários de trabalharem.

O email recebido pela outra parte da equipe, porém, deixou claro que a mensagem das funções “potencialmente impactadas” significava demissão. Quem ficou recebeu uma mensagem clara, confirmando que o emprego estava mantido. “Obrigado por sua paciência durante esta transição e por seu compromisso com o importante trabalho que você faz no Twitter. Estamos enviando este email para confirmar que seu emprego não foi afetado pela redução da força de trabalho de hoje”, diz o email, ao qual o portal iG também teve acesso.

Quem ficou ainda recebeu, mais tarde na sexta-feira, um documento com perguntas e respostas sobre os cortes na empresa. Nele, o Twitter confirma que cerca de 50% dos funcionários foram cortados globalmente, e que a proporção em cada escritório regional é variada.

O documento ainda afirma que o processo demissional varia de país para país, e que funcionários de fora dos Estados Unidos “estão sendo tratados de acordo com as normas locais e regionais”.

A reportagem procurou o Twitter para saber quantos funcionários foram demitidos no Brasil e como serão feitos os desligamentos. A empresa não respondeu até o fechamento desta matéria.

Fonte: IG TECNOLOGIA

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

TECNOLOGIA

Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável

Publicados

em

OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA
Unsplash/Rolf van Root

OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA

As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.

Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.

Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.

Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.

Leia Também:  A cada minuto, 1,5 mil ataques hacker por malware acontecem no Brasil

Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.

No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.

Fonte: Tecnologia

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

ALPINÓPOLIS E REGIÃO

MINAS GERAIS

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA