TECNOLOGIA
Reino Unido quer regular serviços financeiros da Apple, Google e Meta
Nesta terça-feira (25), a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA) anunciou que vai analisar os potenciais benefícios e malefícios quanto à entrada de empresas como Apple, Google e Meta em setores de serviços financeiros. O órgão alega preocupações quanto à concorrência no país e à exploração de poder de mercado.
Segundo a FCA, a presença das gigantes de tecnologia no setor financeiro — desde a realização pagamentos, obtenção de crédito e contas-poupança digitais —, tem aumentado de forma constante. O receio da autoridade é o potencial de expansão e uma mudança descontrolada no mercado.
Ainda que a chegada delas nesse mercado traga benefícios para os usuários e estimule a concorrência, a FCA teme que os riscos possam ser maiores no futuro. Dentre eles: a rápida conquista do setor e um possível abuso de poder, que pode, segundo a entidade, ser prejudicial à concorrência e aos consumidores.
“Queremos ter certeza de que esses benefícios sejam totalmente realizados e, ao mesmo tempo, garantir bons resultados para o consumidor e para o mercado. Isso é vital quando consideramos o papel das grandes empresas de tecnologia no fornecimento de infraestrutura tecnológica chave, como serviços em nuvem”, afirma o órgão.
Nada de mudanças… pelo menos por enquanto
Por ora, nenhuma mudança regulatória está sendo proposta. Segundo a FCA, seu objetivo é estimular a discussão a fim de informar a abordagem do órgão como parte de um novo regime pró-competitivo do Reino Unido voltado para os mercados digitais.
Como pontapé para esse longo debate, o órgão publicou uma análise com foco nos possíveis impactos da entrada das gigantes na concorrência em, pelo menos, quatro setores do Reino Unido: pagamentos, recebimento de depósitos, crédito ao consumidor e seguros.
“Escolhemos esses setores devido à importância para a vida financeira dos consumidores e ao potencial impacto da concorrência que a entrada e a expansão das grandes empresas de tecnologia podem ter sobre eles”, diz a FCA.
O órgão aceita respostas até o dia 15 de janeiro de 2023. Além disso, ele também realizará um evento com especialistas daqui a cerca de um mês, em 28 de novembro. Também serão oferecidos workshops nos dias 6 e 7 de dezembro.
Fonte: IG TECNOLOGIA
TECNOLOGIA
Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.
Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.
No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.
Fonte: Tecnologia