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50 anos em 5

Brincadeiras, casamento, oratória e visão desenvolvimentista marcam Juscelino Kubitschek

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Juscelino Kubitschek de Oliveira foi o 21º presidente do Brasil e seu governo foi marcado por um amplo desenvolvimento econômico e industrial, além da construção de Brasília. Kubitschek foi um hábil negociador político. Conhecido como JK era um grande defensor do trabalho, da ética, da economia, da medicina e da família.

Segundo o historiador Francisco Assis Barbosa, Juscelino era um menino “como outro qualquer, incapaz de despertar inveja ou inimizades devido à sua condição econômica pobre e por seu temperamento brincalhão e avesso a discussões e intrigas”.  Mesmo nas adversidades da vida sempre era possível encontra-lo com o sorriso estampado no rosto. E foi com esse carisma e sorriso que conquistou amigos poderosos quando se mudou para capital mineira, onde conseguiu se formar em medicina na UFMG. Depois se especializou em Urologista na Universidade de Paris.  JK foi casado com Sarah Lemos, com quem teve uma filha no ano de 1943 e depois adotou outra menina em 1947.  Sarah era uma mulher de forte temperamento, enérgica, determinada e bem-educada. Seu marido chegou a dizer em uma entrevista que “às vezes tinha a impressão de que se casara com um tigre”. Contudo, era conservadora e não gostava de política, mas apoiou o marido em suas decisões. Sarah é o reflexo da máxima que diz: “ao lado de um grande homem sempre tem uma grande mulher”.

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Na vida pública, antes de se tornar presidente da República, foi prefeito de Belo Horizonte, deputado constituinte e Governador de Minas, na época criou a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), uma das principais empresas do setor no país, mas que, em um passado recente foi sucateada por governos corruptos.

Em 1954, com grande apelo popular, planejamento, carisma de sobra e um vasto currículo, JK lançou sua candidatura a presidente do Brasil com o seguinte lema “50 anos em 5”. Adotou um discurso desenvolvimentista e com ideias contrárias ao comunismo conseguiu aliança com seis partidos e em 1955, derrotou o candidato da UDN com 35,6% do votos. O opositor da época, Juarez Távora, conhecido por ser um dos articuladores que levaram Getúlio Vargas a cometer suicídio,  tentou anular a eleição, mas com apoio do movimento militar JK tomou posse em 31 de janeiro de 1956.

Durante todo o seu mandato, o país viveu um período de notável desenvolvimento econômico e relativa estabilidade política. No entanto, houve também um significativo aumento da dívida pública interna, da dívida externa, e, segundo alguns críticos, seu mandato terminou com crescimento da inflação, aumento da concentração de renda e arrocho salarial. Na época, não havia reeleição e em 31 de janeiro de 1961 foi sucedido por Jânio Quadros, seu opositor, durante todo o mandato e apoiado pela UDN.

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Em 1961, JK elegeu-se senador por Goiás vislumbrando, sem sucesso, uma nova candidatura à presidência em 1965.  No entanto, com o Golpe de 1964 foi acusado pelos militares de corrupção e de ser apoiado por comunistas e como consequência teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos.

Encurralado no Brasil passou a percorrer cidades americanas e europeias, em um exílio voluntário. Em março de 1967, voltou definitivamente para sua terra natal e uniu-se a Carlos Lacerda e Goulart na articulação da Frente Ampla, em oposição à ditadura militar, que foi extinta pelos militares um ano depois, levando JK à prisão por um curto período.

Juscelino ainda tentou voltar à vida política depois de passados os dez anos da cassação de seus direitos políticos, mas em 22 de agosto de 1976, morreu em um acidente automobilístico. Kubitschek é visto por muitos como o pai do Brasil moderno e está entre os políticos cujo legado é mantido mais favoravelmente até os dias de hoje. Embora muitos tentam se assemelhar a JK  ainda não surgiu nesse país um homem com tamanha visão para o progresso e com invejosa oratória, que ecoa pelos quatro cantos dessa nação.

 

 

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