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Central de Acompanhamento de Alternativas Penais responsabiliza infratores da Lei Maria da Penha

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Contribuir para o fortalecimento e a consolidação das alternativas à prisão no estado, pautando ações de responsabilização com liberdade. Este é o objetivo do programa Central de Acompanhamento de Alternativas Penais (Ceapa), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em ação no estado há 20 anos. 

As ações de responsabilização de homens processados e julgados no contexto da Lei Maria da Penha são um dos eixos do programa. Somente em 2021, 80 desses grupos foram criados e 1.084 homens encaminhados nas cidades de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Divinópolis, Governador Valadares, Ibirité, Ipatinga, Juiz de Fora, Montes Claros, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Sete Lagoas, Uberaba, Uberlândia e Vespasiano, locais em que o programa atua. Já em janeiro de 2022, sete grupos de responsabilização foram abertos e 93 encaminhamentos realizados. 

A gestora social do Centro de Alternativas Penais e Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional, em Governador Valadares, Amanda Nogueira, explica que na cidade, 90% dos homens encaminhados entram para o programa após participarem de uma audiência de custódia, que por sua vez, ocorre após casos de prisão em flagrante. Assim, o programa busca fomentar processos reflexivos com o intuito de romper os ciclos de violência de gênero e intrafamiliar.

“A Ceapa busca o desenvolvimento de práticas que corroborem com o processo de desnaturalização de uma cultura machista e sexista e propiciem aos homens atendidos a capacidade de ampliação de respostas diante de situações de conflitos, tendo outras reações que não apenas a violência como única possível”, afirma. 

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Em Governador Valadares, entre janeiro e fevereiro deste ano, 69 atendimentos já foram realizados com homens autores de violência de gênero, incluindo os grupos e também atendimentos individuais de acompanhamento.  

“A quase totalidade dos homens encaminhados apresenta muita irritação e sentimento de injustiça no primeiro atendimento. Com o passar do tempo e com a escuta ativa e qualificada da equipe, essa queixa vai dando lugar para os processos reflexivos, fundamentais no processo de responsabilização destes homens”, explica Amanda. “Tivemos um caso interessante em que um dos homens encaminhados, após ter agredido a ex-companheira e ter sido preso em flagrante, comprou uma arma para se vingar dela. No entanto, desistiu após tudo o que ouviu e refletiu durante a participação no grupo de responsabilização”, conta. 

Sejusp / Divulgação (mais fotos: clique aqui)

Demais frentes de atuação

Além das ações de responsabilização, a Ceapa atua ainda com a prestação de serviços à comunidade; projetos temáticos de execução de alternativas penais por tipo de delito cometido, tais como uso de drogas, crimes de trânsito, crimes contra o meio ambiente e pessoas em situação de conflito; projetos de acompanhamento das pessoas em cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão e projetos e práticas de Justiça Restaurativa. 

Para isso, atua em colaboração com o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública, além da parceria com prefeituras, terceiro setor e a sociedade civil. A rede de parceiros é composta ainda por instituições públicas e privadas nas áreas de saúde, educação, assistência social, geração de renda e inclusão produtiva. 

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“O acompanhamento a estas pessoas está para além do monitoramento judicial; a equipe, ao acolhê-las, intervém nas vulnerabilidades sociais e criminais apresentadas a partir de uma escuta qualificada, o que possibilita a criação de um elo entre o programa e a pessoa. Dessa forma, há uma mudança de mentalidade, pois, durante o próximo conflito, a resposta dada pelo participante será diversa daquela que o trouxe ao programa”, diz Beatriz Santana, gestora social da Unidade de Prevenção à Criminalidade São Benedito, localizada em Santa Luzia. 

Participação das mulheres

O sucesso do programa conta com uma engrenagem para lá de especial: a participação das mulheres. Atualmente, o programa tem a atuação de 78 delas nas unidades de prevenção à criminalidade e, outras duas, na diretoria localizada na Cidade Administrativa. São 62 analistas atuantes nas áreas de direito, serviço social e psicologia, 13 gestoras e três supervisoras. 

Somente em janeiro de 2022, a Ceapa monitorou e atuou em 7.195 alternativas à prisão em todo o estado. 

“Enquanto Analista Social, acredito que a importância do trabalho realizado se evidencie em proporcionar aos participantes reflexões sobre formas não violentas de vivenciarem situações do cotidiano e, especialmente aos homens, vivenciarem as masculinidades para além das normas de gênero estruturalmente estabelecidas”, destaca Lidiane Oliveira, analista social da Ceapa de Ibirité. 

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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