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Comitê da Meta critica ‘lista VIP’ do Facebook que privilegiou Neymar

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Meta terá que revisar programa que privilegia celebridades
Unsplash/Dima Solomin

Meta terá que revisar programa que privilegia celebridades

O Comitê de Supervisão da Meta , órgão semi-independente que verifica as ações de moderação de conteúdo no Facebook e no Instagram, publicou um relatório orientando a empresa a modificar seu sistema que privilegia celebridades, como o jogador de futebol Neymar, permitindo que elas não sofram exclusões de publicações.

A “lista VIP” do Facebook e do Instagram  veio a público há cerca de um ano, através de uma reportagem do jornal estadunidense The Wall Street Journal. Na ocasião, a Meta pediu para que o Comitê de Supervisão revisasse o programa, chamado Programa de Verificação Cruzada.

Na prática, ele cria uma lista de celebridades e políticos – incluindo nomes como Neymar e Donald Trump, esse segundo antes do seu banimento – para a qual a moderação de conteúdo é aplicada com mais cautela.

Normalmente, se a inteligência artificial da Meta identifica publicações que ferem as regras, elas são excluídas automaticamente. Para as pessoas que participam do Programa de Verificação Cruzada, a exclusão automática não acontece, e as publicações infratoras precisam passar por uma revisão humana antes de serem excluídas, o que leva cerca de cinco dias.

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Em seu relatório, o Comitê de Supervisão da Meta afirma que o programa é pouco transparente e que a empresa são informa quais pessoas fazem parte dele e nem o motivo pelo qual foram escolhidas.

“Embora a Meta tenha dito ao Comitê que a verificação cruzada visa promover os compromissos da Meta com os direitos humanos, descobrimos que o programa parece mais diretamente estruturado com o objetivo de resolver as preocupações das empresas. O Comitê entende que a Meta é uma empresa, mas, ao fornecer proteção extra a determinados usuários em grande parte segundo os interesses comerciais, a verificação cruzada permite que o conteúdo que de outra forma seria removido rapidamente permaneça ativo por um período mais longo, podendo causar danos”, afirma o Comitê.

O órgão avalia que os maiores problemas do programa são o tratamento desigual dos usuários, a falta de transparência e o atraso para remover conteúdos que infringem as regras das plataformas.

Um exemplo de atraso na remoção foi quando Neymar publicou, sem autorização, fotos nuas da modelo Najila Trindade, que o acusou de estupro. De acordo com o The Guardian, o Programa de Verificação Cruzada atrasou a remoção do conteúdo, mantendo-o no ar até uma revisão humana.

Diante dessas falhas, o Comitê de Supervisão fez uma série de recomendações à Meta, como ser mais transparente, escolher contas para a “lista VIP” com base em interesses sociais, e não econômicos, e ocultar conteúdo possivelmente danoso antes das análises humanas, já que a demora pode permitir a circulação de publicações perigosas, com desinformação, discurso de ódio ou, como no exemplo de Neymar, violação de privacidade.

“O conteúdo identificado como infrator e de alta gravidade durante a primeira análise da Meta deve ser removido ou ocultado até que uma análise mais aprofundada seja feita. Esse conteúdo não deve permanecer na plataforma ganhando visualizações simplesmente porque a pessoa que publicou é um parceiro de negócios ou uma celebridade”, orienta o Comitê. A Meta ainda não comentou publicamente o relatório.


Fonte: IG TECNOLOGIA

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Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável

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OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA
Unsplash/Rolf van Root

OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA

As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.

Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.

Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.

Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.

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Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.

No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.

Fonte: Tecnologia

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