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Funai detona nota da gestão Bolsonaro sobre sumiço de Bruno e Dom

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Dom Phillips e Bruno em ilustração que pede justiça pelo assassinato da dupla
Reprodução / Arte de Cris Vector

Dom Phillips e Bruno em ilustração que pede justiça pelo assassinato da dupla


A Funai ( Fundação Nacional dos Povos Indígenas ) divulgou uma nota nesta terça-feira (28) refutando um texto publicado pela gestão do então delegado Marcelo Xavier, no governo Bolsonaro . O documento fazia referência ao desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips . O órgão tratou o conteúdo como “violento” e “difamatório”.

No ano passado, a Funai afirmou que iria acionar o Ministério Público Federal para apurar se a Univaja teria sido responsável por permitir que Bruno e Dom entrassem de forma ilegal em uma região de indígenas isolados.

Na nota de hoje, o órgão destacou que o conteúdo saiu do ar por determinação da Justiça Federal do Amazonas. A Justiça disse que o documento estava violando os “direitos humanos”, além de ser “indevido” e “inoportuno”, não sendo “compatível com a realidade dos fatos e com as normas em vigor”.

A nova nota ainda homenageou o indigenista Maxciel Pereira, assassinado pelo crime organizado na região. A Funai tratou a morte de Maxciel, Dom e Bruno como “negligência de autoridades públicas e sua atuação muitas vezes contrária aos direitos indígenas”.

Dom Phillips, que era colaborador do jornal britânico The Guardian , e Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última vez no dia 5 de junho de 2022 , na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas, quando sumiram sem deixar vestígios.

Após 10 dias de buscas , a PF encontrou os responsáveis pelos dois assassinatos.

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Leia a nota na íntegra abaixo:

“A Fundação Nacional dos Povos Indígenas(Funai) vem a público corrigir os termos de nota difamatória e violenta anteriormente publicada por esta fundação, quando era presidida pelo delegado Marcelo Xavier. A nota publicada no dia 10 de junho de 2022, apenas cinco dias após o desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips, ameaçava a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) de processo judicial e trazia uma série de inverdades contra Bruno e Dom.

O texto foi retirado do site da Funai por ordem da Justiça Federal do Amazonas, que considerou a nota “violadora de direitos humanos”, “inoportuna”, “indevida” e que seu conteúdo não era “compatível com a realidade dos fatos e com as normas em vigor”. Hoje, a Funai se retrata e pede desculpas por esse capítulo lamentável de sua história.

Afirmamos a importância do trabalho da Univaja, organização indígena cuja colaboração é fundamental para a proteção e promoção dos direitos indígenas na região do Vale do Javari e sem a qual os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips não teriam sido, pelo menos em parte, solucionados. Foram os indígenas do Javari que localizaram o ponto exato dos crimes e forneceram informações cruciais para que as investigações pudessem se aprofundar.

No dia de hoje, a Funai se junta a outras autoridades federais e ministros de Estado, respondendo ao convite da Univaja para um primeiro passo para retomada do Vale do Javari, assolado por quadrilhas criminosas diante do abandono promovido pelo governo anterior. Esse primeiro passo tem que ser acompanhado do reconhecimento das responsabilidades institucionais pelo que aconteceu e segue acontecendo na região.

No dia de hoje também prestamos nossa homenagem ao indigenista Maxciel Pereira, que em função dos trabalhos na fiscalização da Terra Indígena Vale do Javari também foi assassinado pelo crime organizado que atua na região. A negligência de autoridades públicas e sua atuação muitas vezes contrária aos direitos indígenas está diretamente relacionada a esse crime e a todos os outros que ocorreram no Javari. A Funai se compromete a acompanhar e cobrar a resolução das investigações, para que a família de Maxciel tenha direito à Justiça.

Bruno era um indigenista dedicado, de seriedade e compromisso amplamente reconhecidos, que sofreu perseguição dentro do órgão que o deveria proteger e foi exonerado de suas funções por incomodar criminosos, ou seja, por cumprir o seu dever como funcionário do Estado. Pagou com a vida pelo comprometimento inabalável que tinha com os povos indígenas. Dom Phillips era um jornalista que devotava seu trabalho à proteção da Amazônia e de seus povos e também pagou com a vida por essa dedicação.

Por isso tudo, hoje pedimos desculpas às famílias de Bruno e Dom. Os nomes deles foram insultados por autoridades públicas no momento mais difícil da vida de suas famílias e é dever do Estado brasileiro reconhecer a violência difamatória que sofreram, se desculpar com seus familiares e nunca mais permitir a repetição de atos dessa natureza.

Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai)”


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Fonte: IG Política

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Toyota lança novo carro no Brasil. Confira o que ele têm de tão especial!

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A Toyota anunciou o lançamento do novo modelo SW4 2025 no Brasil, apresentando o SUV de grande porte em três versões distintas. Com motor atualizado para cumprir as novas normas de emissão que entram em vigor em 2025, o modelo segue a tendência de extensão de garantia, previamente vista na picape Hilux, para até dez anos, incluindo unidades usadas desde o modelo de 2020.

Produzido em Zárate, Argentina, o SW4 não apresenta mudanças visuais, mas incorpora atualizações significativas em sua mecânica para se alinhar às novas exigências ambientais. Ao falar sobre preços, o SUV mantém as opções de cinco e sete lugares, com valores que variam de R$ 384.190 a R$ 437.890, dependendo da versão escolhida.

Quais são as versões e especificações do Toyota SW4 2025?

As três versões disponíveis do Toyota SW4 2025 oferecem um motor 2.8 turbodiesel atualizado, alinhado ao Proconve L8, que exige padrões mais rígidos de emissões a partir de janeiro de 2025. O modelo continua com 204 cv de potência e 50,9 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de seis marchas e tração 4×4.

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