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Dieta dos pontos: entenda o que é, como fazer e quais são as regras

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Dieta dos pontos: entenda o que é, como fazer e quais são as regras
Redação EdiCase

Dieta dos pontos: entenda o que é, como fazer e quais são as regras

Criada em 1966 pelo Dr. Alfredo Halpern, endocrinologista, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e chefe do grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, a dieta dos pontos tem como objetivo auxiliar no emagrecimento sem determinar quais alimentos devem ser ingeridos.

Criação da dieta dos pontos

Ao longo do tempo de atendimento endocrinológico, o Dr. Alfredo Halpern percebeu que 80% dos seus pacientes buscavam um atendimento médico para perder peso. Ele também observou que as dietas indicadas pelos nutricionistas, apesar de serem saudáveis e balanceadas, eram rigorosas, o que fazia com que muitas pessoas desistissem do processo de emagrecimento.

Para solucionar esse problema, o Dr. Alfredo Halpern pensou em um procedimento que libera o paciente para comer de tudo, a única exigência é controlar a quantidade de pontos ingeridos por dia. Assim, basta administrar os pontos consumidos para não passar da quantidade estabelecida pelo médico com base no peso, idade, sexo e a quantidade de atividade física realizada.

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Como calcular os pontos na dieta?

Segundo Ricardo Zanuto, nutricionista e mestre em fisiologia, as calorias dos alimentos são convertidas em pontos. Nesse caso, 1 ponto equivale a 3,6 kcal. “Sabendo o valor calórico do alimento, você simplesmente o divide por 3,6. Como não há restrição de nenhum tipo de alimento, sabendo-se a informação nutricional do que se deseja consumir é possível fazer a conversão em pontos, principalmente quanto aos alimentos industrializados”, explica o especialista.

Desvantagem da dieta

Para Ricardo Zanuto, a principal desvantagem dessa dieta é que ela se preocupa apenas com a quantidade de alimentos ingeridos, e não com a qualidade. “A dieta dos pontos não tem um foco diretamente na escolha dos alimentos mais saudáveis, mas por sua característica quantitativa, e não qualitativa, o que pode trazer carências nutricionais severas”, alerta o nutricionista.

Regras da dieta dos pontos

Apesar de a dieta liberar qualquer tipo de alimento, com o método é possível emagrecer cerca de 4 kg por mês. O emagrecimento depende da restrição de pontos proposta e dos objetivos do paciente. Em uma nova versão da dieta proposta pelo Dr. Alfredo Halpern, foram banidos os alimentos com gorduras trans do cardápio. “As gorduras trans comprovadamente aumentam o LDL (colesterol ruim) e diminuem o HDL (colesterol bom), podendo levar a quadros de dislipidemias”, garante Ricardo Zanuto.

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Cuidado com o consumo da gordura trans

Para garantir que o alimento que você consome está livre de gordura trans, é essencial ler atentamente os rótulos. Se ele tiver mais de 0,2 g de trans por porção, não hesite em devolvê-lo à prateleira. O consumo de vários alimentos com um pouquinho dessa gordura pode fazer com que você ultrapasse facilmente a porção de 2 g, que é o limite diário estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para um adulto.

Vantagem da dieta dos pontos

O nutricionista e fisiologista Ricardo Zanuto ressalta que a principal vantagem da Dieta dos Pontos é a possibilidade de fazer dieta sem precisar restringir nada que gosta ou está habituado a comer. “Alguns a consideram prática, porém, andar o tempo todo com calculadora e tabelas à mão em cada refeição é inconveniente, principalmente no início da dieta”, considera a profissional.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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