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Balança comercial do agro mineiro fecha o 1º quadrimestre de 2023 com superávit de US$ 3,9 bilhões

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A balança comercial do agronegócio mineiro fechou os quatro primeiros meses de 2023 com saldo positivo de US$ 3,9 bilhões. As exportações somaram US$ 4,3 bilhões, enquanto as importações de produtos agropecuários ficaram em US$ 415 milhões. O volume vendido de janeiro a abril foi de 4,3 milhões de toneladas, e o comprado, de 250 mil toneladas.

Em comparação ao mesmo intervalo de 2022, a receita de Minas Gerais com o comércio exterior caiu 10,3%. A queda é justificada, em boa parte, pela retração do preço do café no mercado internacional e pelo arrefecimento das vendas de carnes bovinas, puxado pela breve suspensão dos embarques para a China. Em relação ao volume, houve um aumento de 5,4%.

Somente em abril de 2023, o faturamento representou US$ 1,1 bilhão, com 1,2 milhão de toneladas. O decréscimo, face a esse período do ano passado, foi de 29% no valor e de 24% no volume.

No acumulado dos quatro primeiros meses, o agro foi responsável por 36,4% de toda a pauta exportadora mineira. Os produtos agropecuários foram embarcados para 159 diferentes países, sendo os principais destinos: China (US$ 1,5 bilhão), Estados Unidos (US$ 403 milhões), Alemanha (US$ 319 milhões), Itália (US$ 204 milhões) e Japão (US$ 168 milhões).

“Apesar das dificuldades de ordem mundial, pelas quais passa a economia, nós tivemos um superávit com os produtos agropecupecuários mineiros”, comenta o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Feliciano Nogueira de Oliveira.

Café, soja, celulose, açúcar e carne bovina são destaques do comércio internacional no estado e, juntos, representam 95,6% dos embarques do setor.

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Café

O comércio internacional de café registrou US$ 1,7 bilhão em receita e 7,7 milhões de sacas embarcadas, com baixa de 29% no valor e 25% no volume, no comparativo com o primeiro quadrimestre de 2022. A retração é decorrente da diminuição das compras por parte dos Estados Unidos e da Alemanha, parceiros históricos do segmento.

Por outro lado, a China aumentou a sua demanda em 96% e já configura entre as 15 nações que mais importam o café mineiro. A expectativa é de que o próximo semestre seja favorável, com crescimento dos embarques da commodity.

“A redução da receita das exportações mineiras em muito se justifica pela queda que tivemos, no mercado externo, dos preços do café, que é o principal produto da nossa pauta. Para o próximo semestre, a expectativa é pela ampliação do volume embarcado, tendo em vista o fechamento de safra das lavouras cafeeiras em Minas com uma previsão de colheita de, aproximadamente, 27,5 milhões de sacas”, aponta o superintendente.

Complexo soja

O complexo soja segue na segunda colocação do catálogo de exportações do agronegócio de Minas Gerais. No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, a cadeia totalizou a receita de US$ 1,3 bilhão e 2,3 milhões de toneladas vendidas. Houve acréscimo de 1,6% no embarque de grãos e 195% de óleo.

Os grãos foram enviados para 11 destinos, destacadamente para os asiáticos, nações responsáveis por 95% das compras do segmento.

Produtos florestais

Um destaque de crescimento no comércio exterior são os produtos florestais (celulose, madeira, papel e borracha), com faturamento de US$ 436 milhões e 563 mil toneladas enviadas para fora do Brasil. Os aumentos foram de 63% e 11%, respectivamente, se equiparados aos meses de janeiro a abril de 2022.

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As vendas aquecidas, neste ano, já contam com quatro países estreantes no ranking de maiores compradores: Indonésia (US$ 21 milhões), Reino Unido (US$ 519 mil), Bélgica (US$ 361 mil) e Alemanha (US$ 22 mil).

Carnes

As carnes de frango se mantêm em alta, alcançando os marcos de US$ 133 milhões e 67 mil toneladas, o que significa uma valorização de 28% na receita e de 18% no volume. As variedades suínas também obtiveram performance positiva no primeiro quadrimestre, com US$ 11 milhões e 5,6 mil toneladas – acréscimos de 4,6% em valores e 1,6% nos embarques.

No computo geral, o setor de carnes, que registrou no intervalo US$ 393 milhões e 126 mil toneladas, segue experimentando um cenário de arrefecimento, com recuo de 34% no valor e 22% do volume.

“A retomada da importação de carne bovina pelo mercado chinês se deu na penúltima semana de março, após um mês de suspensão em função do caso isolado e atípico de vaca louca diagnosticado no Pará. Superada essa situação, esperamos pelo aumento das vendas nos próximos meses”, avalia Feliciano.

Complexo sucroalcooleiro

O complexo sucroalcooleiro (açúcar, álcool e demais açúcares) representou 7% das vendas do agronegócio mineiro e rendeu US$ 307 milhões ao estado. O bom desempenho é resultado, principalmente, das vendas do açúcar, que representam 86% das exportações desta cadeia produtiva, com US$ 264 milhões faturados.

Fonte: Agência Minas

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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