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Minas Gerais

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena completa 120 anos com novo ambulatório de Saúde Mental

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O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB) completou, no dia 12/10, 120 anos de existência – sendo a unidade mais antiga da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

A comemoração do aniversário, com a presença de autoridades, servidores e convidados, aconteceu nesta terça-feira (17/10). Na abertura, foi exibido um vídeo do governador Romeu Zema, que destacou a trajetória de superação assistencial do hospital: “O passado ficou para trás, mas jamais será esquecido. Barbacena se tornou um sinônimo de esperança e vida”, afirmou.

Renata Dias, presidente da Fhemig, lembrou que muitas vidas e histórias passaram pela unidade. “As coisas boas aconteceram graças a vocês, servidores. Temos feito entregas, aumentando leitos, criando novos serviços. Precisamos refletir sobre o passado, mas olhar sempre para o futuro”, disse a presidente.

O prefeito do município, Carlos Augusto Soares do Nascimento, confirmou o compromisso com a unidade. “Tenho vindo muito aqui, o que significa que estão sendo realizadas muitas entregas, estamos sendo privilegiados por tantos investimentos”.

Gil Leonardi / Imprensa MG

Investimentos

O CHPB, atualmente, é modelo nos serviços de residência terapêutica, com tratamentos humanizados, que promovem a reinserção social daqueles que, anteriormente, eram segregados dentro dos sanatórios – política vigente no século passado.

Localizado a 165 quilômetros da capital mineira, o CHPB hoje é referência na macrorregião Centro-Sul do estado no atendimento aos pacientes psiquiátricos.

Buscando proporcionar mais conforto e atender um número maior de usuários, a unidade investiu, recentemente, quase R$ 140 mil na ampliação do Ambulatório de Saúde Mental e Especialidades, que passa a contar com sete salas para atendimento de neurologia e psiquiatria.

O CHPB conta com Ambulatório de Saúde Mental com consultas eletivas em psicologia, assistência social e psiquiátrica infantil e adulto; internação adulto e reabilitação clínica multidisciplinar.

Além disso, o Complexo Hospitalar de Barbacena – formado pelo CHPB e pelo Hospital Regional Dr. José Américo – investiu em melhorias como a ampliação do Ginásio de Fisioterapia, com estrutura e equipamentos modernos para proporcionar ainda mais conforto e segurança aos usuários da Unidade de Cuidados Prolongados (UCP) nos seus processos de reabilitação, e aquisição de camas hospitalares e equipamentos de fonoaudiologia e fisioterapia, onde foram aplicados, ao todo, R$ 150 mil.

Em breve serão entregues, ainda, a reforma da antiga portaria para novo acesso dos servidores e a academia ao ar livre, que totalizam um investimento de cerca de R$ 2,2 milhões.

Homenagens

Na ocasião, foi lançado o livro “Barbacena – 120 anos de psiquiatria”, de autoria do auxiliar administrativo e historiador Renato Rosa.

Alguns servidores foram homenageados durante a cerimônia. A enfermeira Maria Aparecida Umbelino de Oliveira citou: “nosso maior legado é cuidar do outro. É importante reconhecer a saúde mental como uma clínica essencial, que não sangra, mas dói”.

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A técnica de enfermagem Maria Angélica Viana de Carvalho compartilhou sua homenagem: “Cada letra dessa placa pertence aos meus colegas”, disse emocionada.

Também foram homenageados: Marlene Laureano da Silva (profissional de enfermagem), Helder Rodrigues Pereira (ex-diretor) e Neile Leite Soares (médico psiquiatra).

Serviços

No processo de revocacionamento da unidade e com a reestruturação dos serviços prestados aos usuários da Região Ampliada Macro Centro-Sul, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena direcionou suas atividades para a reabilitação integral, oferta de consultas psiquiátricas e internação de pacientes em crise psiquiátrica (até seu encaminhamento para a Rede de Atenção Psicossocial – RAPS, do município).

A Unidade de Cuidados Prolongados (UCP) é um dos novos serviços dentro da linha de cuidados do CHB, iniciado em 2020. Oferece atendimento, cuidados paliativos e reabilitação integral e intensiva da pessoa com perda transitória – ou permanente – de autonomia potencialmente recuperável. A unidade conta com uma equipe multiprofissional (fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, enfermeiro, psicóloga, assistente social e médico) e um amplo arsenal de equipamentos que foram adquiridos para reabilitação dos pacientes.

A Unidade de Internação Psiquiátrica (UIP) permanece atendendo usuários em crise psiquiátrica com critérios clínicos bem definidos, em regime de curta permanência e em articulação com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Os leitos são regulados pela Central de Regulação do Estado, o SUSFácil. Seu projeto assistencial contempla as políticas públicas de saúde mental, em consonância com a Linha de Cuidados de Saúde Mental da Rede Fhemig, lançada recentemente.

O Ambulatório de Especialidades atende os pacientes encaminhados pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), do HRB-JA e cadastrados pelas unidades básicas de saúde para atendimento ambulatorial psiquiátrico, neurologia e cuidados clínicos. A média mensal de atendimentos na Psiquiatria é de 475 pacientes.

Um pouco de história

Inaugurado em 1903, com o nome “Assistência aos Alienados de Minas Gerais”, foi o primeiro hospital psiquiátrico público de Minas Gerais, ficando conhecido, mais tarde, como “Hospital Colônia”. Segundo registros históricos, está situado nas terras da antiga Fazenda da Caveira, cujo proprietário foi Joaquim Silvério dos Reis, inconfidente que ficou conhecido pela sua notória traição a Tiradentes.

Criado com capacidade inicial de 200 leitos, devido à crescente demanda, chegou a abrigar, simultaneamente, cerca de 3.500 pacientes nos anos 1970 – gerando graves problemas, que fizeram desse período a fase mais complexa da sua história.

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Em 1977, com a criação da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), o CHPB – que, até então, pertencia à Fundação Estadual de Assistência Psiquiátrica (Feap) – passa a ser administrado pela instituição.

Na década de 1980, a unidade implementou o atendimento humanizado, com o objetivo de reintegrar os pacientes ao convívio social. Para isso, passou por uma reestruturação física e foram criados ambulatórios para internação de curto prazo, hospital-dia, centros de convivência, oficinas terapêuticas e módulos residenciais. Tudo isso antes mesmo da criação da Lei 10.216/2001, que garantiu a proteção das pessoas acometidas por transtornos mentais.

Em 16 de agosto de 1996, é inaugurado o “Museu da Loucura” – referência cultural dentro do hospital, com o objetivo de resgatar a memória da assistência à saúde mental e mostrar a história do antigo manicômio por meio da exibição de equipamentos, acervos e, ainda, documentação coletada em todo o estado. A iniciativa também destaca o contraste com a atual abordagem de tratamento que vem sendo oferecido aos pacientes da saúde mental, promovendo sua autonomia e reinserção social.

A partir de 2000, com os avanços no processo de desospitalização, os projetos de humanização ganham cada vez mais força. Em 2016, é implantado o “Casa Lar” – residência transitória, onde moradores convivem em um espaço mais próximo de um lar, possibilitando à equipe intensificar a reabilitação psicossocial e a independência dos usuários.

Em 2020, é inaugurada a Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), que presta assistência aos usuários que, apesar de estarem em condição de receber alta clínica hospitalar, necessitam de cuidados especializados para sua reabilitação física.

Uma nova história

Ao longo dos anos, a unidade vem promovendo as altas, gradativamente, mediante um processo de emancipação, considerando a particularidade de cada um. O processo é realizado de forma cuidadosa, com o objetivo de criar condições para a vida em comunidade. Nos casos em que não é possível a reinserção ao convívio sociofamiliar, os pacientes são incluídos no Programa de Residências Terapêuticas, estruturado para atender às necessidades de cada morador.

Atualmente, o CHPB tem 34 pacientes de longa permanência – em processo de alta para as Residências Terapêuticas – e possui 40 leitos destinados a pacientes agudos psiquiátricos (que desde agosto passaram a ser regulados pela Central de Regulação SUS Fácil) – e outros 25 na Unidade de Cuidados Prolongados (UCP) – habilitados pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2021, que têm previsão de serem ampliados em breve.

Fonte: Agência Minas

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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