Minas Gerais

Transforma Minas chega aos cinco anos contribuindo para consolidar a profissionalização das lideranças do Executivo mineiro

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O Governo do Estado celebrou, nesta terça-feira (26/3), os cinco anos do programa Transforma Minas – principal iniciativa de seleção, desenvolvimento e engajamento de lideranças do poder Executivo, gerida pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG). Em evento realizado no auditório da Fundação João Pinheiro (FJP), em Belo Horizonte, foram apresentados os principais resultados do projeto estratégico, como a valorização da cultura de gestão de pessoas por mérito e competência.

Desde a sua criação, em 2019, o Transforma Minas promoveu 501 processos seletivos para lideranças para 24 órgãos e entidades do Governo de Minas. Além disso, gestores centrais e regionais participaram de ações de formação e desenvolvimento que somam mais de 100 horas de dedicação. O programa realizou, ainda, uma pesquisa com mais de 1.300 servidores para ampliar as ferramentas de fortalecimento do engajamento de líderes e equipes.

Os aprendizados da gestão de pessoas ao longo do programa foram destacados pelo vice-governador Professor Mateus. Ele lembrou que as ações de desenvolvimento de líderes são essenciais para estabelecer a cultura organizacional do Governo de Minas.

“Com o Transforma Minas, o Estado caminha para a profissionalização da alta gestão administrativa pública, sejam os gestores de carreira ou de recrutamento amplo. Trabalhamos com a premissa de profissionalizar a partir da modernização da realidade pública, e não da burocratização. Só assim somos capazes de entregar o trabalho que os mineiros esperam de nós”, afirmou.

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Em vídeo exibido aos participantes do evento, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, disse que a preparação dos líderes é importante não só para a organização interna do Governo, mas também para entregar serviços públicos de qualidade para a população. “Para que isso aconteça, precisamos também do engajamento de todos servidores. Esta é a frente do Transforma Minas que será aprofundada em 2024”, acrescentou.

Constante desenvolvimento

O secretário-adjunto de Planejamento e Gestão, Luís Otávio Milagres, agradeceu o apoio do Governo ao programa e reforçou que a iniciativa se tornou uma referência nacional em gestão de pessoas, especialmente por promover processos seletivos abertos, transparentes e competitivos.

“É muito difícil sair da rotina que nos demanda bastante para pensar projetos inovadores que sejam capazes de viabilizar a transformação cultural que o Estado precisa. Com o processo aberto do Transforma Minas, nós conseguimos identificar profissionais que podem fazer a diferença e nos auxiliar nessa transformação”, definiu o secretário.

A subsecretária de Gestão de Pessoas da Seplag-MG, Kênnya Kreppel, lembrou que o grande diferencial da iniciativa, lançada há cinco anos, é se manter em constante atualização. “Começamos em 2019 com a frente de Atração e Seleção e, hoje, já temos outras duas: Desenvolvimento e Desempenho e Engajamento. O Transforma Minas não é um programa pré-formatado, ele tem a premissa de acompanhar as demandas e as necessidades da Administração Pública e dos gestores, e se adaptar sempre ao contexto, para potencializar os ganhos e qualidade do serviço público”, salientou.

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Exemplo para o país

As atividades do Transforma Minas contam com o apoio da Vamos – coalizão de organizações do terceiro setor, formada pela Fundação Lemann, Instituto Humanize e República.org – e da organização sem fins lucrativos Motriz, resultante da fusão, este ano, da Vetor Brasil e do Instituto Gesto.

A diretora-executiva do República.org, Helena Wajnman, frisou que a iniciativa mineira é um modelo a ser seguido por outros estados e municípios em que a coalizão Vamos atuar como consultora em projetos de gestão de lideranças.

“Temos um orgulho imenso de ver o quanto o Estado avançou. A experiência de Minas, por ser mais consolidada, é bastante utilizada como referência em muitos outros territórios onde estamos. Vocês mostram que essa mudança de cultura em torno da gestão de pessoas é possível, isso é um legado para o Estado e para todo o Brasil”, afirmou.

O destaque de Minas Gerais também foi ressaltado pela coordenadora de implementação de projetos da Motriz, Julimária Sousa. Ela destacou o preparo e o comprometimento dos servidores do estado com o desenvolvimento do programa. “Minas é um dos territórios que começou a ser acompanhado por nós, lá em 2019, e que hoje é o mais avançado nessa estruturação de políticas para gestão de lideranças”.

Fonte: Agência Minas

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A Crise das Emendas Parlamentares: Mentiras, Bloqueios e o Debate sobre Transparência

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ARTIGO/ Sob o pretexto de garantir maior transparência, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, bloqueou em agosto deste ano a liberação de aproximadamente R$ 25 bilhões em emendas, um gesto que escancarou as fragilidades e controvérsias desse mecanismo tão utilizado no Congresso. No entanto, um fenômeno curioso e preocupante ganhou destaque: a discrepância entre os valores anunciados por deputados em suas bases.

Conforme dados orçamentários, cada deputado possui acesso a cerca de R$ 37 milhões em emendas parlamentares, valor destinado a projetos que supostamente beneficiam suas regiões. Entretanto, não são raros os casos em que deputados inflacionam esses números, anunciando repasses de R$ 100 milhões, R$ 150 milhões ou mais. Essa prática, além de ser enganosa, mostra como a ausência de fiscalização detalhada abre espaço para a manipulação de informações.

Segundo um estudo do Instituto Transparência Brasil, apenas 30% dos eleitores têm acesso real às informações sobre o destino das emendas em suas regiões, e a maioria aceita os números divulgados sem questionamentos.

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O ditado “a mentira tem perna curta” parece não se aplicar ao universo político. Na verdade, nessa esfera, a mentira parece correr com facilidade: deputados utilizam a falta de conhecimento técnico da população para perpetuar suas narrativas, enquanto poucos se preocupam em verificar a realidade dos dados.

Esse cenário torna ainda mais urgente a implementação de mecanismos efetivos de rastreamento das emendas parlamentares.

Com a reestruturação, o TCU atuará diretamente para garantir que os recursos sejam destinados às áreas previamente definidas e que os parlamentares não utilizem as emendas de forma clientelista ou irregular. Resta saber se essa transparência será duradoura ou apenas uma resposta momentânea às crises entre os poderes.

Enquanto a nova estrutura avança, fica a reflexão: o caos no uso das emendas foi tolerado por anos. Por que a mudança aconteceu somente agora? A moralidade do processo só é lembrada em momentos de interesse político?

Embora a decisão tenha sido criticada por parte do Congresso, ela expôs uma verdade incômoda: muitos parlamentares dependem exclusivamente das emendas para justificar sua atuação política. O bloqueio gerou tensões entre os Três Poderes e colocou em xeque o equilíbrio institucional, especialmente porque apenas obras emergenciais e projetos em andamento foram liberados.

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A decisão de Dino veio acompanhada de uma provocação: por que a transparência não foi exigida antes?

A crise das emendas parlamentares vai além do bloqueio de recursos: ela revela como a opacidade e a manipulação de informações prejudicam o desenvolvimento do país. É essencial que o Congresso, a sociedade e o Judiciário avancem na construção de um sistema orçamentário transparente e rastreável, que impeça o uso indevido de recursos públicos e que garanta a aplicação real em benefícios para a população.

Enquanto isso não acontece, ficamos com uma lição clara: no Brasil, a mentira na política não tem perna curta — ela tem pernas longas, calçadas com sapatos de luxo, e corre bem longe da verdade.

Escrito por Alex Cavalcante Gonçalves – repórter e assessor parlamentar

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