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Emater dá destaque à agricultura familiar com feira gastronômica durante a Expozebu, em Uberaba

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Começa nesta sexta-feira (27/4) a Expozebu, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Uma das atrações do evento é a Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG). O espaço conta com a exposição de diversos produtos e peças artesanais.

A feira funcionará em frente à sede da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), e busca promover produtos mineiros, principalmente, da agricultura familiar. Este ano a feira deve receber cerca 60 expositores, que irão comercializar queijos, café, cachaça, carnes, doces, farinhas, mel e frutas. A Emater-MG foi a responsável pela mobilização de vários agricultores que participarão do evento.

A coordenadora regional da empresa em Uberaba, Regina Célia Marins, destaca a oportunidade que a feira proporciona aos expositores. “Além de divulgar os produtos da agricultura familiar, a feira tem como foco estimular a diversificação e qualidade dos produtos”.

Plataforma É do Campo

No estande do Sistema Agricultura, a Emater-MG vai apresentar a plataforma de vendas on-line É do Campo. Lançado pela Emater-MG, em 2023, o site visa ampliar as vendas da agricultura familiar. A plataforma faz parte do programa de apoio à comercialização eletrônica de produtos e serviços da agricultura familiar desenvolvido pela empresa. São mais de 420 produtos incluídos na plataforma, que possui cerca de 72 produtores cadastrados e assistidos pela Emater-MG.

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Expozebu

A Expozebu, considerada a maior exposição agropecuária de raças zebuínas do mundo, será realizada entre 27/4 a 5/5. O evento é promovido pela ABCZ e conta com o patrocínio do Governo de Minas Gerais. Mais informações estão disponíveis neste link.

Fonte: Agência Minas

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A Crise das Emendas Parlamentares: Mentiras, Bloqueios e o Debate sobre Transparência

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ARTIGO/ Sob o pretexto de garantir maior transparência, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, bloqueou em agosto deste ano a liberação de aproximadamente R$ 25 bilhões em emendas, um gesto que escancarou as fragilidades e controvérsias desse mecanismo tão utilizado no Congresso. No entanto, um fenômeno curioso e preocupante ganhou destaque: a discrepância entre os valores anunciados por deputados em suas bases.

Conforme dados orçamentários, cada deputado possui acesso a cerca de R$ 37 milhões em emendas parlamentares, valor destinado a projetos que supostamente beneficiam suas regiões. Entretanto, não são raros os casos em que deputados inflacionam esses números, anunciando repasses de R$ 100 milhões, R$ 150 milhões ou mais. Essa prática, além de ser enganosa, mostra como a ausência de fiscalização detalhada abre espaço para a manipulação de informações.

Segundo um estudo do Instituto Transparência Brasil, apenas 30% dos eleitores têm acesso real às informações sobre o destino das emendas em suas regiões, e a maioria aceita os números divulgados sem questionamentos.

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O ditado “a mentira tem perna curta” parece não se aplicar ao universo político. Na verdade, nessa esfera, a mentira parece correr com facilidade: deputados utilizam a falta de conhecimento técnico da população para perpetuar suas narrativas, enquanto poucos se preocupam em verificar a realidade dos dados.

Esse cenário torna ainda mais urgente a implementação de mecanismos efetivos de rastreamento das emendas parlamentares.

Com a reestruturação, o TCU atuará diretamente para garantir que os recursos sejam destinados às áreas previamente definidas e que os parlamentares não utilizem as emendas de forma clientelista ou irregular. Resta saber se essa transparência será duradoura ou apenas uma resposta momentânea às crises entre os poderes.

Enquanto a nova estrutura avança, fica a reflexão: o caos no uso das emendas foi tolerado por anos. Por que a mudança aconteceu somente agora? A moralidade do processo só é lembrada em momentos de interesse político?

Embora a decisão tenha sido criticada por parte do Congresso, ela expôs uma verdade incômoda: muitos parlamentares dependem exclusivamente das emendas para justificar sua atuação política. O bloqueio gerou tensões entre os Três Poderes e colocou em xeque o equilíbrio institucional, especialmente porque apenas obras emergenciais e projetos em andamento foram liberados.

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A decisão de Dino veio acompanhada de uma provocação: por que a transparência não foi exigida antes?

A crise das emendas parlamentares vai além do bloqueio de recursos: ela revela como a opacidade e a manipulação de informações prejudicam o desenvolvimento do país. É essencial que o Congresso, a sociedade e o Judiciário avancem na construção de um sistema orçamentário transparente e rastreável, que impeça o uso indevido de recursos públicos e que garanta a aplicação real em benefícios para a população.

Enquanto isso não acontece, ficamos com uma lição clara: no Brasil, a mentira na política não tem perna curta — ela tem pernas longas, calçadas com sapatos de luxo, e corre bem longe da verdade.

Escrito por Alex Cavalcante Gonçalves – repórter e assessor parlamentar

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