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Um natal de dor para os mineiros de Téofilo Otoni

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A tragédia ocorrida na BR-116, em Teófilo Otoni neste sabádo (21/12), que resultou na morte de 39 pessoas, novamente coloca em evidência as falhas nas rodovias de Minas Gerais. O acidente, o mais fatal registrado em estradas federais desde 2008, ocorreu após a queda de um bloco de granito de uma carreta bitrem, que causou uma explosão no ônibus da Viação Emtram. A investigação aponta que o motorista do caminhão, com CNH suspensa e excesso de peso, fugiu do local, mas já está sendo procurado após as autoridades emitiram mandado de prisão.

Este trágico evento é um reflexo das constantes falhas estruturais e da falta de fiscalização eficaz nas estradas do estado e expõe a grave situação das nossas rodovias. Protestos, como o liderado pelo senador Cleytinho Azevedo (Republicanos) em Alfenas e Muzambinho no início do ano, destacam o alto valor dos pedágios e a falta de infraestrutura adequada. Em 2024, o número de acidentes fatais em Minas Gerais já supera o total de 2023, quando ocorreram mais de 600 mortes no estado. Minas lidera em estatísticas trágicas com mais de 7,6 mil acidentes ano.

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Apesar dos altos custos de pedágios e impostos, a infraestrutura continua precária, o que torna inevitáveis os questionamentos: até quando o governo de Minas vai adiar uma solução definitiva para esse problema? O que justifica as taxas tão altas, se os riscos aumentam e a qualidade da rodovia não melhora?  Até quando Minas Gerais vai ignorar a necessidade urgente de mudanças na segurança e na qualidade das rodovias?

Além das perguntas sem respostas o contraste com estados vizinhos, como São Paulo, onde as rodovias são bem estruturadas e com maior fiscalização, só acentua a sensação de descaso por parte das autoridades mineiras e cria um  abismo de gestão entre os federados quando o assunto é tráfego eficiente e provoca um clamor da sociedade que anseia uma solução urgente.

Enquanto muitos mineiros se preparam para o calor do Natal, as 39 famílias enlutadas pela tragédia na BR-116 enfrentarão um final de ano sombrio, marcado pela perda irreparável. A solidariedade dos políticos, como do Governador Romeu Zema é indiscutivelmente louvável, mas a realidade exige algo mais profundo: a implementação de soluções urgentes. O fardo dos pedágios elevados, somado à precariedade das rodovias, não pode continuar a ceifar vidas inocentes. O momento exige ações decisivas que garantam a segurança das estradas e devolvam aos mineiros o direito de viajar com dignidade e tranquilidade.

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Texto: Alex Cavalcante

Foto Capa- Thiago Cardoso – Rádio 8 FM Teófilo Otoni

 

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Empresa de Passos é alvo de operação por fraude de R$ 80 milhões contra produtores rurais

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Passos/MG – O que já era rotina dura para quem vive do campo – acordar cedo, enfrentar o sol forte, a chuva e todas as incertezas da lavoura – ganhou um novo inimigo: a fraude. Produtores rurais de Minas Gerais, especialmente da região de Passos, foram vítimas de um esquema milionário que desviou cerca de R$ 80 milhões do agronegócio mineiro para o bolso dos possíveis golpistas!

A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou, no dia 19 de agosto, a Operação Sopro Silencioso, com o objetivo de investigar a apropriação indevida de valores por parte de uma empresa de insumos agrícolas. O esquema funcionava de forma sofisticada: mesmo após a cessão dos créditos de produtores a fundos de investimento, a empresa continuava recebendo os pagamentos diretamente dos agricultores – que, de boa-fé, acreditavam estar quitando suas dívidas. Os valores, no entanto, não eram repassados aos credores legítimos, gerando cobranças duplicadas, protestos indevidos e enormes prejuízos financeiros.

“Trata-se de uma estrutura fraudulenta sofisticada, que se valeu da confiança entre fornecedores e produtores para obter vantagem indevida”, explicou o delegado Felipe Capute, responsável pela investigação. Segundo ele, além de estelionato e apropriação indébita, há indícios de crimes financeiros, tributários e até lavagem de capitais.

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A operação também cumpriu mandados de sequestro de bens para tentar assegurar a reparação às vítimas. Foram apreendidos cinco veículos, grande quantia em dinheiro, joias, bebidas e artigos de luxo. Além disso, a Justiça autorizou o bloqueio de automóveis em nome dos investigados e das empresas envolvidas.

O nome da operação – Sopro Silencioso – faz alusão à forma discreta com que o golpe se instalou, corroendo a confiança no setor produtivo sob aparência de normalidade comercial.

Para os produtores, que já enfrentam a dureza do campo, essa fraude é mais uma batalha. Se não bastasse lutar contra o clima, pragas e o mercado, agora precisam se defender de quem deveria ser parceiro. É o retrato da resiliência de quem alimenta o Brasil, mas que segue pagando um preço alto pela falta de honestidade de alguns.

As investigações continuam e a Polícia Civil já trabalha para identificar todos os possíveis envolvidos no esquema. Celulares e documentos apreendidos durante a operação serão analisados e podem revelar novas ramificações da fraude. O objetivo é aprofundar a apuração, responsabilizar os culpados e, sobretudo, proteger os produtores rurais que foram vítimas do golpe.

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