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Pecuaristas do Norte de Minas investem em leilões

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Uma das regiões de Minas Gerais com maior número de bovinos — mais de 2,5 milhões de cabeças —, o Norte do estado tem conquistado novos mercados com a evolução genética e a qualidade da criação. O trabalho nas propriedades conta com o apoio do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), que contribui diretamente para o planejamento das pequenas e médias fazendas dedicadas à bovinocultura. Nesses locais, os produtores têm se especializado em mapeamento de mercado, atuando com eficiência na compra e venda de animais em leilões e feiras.

Em São Francisco, o produtor rural José Alvino Pinto Vieira prepara, mensalmente, novos lotes para comercialização. A fazenda, que antes era voltada à produção de leite, passou por uma transformação nos últimos anos: houve padronização do rebanho, melhoria das pastagens, análises de solo e adoção de técnicas de adubação — tudo voltado para garantir a entrega de animais de alta qualidade ao mercado.

“Já tem de quatro a cinco anos que eu faço a recria. Adquiro os bezerros nos leilões com média de cinco arrobas e meia, e levamos até 10 arrobas, no máximo 11, para a venda ao criador que vai fazer a terminação”, explica José Alvino.

Outro exemplo vem de Eduardo José Vieira Júnior, que identificou nos leilões uma boa oportunidade de negócio. Ao lado do técnico de campo do ATeG, ele montou uma estratégia para aproveitar o calendário das feiras de animais com maior precisão.

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“Antes a gente não tinha período certo para colocar os animais em reprodução. Agora definimos o período de monta já visualizando o leilão, planejamos o cruzamento no momento em que o capim já está verde. Hoje, os leilões representam uma parcela significativa da renda da fazenda”, afirma o produtor.

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Coluna Minas Gerais

PIB do agronegócio mineiro alcança R$ 235 bilhões em 2024

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Alta nos preços impulsiona crescimento do setor, que responde por 22,2% da economia estadual

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Minas Gerais somou R$ 235,0 bilhões em 2024, um crescimento nominal de R$ 20,5 bilhões em relação ao ano anterior. O avanço foi impulsionado principalmente pela valorização média de 10,2% nos preços dos produtos agropecuários, compensando a leve queda de 0,5% no volume real de produção.

Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (30/6), em coletiva realizada pela Fundação João Pinheiro (FJP), Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Sistema Faemg Senar, e já estão disponíveis no site da FJP.

A retração no volume produzido concentrou-se no núcleo das atividades primárias. Por outro lado, a agroindústria e os serviços relacionados ao agronegócio registraram crescimento real de 1,7%, demonstrando a força da cadeia produtiva como um todo.

O Valor Adicionado Bruto (VAB) das atividades agrícolas, pecuárias e florestais passou de R$ 61,8 bilhões em 2023 para R$ 70,0 bilhões em 2024. Já os demais elos do agronegócio — como agroindústria, comercialização, serviços e distribuição — evoluíram de R$ 152,7 bilhões para R$ 165,0 bilhões no mesmo período.

“Chamou nossa atenção a forte elevação dos preços de commodities agrícolas importantes para a economia de Minas Gerais”, afirmou o pesquisador Raimundo Leal, da FJP.

Na agroindústria, os destaques foram os segmentos de alimentos, bebidas, produtos do fumo, biocombustíveis, fertilizantes fosfatados e móveis, além de insumos como eletricidade e derivados de petróleo. Nos serviços, tiveram maior impacto as áreas de comercialização, alimentação fora do lar, alojamento e serviços financeiros.

“Esse resultado reforça a resiliência da agropecuária mineira. Mesmo com intempéries climáticas e oscilações na produção primária, o setor cresceu em valor graças à integração da cadeia produtiva — dos insumos ao consumidor. Isso reafirma o agro como um dos grandes motores da nossa economia”, destacou Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, também celebrou o desempenho:

“Os números mostram que 22,2% do PIB mineiro vêm do agro, setor que gera empregos, movimenta o comércio e fortalece a balança comercial. A FJP tem papel estratégico ao mensurar, com rigor, essa participação.”

Evolução histórica

As estimativas preliminares da FJP mostram a trajetória de crescimento do agronegócio no Estado:

  • 2022: R$ 203,1 bilhões (22,4% do PIB estadual de R$ 906,7 bilhões)

  • 2023: R$ 214,5 bilhões (22,1% do PIB estadual de R$ 969,2 bilhões)

  • 2024: R$ 235,0 bilhões (22,2% do PIB estadual de R$ 1,058 trilhão)

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