Operação “Gabarito
Ministério Público deflagra operação para apurar fraude em concurso público do Município de Doresópolis
O Ministério Público do Estado de Minas Gerais, pela 13. Promotoria de Justica da Comarca de Piumhi e pela Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público do Sudoeste de Minas Gerais, Polo Passos, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado-GAECO,Núcleo Passos e da Polícia Militar de Minas Gerais, deflagrou, na tarde de hoje (19/02/23), a Operação “Gabarito”, destinada a apurar fraude em concurso público para o provimento de cargos da Prefeitura Municipal de Doresópolis.
Segundo a notícia que provocou a instauração da investigação, o resultado do concurso público seria fraudado para beneficiar ocupantes de cargos comissionados e familiares de agentes políticos municipais.
Estão sendo cumpridos, neste final de tarde, mandados de busca e apreensão contra dois agentes políticos municipais e dois representantes da empresa responsável pela realização do concurso, além da busca e apreensão dos gabaritos da prova realizada na data de hoje.
A execucão das medidas cumpre protocolo para não interferir na realização das provas e não afetar o desempenho dos candidatos.
Participam das diligências 3 Promotores de Justiça e 11 policiais militares.
Fonte: Coordenadora Regional do Patrimônio Público
ALPINÓPOLIS E REGIÃO
JÚRI POPULAR ABSOLVE RÉU QUE TENTOU MATAR EX-ESPOSA COM 5 FACADAS
ALPINÓPOLIS –
Nesta terça-feira (19) a Vara Única da Comarca de Alpinópolis, no sul de Minas Gerais, foi palco de um julgamento que mobilizou os atores do judiciário e chamou a atenção de moradores da cidade. O réu J.V.A., de 52 anos, acusado de tentativa de homicídio qualificado contra sua ex-companheira, M.M.L.F., foi absolvido pelo Tribunal do Júri por 6 votos a 1.
O caso, amplamente divulgado, começou em 12 de novembro de 2023, quando J.V.A. foi preso em flagrante sob acusação de esfaquear M.M.L.F. na rua Benevenuto Augusto de Sousa, no bairro São Benedito. A vítima sofreu cinco perfurações, duas delas quas fatais, na região do pulmão e do pescoço, mas foi socorrida a tempo e sobreviveu ao ataque. Na época, testemunhas relataram que o réu havia agido por ciúmes após o término de um relacionamento de 28 anos com a vítima.
Durante o julgamento, os jurados (composto por 5 homens e 2 mulheres) analisaram as provas apresentadas pela acusação e a defesa do réu. O Ministério Público baseou-se nos depoimentos das testemunhas, entre elas o irmão da vítima, J.L.F., que flagrou o ataque, desarmou o agressor e o conteve até a chegada da polícia. Os policiais militares J.P.S.B. e J.M.C.L. também relataram o ocorrido, detalhando o cenário de violência e as circunstâncias da prisão.
Em sua defesa, J.V.A. confessou o ataque, atribuindo-o a uma perda de controle emocional causada pelo término da relação. Ele alegou arrependimento e cooperou durante todo o processo, além de afirmar que não possuía histórico criminal.
O resultado do julgamento surpreendeu parte da comunidade local e até mesmo ativistas que defendem e se posiconam contra a violência da mulher. Com base nos argumentos apresentados durante o julgamento, os jurados entenderam que as circunstâncias não justificavam uma condenação e optaram pela absolvição do réu. A votação final ficou em 6 votos a 1, livrando J.V.A. das acusações.
Após a decisão, o advogado de defesa comemorou o desfecho, destacando que o réu já havia demonstrado arrependimento e cooperado com as investigações. A vítima, por sua vez, não se pronunciou publicamente sobre o resultado.
O caso levanta reflexões sobre a atuação do Tribunal do Júri e o impacto das decisões nos envolvidos e na comunidade. Enquanto J.V.A. foi absolvido e está livre, o episódio continua sendo debatido em Alpinópolis, dividindo opiniões e reacendendo discussões sobre justiça e violência doméstica.
O Ministério Público deve recorrer!