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Setor de sorvetes denuncia possíveis práticas anticoncorrenciais de multinacionais e pede explicações sobre preços no Brasil

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A Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete), entidade que representa a indústria nacional do setor, notificou formalmente a Froneri Brasil (joint venture da Nestlé) e aponta preocupações semelhantes em relação à Kibon (Unilever), alegando possíveis práticas anticoncorrenciais que ameaçam a estabilidade do mercado brasileiro.

A mobilização da entidade nacional ocorre após o recebimento de denúncias contundentes de entidades regionais, que relataram um cenário considerado insustentável para os produtores locais. Sindicatos e associações estaduais do Ceará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo formalizaram queixas detalhadas à Abrasorvete, exigindo uma intervenção urgente contra o que classificam como “práticas predatórias”.

Em resposta a esse clamor regional, a Abrasorvete enviou documentos às duas gigantes do setor em 3 de dezembro de 2025, cobrando explicações sobre políticas de preços consideradas irreais e contratos de exclusividade em pontos de venda. A entidade, que fala em nome de mais de 10 mil empresas do setor (entre indústrias e atacado), alerta para um cenário de “insatisfação generalizada” entre os fabricantes locais.

Guerra de preços

O cerne da denúncia gira em torno da precificação praticada pelas multinacionais, especialmente nas grandes cadeias de autosserviço (supermercados) e no pequeno varejo. Segundo a Abrasorvete e as entidades regionais, os valores cobrados ao consumidor final, muitas vezes, não cobrem sequer o custo médio de produção e distribuição conhecido pelo mercado.

“Tem pote de sorvete de 1,5 litro sendo vendido no mercado por menos de R$ 9, três vezes abaixo do que o mercado pratica. Entende-se que os preços praticados com frequência, principalmente em cadeias de autosserviço, são insuficientes para gerar rentabilidade ao negócio, o que pode evidenciar uma política de preços anticompetitiva”, afirma o ofício enviado à diretoria da Froneri.

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O presidente da Abrasorvete, Martin Eckhardt, reforça a gravidade da situação.

“Não somos contra a concorrência, pelo contrário, ela é vital. Mas o que estamos vendo são gigantes globais praticando preços que fogem a qualquer lógica de custo industrial. Quando uma multinacional vende um pote de sorvete por um valor que mal paga a matéria-prima e a logística, ela não está competindo, ela está sufocando o mercado para reinar sozinha depois”, diz Eckhardt.

Exclusividade e bloqueio de mercado

Além da guerra de preços, as denúncias regionais apontam o uso de poder econômico para adquirir exclusividade em pontos de venda, bloqueando o acesso de competidores menores às gôndolas.

“Recebemos relatos constantes de associados que são impedidos de vender seus produtos ou até de realizar eventos em locais públicos devido a travas contratuais impostas por essas companhias. Há relatos de pagamentos diretos, as chamadas ‘luvas’, de até R$ 20 mil para pequenos estabelecimentos, como padarias, apenas para garantir a exclusividade do equipamento e retirar a concorrência local. O mercado brasileiro é pulverizado, formado por milhares de empresas familiares. O uso de contratos de exclusividade abusivos fere a livre iniciativa e coloca em risco mais de 270 mil empregos diretos e indiretos que nosso setor sustenta”, completou Eckhardt.

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A Abrasorvete destaca que, embora as multinacionais tenham maior poder de barganha na compra de insumos, a disparidade nos preços finais sugere uma estratégia de eliminação da concorrência regional. Para embasar essas alegações, a entidade anunciou a criação de uma comissão técnica interna para auditar e documentar essas práticas em todo o território nacional.

Até o momento, Nestlé (por meio da Froneri) e Unilever (detentora da marca Kibon) não se posicionaram, mesmo após 14 dias do recebimento das notificações. A Abrasorvete aguarda os esclarecimentos solicitados formalmente para que o mercado possa operar com “competição livre e sustentável”, ressaltando que a ausência de resposta motivou a divulgação pública dos fatos.


Sobre a ABRASORVETE

A Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis foi fundada em 2020 e é hoje a voz oficial do mercado de sorvetes no Brasil. Pela sua representatividade nacional, tornou-se referência na consolidação de dados e informações do setor, atuando na defesa dos interesses de todos os elos da cadeia produtiva.

Entre seus principais objetivos estão:

  1. Redução da carga tributária da cadeia produtiva;

  2. Elevação do consumo per capita de sorvetes no Brasil, com projetos como a campanha 50 em 10, lançada em 2023;

  3. Valorização do produto e da indústria brasileira de sorvetes;

  4. Fortalecimento da representatividade do setor junto às autoridades e órgãos competentes.

Saiba mais: @abrasorveteoficial

Assessoria de Imprensa – ABRASORVETE
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Maira Escovar – [email protected] | (11) 98578-2135
Sabrina Matos – [email protected] | (11) 94945-8017

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BR&381 com radares em 68 pontos

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FOTO: Flavio Mota/TV Leste

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www.sindijorimg.com.br

 

BR-381 com radares em 68 pontos
Teve início a instalação dos equipamentos de fiscalização eletrônica de velocidade na BR-381, no trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valadares. Os novos radares vão auxiliar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na fiscalização da rodovia em tempo real e contam com tecnologia não intrusiva, com eficácia de 100% atestada em relação aos modelos convencionais. São equipamentos fixos, equipados com sensores capazes de capturar instantaneamente a imagem do veículo e identificar informações como marca, modelo, placa, local, data e horário da infração. (Diário do Rio Doce – Governador Valadares)
https://drd.com.br/instalacao-de-radares-eletronicos-tem-inicio-na-br-381-entre-belo-horizonte-e-valadares/

PIB de Juiz de Fora supera R$ 23 bi
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) de Juiz de Fora alcançou R$ 23,27 bilhões em 2023, considerando valores a preços correntes. De acordo com o levantamento, o PIB per capita do município foi de R$ 43.035,36 no mesmo período. O indicador representa a média da riqueza produzida por habitante ao longo do ano e é utilizado para avaliar o nível de atividade econômica local, embora não reflita, de forma direta, a distribuição de renda. (Tribuna de Minas – Juiz de Fora)
https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/19-12-2025/pib-jf-ibge.html

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Araguari avança no saneamento
A Prefeitura de Araguari realizou, na quinta-feira (18), a entrega oficial do Cadastro Técnico Multifinalitário de Redes, um marco estratégico para a modernização da gestão pública e o fortalecimento do saneamento básico no município. A iniciativa representa um avanço significativo no planejamento urbano e ambiental, permitindo mais eficiência, transparência e sustentabilidade na administração das redes de água, esgoto e drenagem pluvial. O projeto é resultado de investimentos formalizados em abril de 2025, viabilizados pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari, por meio da cobrança pelo uso da água, em parceria com a Prefeitura de Araguari e a Superintendência de Água e Esgoto. (Gazeta do Triângulo – Araguari)
https://gazetadotriangulo.com.br/araguari-avanca-na-modernizacao-do-saneamento-com-entrega-do-cadastro-tecnico-multifinalitario/

Hidrogênio verde em Uberaba fecha acordo
A Tereos, produtora de cana-de-açúcar, etanol e energia, e a Atlas Agro, que desenvolve um projeto de produção de fertilizantes a partir de hidrogênio verde em Uberaba, fecharam um acordo que garante acesso prioritário para a aquisição de fertilizantes que serão produzidos no projeto Uberaba Green Fertilizer. Com duração estimada de seis anos a partir do início das entregas, a efetivação da parceria está atrelada ao avanço e operação da planta industrial da Atlas — que tem sua decisão final de investimento prevista apenas para 2027.
https://www.jornaldeuberaba.com.br/noticia/135771/projeto-de-hidrogenio-verde-em-uberaba-fecha-acordo-para-fornecer-fertilizantes-a-tereos

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Acordo fortalece cacau em Minas
O reitor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Demetrius David da Silva, reuniu-se na última quarta-feira, 17 com representantes da Brasil Mudas Cacau (BMC Cacau), empresa sediada em Janaúba, no Norte de Minas Gerais, especializada na produção de mudas de cacau certificadas. O encontro teve como objetivo discutir parcerias voltadas ao fortalecimento da cacauicultura sustentável na Zona da Mata mineira e à ampliação das ações que a empresa já desenvolve no Norte do estado. (Folha da Mata – Viçosa)
http://folhadamata.web15f105.uni5.net/ufv-e-bmc-cacau-firmam-parceria-para-incentivar-a-producao-sustentavel-de-cacau-na-zona-da-mata

Manhuaçu monitora rios
A grande preocupação de quem mora às margens dos cursos d’água é com as enchentes, por isso que em Manhuaçu foram instaladas câmeras que acompanham 24 horas por dia o nível do rio Manhuaçu e do ribeirão São Luís. O sistema está instalado em três pontos do município, um em Ponte do Silva e dois em Manhuaçu, com transmissão online e disponibilizado no site da prefeitura. Outro mecanismo que auxilia no monitoramento são quatro réguas que possibilitam a medição do nível das águas. (Diário de Manhuaçu)
https://diariodemanhuacu.com.br/2024/cidade/saiba-como-acompanhar-o-nivel-dos-rios-em-manhuacu/

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