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ECONOMIA

Ventania completa 130 anos, entenda!

É sabido que em 17 de dezembro de 2018 são exatos 80 anos de emancipação política do município, mas então porque destacamos no header da matéria 130 anos? Vamos tentar expor da maneira mais simples possível. Vamos lembrar com saudades dos nossos avós, mas pensar com inteligência em nossos netos. Até hoje tudo que se […]

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É sabido que em 17 de dezembro de 2018 são exatos 80 anos de emancipação política do município, mas então porque destacamos no header da matéria 130 anos? Vamos tentar expor da maneira mais simples possível. Vamos lembrar com saudades dos nossos avós, mas pensar com inteligência em nossos netos.

Até hoje tudo que se viu na imprensa foram os louros e a melancólica narrativa do passado. Falamos dos casarões, dos fazendeiros, dos filhos dos nossos amigos que se formaram em Medicina, Engenharia e Direito. Uma enxurrada de fotos de baixa qualidade é publicada no aniversário da Ventania.  Com e por mérito sempre saudamos os famosos, Iglair, Dona Indá e Omar (esse último meu grande amigo). Claro, que todos são importantes e viveram a frente do seu tempo. Merecem todo o nosso reconhecimento.

Todavia podemos pensar e louvar cada alpinopolense que contribuiu com o nosso desenvolvimento, tanto os notáveis quanto os autores de obras grandiosas do dia a dia, como por exemplo, o Sr. Guilherme Rick, primeiro homem a acender uma lâmpada na cidade e fazer a Ventania ascender na região. Além de Rick tantos outros homens e mulheres, que colocaram tijolo em cima de tijolo para erguer nossas terras. Negros, índios, brancos, ricos e pobres, trabalhadores, anônimos, cada um com gesto de nobreza.

Falando em ascensão voltamos a crônica.  Nossos 130 anos.  Afinal, em 2068 como nossa querida menina vai estar?  Muitas são apostas, mas ninguém parece se preocupar com o futuro, ou nos aprofundamos nos áureos tempos de poesia dos anos 60, 70 e 80 ou caímos na farra das décadas de 90 e 2000.

Em fevereiro de 2004, em Cambridge,  quando o Facebook foi inaugurado vivíamos em Alpinópolis as promessas do tão sonhado e prometido bondinho saindo da praça central e chegando ao luxuoso restaurante da Serra da Ventania. Espero que esse e outros sonhos sejam palpáveis em 2068. No alto da Serra um cenário paradisíaco, com crianças brincando na biblioteca digital, adultos observando as galáxias no potente telescópio com tecnologia superior a do Hubble.

Em setembro de 2001 enquanto as Torres Gêmeas eram destruídas sonhávamos que o nosso Monte das Oliveiras fosse um grande cenário para mise en scène religiosas, bem que os administradores tentaram, mas nossa velha forma de pensar em inimigos políticos não permitiu o desenvolvimento do local. Sem concorrência todo trabalho é frustrado. Espero que em 2068 o local seja administrado por um grupo de investidores chineses, que transforme a obra de Iglair em um grande centro de visitação turística, geração de empregos e gravações cinematográficas.

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Em maio de 1994 quando morria o piloto Ayrton Senna os alpinopolenses ouviam promessas de que teríamos uma nova prefeitura. Algum gestor terá construindo até 2068 um amplo e moderno espaço (ali sim com a memória histórica preservada) deixando apenas em fotos e textos aquele elefante azul?

É meus amigos leitores nada melhor do que brincar com o tempo. Só há duas formas de fazer isso, com a imaginação ou com as palavras e com a imaginação estou aqui, em 14 de agosto de 2068. Visualizo meu neto chegando a minha casa e com as palavras descrevo a cena.

“Acordei de manhã, beijei minha amada de longos 65 anos de companhia e fui para a sacada da casa observar o que sobrou da natureza do antigo Corguinho do Dercidi. Minha única filha mandou mensagem de texto (como é antiga essa menina) falando que chegaria com os netos para o almoço do meu aniversário. Eu, aos 87 anos, com um pouco de dor na coluna (essa dor me acompanha desde os meus 20 anos)  contemplando em um portal de comunicação a inauguração de uma moderna passarela que liga a charmosa Vila Betânia ao restante complexo urbano da cidade de Ventania. Escuto o portão se abrir, minha esposa corre (aos 80 anos) para abraçar a filha e os netos. O mais jovem sempre quer me ver primeiro e com um chip ( inserido na pele) que permite acessar informações ele vem me mostrar o que eu acabará de ver; a inauguração da passarela, construída por uma empresa particular que visa a sustentabilidade do meio ambiente. Olhando para aquele garoto vou dizer; esperamos mais de 50 anos por essa obra, como está linda e moderna (imaginem a engenharia nos 130 anos). Passamos o dia juntos e a noite eles vão embora. Criamos os filhos para o mundo, não é mesmo? Lá fora a vida segue o tempo me aproxima de Deus. A noite escuto meninos jogando futebol, algo raro em 2068’’.

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E nosso campo do CEA? Acharam que não falaríamos de esporte né. Será que nos 130 anos de Ventania seremos uma Alemanha, uma Dinamarca, um Reino Unido ou uma Suécia? Vamos pensar em esporte como ferramenta de inserção, fonte de riquezas, baixo custo para recuperação de jovens, etc? Quantas modalidades terão além do futebol? Será que teremos um jogador de seleção brasileira? Será que teremos uma seleção brasileira?

Em 2058 quero ver nossa Avenida Valadares, cheia de prédios, um grande canal de TV que agora pode ser acessada por dispositivos inseridos na nossa epiderme. Um tempo de avanços tecnológicos, grandes construções. Nesse tempo vão ser inevitáveis às lágrimas, como era bom o tempo em podíamos andar pelas ruas e chamar todos pelo nome. (Nostálgico)

Adivinha o que acabei de pensar? Quantos lotes para implantação de casas populares serão comprados até 2068? E quantas casas realmente serão erguidas? Em 2068 será que as pessoas vão florir as suas casas, cuidar dos animais, consumir energia gerada pelo sol, preservar os rios e matas, respeitar as diferenças, brigar menos, amar mais e respirar sem máscaras de oxigênio? E a saúde pública? Será que o oferta por mais profissionais será uma realidade? A ciência terá descoberto a cura de doenças fatais? Ou ainda estaremos fazendo campanhas populares usando a metamorfoses das pessoas para o bem comum de poucos e as glórias individuais?

Gosto de Alpinópolis sabiam? Mas, amo infinitamente Ventania, em rimas e trovas portuguesas.

Desejo que tudo seja diferente quando soprarmos as velinhas dos 130 anos. Mas, nada vai me deixar mais contente do que termos uma educação diferenciada, que permita as pessoas afastarem se da ignorância e não acreditarem mais em promessas de personas malignas. Enquanto esse tempo não chega para quem não consegue imaginar, fica aqui nossa gratidão aos que fizeram, aos trancos e barrancos, nossos 80 anos de história.

Foto: Monte das Oliveiras com a sera da Ventania em segundo plano

Entrada principal do trevo de Alpinópolis

Terno de congado verde

FOTO: Álbum de família – Album particular Douglas Rick. Sr. João Guilherme Rick (Johann Wilhelm Rick) , o homem que acendeu a primeira lâmpada em Alpinópolis.

Texto: Alex Cavalcante

Agradecimentos : Lucas Moraes e Douglas Rick e David Cruz

 

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Receita Federal em Varginha divulga balanço das apreensões e destinações realizadas em 2023

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Em 2023, R$12 milhões em mercadorias foram destinadas e leiloadas, revertendo recursos em benefício da população.

Em 2023, a Receita Federal em Varginha apreendeu mais de R$15,9 milhões em mercadorias oriundas de contrabando tais como cigarros e similares, ou de importação irregular como eletrônicos, itens de informática, relógios entre outros. Em 2022, o valor estimado das apreensões foi de R$2,9 milhões de reais.

O maior valor apreendido foi de cigarros: R$9.266.401,40. O que representa 58% do total apreendido no decorrer do ano. Também foram apreendidos eletrônicos, veículos, calçados, itens de informática, bolsas e acessórios entre outros.

A sonegação de impostos e a entrada irregular de produtos no país prejudicam os próprios consumidores e geram concorrência desleal. A atuação da Receita Federal garante a manutenção de empregos formais, a defesa da sociedade e um ambiente de negócios mais justo no Brasil.

De acordo com o delegado da Receita Federal em Varginha, o auditor-fiscal Eduardo Antônio Costa, “este resultado é fruto de um trabalho da Delegacia da Receita Federal em Varginha com apoio da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal em Minas Gerais (Direp06), com foco nos trabalhos conjuntos de inteligência aliados às operações de repressão. Ressaltamos também a importante parceria com a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar no combate ao contrabando e ao descaminho”.

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Receita Cidadã – Destinação sustentável

As mercadorias apreendidas pela Receita Federal em Varginha são destinadas para outros órgãos públicos e entidades sem fins lucrativos e podem também ser leiloadas, conforme prevê a legislação. Em 2023, R$12 milhões em mercadorias foram destinadas e leiloadas, revertendo recursos em benefício da população. Através do Programa Receita Cidadã, que prevê a destinação sustentável de mercadorias, foram realizados 10 eventos de destinação, nos quais foram beneficiadas 110 entidades e órgãos públicos.

No caso dos itens que não podem ser doados, a Receita Federal tem buscado realizar a transformação, eliminando os impactos decorrentes da destruição. Diversas iniciativas estão acontecendo em parceria com instituições de ensino. Como exemplo, as bebidas alcoólicas são transformadas em álcool em gel; o tabaco presente nos cigarros é transformado em adubo orgânico; itens de vestuário tem as logomarcas retiradas e são reaproveitados para serem doados, aparelhos de TV box são transformados em minicomputadores.

Todo o material produzido é doado a prefeituras, escolas públicas, hospitais, entidades beneficentes, forças de segurança, corpo de bombeiros e associações comunitárias de todo estado. Em 2023, 57 municípios do Sul de Minas foram beneficiados com a destinação de minicomputadores. Além da destinação de 10 toneladas de adubo orgânico para pequenos produtores rurais.

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