Meio Ambiente
ARTE RUPESTRE
Foi noticiado essa semana a descoberta do maior Sítio Rupestre da região, localizado na divisa entre as cidades de São José da Barra e São João Batista do Glória, Minas Gerais. A arte rupestre representa um patrimônio de valor inestimável. Os seus autores materializaram nos paredões rochosos, interiores das cavernas, rochedos às margens dos rios […]
Foi noticiado essa semana a descoberta do maior Sítio Rupestre da região, localizado na divisa entre as cidades de São José da Barra e São João Batista do Glória, Minas Gerais.
A arte rupestre representa um patrimônio de valor inestimável. Os seus autores materializaram nos paredões rochosos, interiores das cavernas, rochedos às margens dos rios e mares, uma forma singular de ver, sentir e compreender o mundo ao seu redor. Cada painel rupestre é uma página da história dos grupos humanos que habitaram os mais distintos lugares do planeta, uma arte carregada de significados culturais e valores simbólicos.
A gestão adequada desse “recurso cultural frágil e não renovável” possibilita que um público maior o conheça, e se reconheça como herdeiro de uma das primeiras expressões da cultura humana, no entanto, demanda tempo e recursos. E por que, num mundo global onde uma parte importante da população morre de fome, a alocar meios, cada vez mais vultuosos, aos bens arqueológicos?
Trata-se de uma pergunta que poderia ser respondida de diferentes maneiras, mas hoje quero relacionar esse tema com a questão ambiental. Em recente entrevista para o Observatório Itaú Cultural[i], a arqueóloga, conhecida mundialmente, Níede Guidon[ii] trouxe dados que chamam a atenção para como o estudo dos povos que viveram antes de nós pode nos mostrar como a ação humana pode mudar e até acabar com recursos naturais, essenciais para a vida.
Níede é gestora do maior parque de Sítio Rupestre do Brasil, localizado em São Raimundo Nonato no Piauí, região que hoje é compreendida pela caatinga e o sertão. No entanto, nem sempre essa foi a característica da fauna e da flora daquele território. Segundo a pesquisadora, “a região passou por diversos períodos climáticos. Até cerca de 10 mil anos atrás, no planalto, tínhamos a Floresta Amazônica; e, na planície, a Mata Atlântica. Aqui era a fronteira entre esses dois biomas extremamente diversificados e ricos em fauna e flora. Até os anos 1970, o Rio Piauí corria dentro da cidade de São Raimundo Nonato, com cerca de 40 metros de largura. A cidade tinha cerca de 12 lagoas, com peixes e jacarés bem grandes. A população pescava diariamente. Hoje, tudo está destruído pela ação do homem moderno. O Rio Piauí não corre mais na cidade, as lagoas secaram”.
As pesquisas que serão realizadas no Sítio Quebra Anzol I e II poderão demonstrar a transformação ambiental da nossa região e poderá ser um adendo para realização de políticas públicas efetivas na preservação e diminuição do impacto de ações destrutivas. Mas não é necessário esperar o resultado das pesquisas para já iniciarmos uma reflexão sobre o tema e, para ajudar, finalizo essa matéria com a seguinte pergunta: você notou o desaparecimento de alguma planta, flor, animal que antes era abundante em nossa região? Conte para nós!
Abraços!
Imagem da Capa: Pinturas Rupestres no recém descoberto Sítio Arqueológico Quebra Anzol I e II.
[i] Revista Observatório Itaú Cultural, ed.25 (maio/novembro 2019) – São Paulo: Itaú Cultural
[ii] Formada em história natural pela Universidade de São Paulo e doutora em pré-história pela Sorbonne, com especialização na Université de Paris, Niéde fez carreira na França. Em 1973, fez parte da Missão Arqueológica Franca – Brasileira, concentrando seu trabalho no Parque Nacional da Serra da Capivara. Em 1992, foi convidada pelo governo brasileiro para assumir a gestão do parque, e se torna presidente da Fundação Museu Homem Americano (Fumdham).
Geral
POLÍCIA MILITAR REALIZA POLICIAMENTO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA
SÃO JOSE DA BARRA, 7, sábado a Polícia Militar realizou o policiamento da manifestação em favor do aumento no nível das águas do lago de Furnas, conhecido como “Mar de Minas”. A manifestação iniciou por volta das 09 horas da manhã na cidade de São José da Barra, na Travessa Ary Castro Brasileiro frente a […]
SÃO JOSE DA BARRA, 7, sábado a Polícia Militar realizou o policiamento da manifestação em favor do aumento no nível das águas do lago de Furnas, conhecido como “Mar de Minas”.
A manifestação iniciou por volta das 09 horas da manhã na cidade de São José da Barra, na Travessa Ary Castro Brasileiro frente a Câmara dos vereadores. Compareceram várias autoridades como deputados, prefeitos e vereadores de toda região, houve também um enorme número de manifestantes das cidades vizinhas.
Após discurso das autoridades presentes em favor do aumento do nível da água os manifestantes seguiram em comboio até a barragem de Furnas.
A Polícia Militar realizou o policiamento e escolta do comboio até a barragem e passou a organizar o trânsito para trazer segurança aos motoristas e pedestres.
O efetivo do destacamento de São Jose da Barra contou com o apoio da Patrulha Rural e da equipe do Moto Patrulhamento da cidade de Alpinópolis, bem como o apoio de viaturas da 110 Cia da cidade de Piumhi.
A manifestação ocorreu sem anormalidades e seu término ocorreu por volta das 14 horas com a dispersão dos veículos e populares.
A Polícia Militar Militar
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