Minas Gerais
Atração bilionária de investimentos pelo Vale do Lítio impulsiona arrecadação, revertida em melhorias para a população
Projeto econômico-social lançado há um ano pelo Governo de Minas, o Vale do Lítio, baseado na atração de investimentos privados, fechou o primeiro ano com resultado significativo para Minas Gerais: contribuiu para a superação da marca de R$ 5,5 bilhões em negócios atraídos pela cadeia do lítio mineira até este mês, além da criação de mais de 10 mil empregos, entre diretos e indiretos, na região.
Idealizado pelo Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e sua vinculada Invest Minas, em maio de 2023, o Vale do Lítio teve o primeiro protocolo de intenções firmado pela canadense Sigma Lithium. O investimento de R$ 2,5 bilhões, anunciado em junho do ano passado, em projeto para extrair lítio no Vale do Jequitinhonha.
No mês seguinte, outra mineradora canadense, a Lithium Ionic fechou acordo para aporte de R$ 750 milhões no segmento em Araçuaí, Itinga e Salinas, todos municípios do Vale do Lítio.
Em setembro, foi a vez da Atlas Lithium acertar parceria com o Governo de Minas, anunciando R$ 750 milhões em investimentos. A empresa norte-americana planeja iniciar as operações em Araçuaí até o fim de 2024. Outra companhia que revelou intenção de aportes para Minas foi a Latin Resources Limited, da Austrália: R$ 600 milhões.
Essas empresas se juntam à Companhia Brasileira de Lítio (CBL), há mais de três décadas atuando no Vale do Jequitinhonha e que tem projeto de expansão calculado em R$ 20,5 milhões.
“Os dados revelam que o lítio é, seguramente, um dos elementos mais importantes para a economia do Vale do Jequitinhonha, com potencial legítimo de melhorar a qualidade de vida da população”, destaca o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.
Ele ressalta ainda que o mineral é considerado estratégico para a transição energética.
“Esse elemento químico não tem perspectiva de diminuição do seu consumo a médio e longo prazo. Além disso, o lítio do Vale do Jequitinhonha é de altíssima qualidade e extraído de maneira sustentável”.
Recolhimento beneficia municípios
O programa Vale do Lítio envolve a articulação de diversos órgãos governamentais, estaduais e municipais, para a formulação de políticas públicas destinadas à atração de empresas e investimentos, qualificação da mão de obra, incentivo à tecnologia e fornecimento da infraestrutura necessária para o crescimento da região.
Entre esses investimentos, destacam-se os feitos pelas mineradoras de lítio, que utilizam processos cada vez mais avançados e alinhados às responsabilidades social e ambiental.
Além de gerar oportunidades de empregos mais qualificados, renda, estimular o empreendedorismo em outras áreas para atender à demanda do crescimento do Jequitinhonha, essas companhias têm impulsionado a arrecadação via Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem).
Minas Gerais detém, até o momento, toda a produção brasileira de lítio. De acordo com dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), o valor da produção do mineral no estado deu um salto significativo: de R$ 68 milhões em 2019 para R$ 1,7 bilhão em 2022. No mesmo intervalo, a produção beneficiada de lítio saiu de 47,82 mil t/ano para 143,72 mil t/ano.
A arrecadação de Cfem do mineral, de 2019 a 2023, disparou: de R$ 1,419 milhão para R$ 55,1 milhões. Em 2024, até abril, o recolhimento dos royalties da mineração de lítio já chega a R$ 7,6 milhões.
Números
O subsecretário de Atração de Investimentos e Cadeias Produtivas da Sede-MG e gestor do projeto Vale do Lítio, Frederico Amaral e Silva, destaca que a arrecadação da Cfem é repartida entre União, estados e municípios onde a atividade mineral é realizada, sendo que 65% são destinados ao município.
“Isso contribui diretamente para o desenvolvimento local e regional, já que os recursos da Cfem devem ser aplicados em projetos de infraestrutura, saúde e educação. Assim, o município pode viabilizar e estruturar políticas públicas que atenderão à população, revertendo em melhores condições de vida e crescimento socioeconômico”, afirma Frederico Amaral e Silva.
O Estado e a União recebem, respectivamente, 23% e 12% dos royalties e, como os municípios, também devem aplicar os recursos em políticas públicas.
“Este recurso não pode ser destinado para o pagamento de dívidas ou para despesas com pessoal. Assim, o recurso arrecadado é revertido para a população, demonstrando a relevância para o desenvolvimento regional”, completa o subsecretário.
A extração de minério de lítio no Vale do Jequitinhonha hoje é feita pela CBL e a Sigma Lithium.
Maior exportador
Em 2023, as exportações de produtos da cadeia do lítio do estado somaram
U$ 496,8 milhões;
Minas Gerais foi o principal estado brasileiro exportador na ocasião, com 99,3% de participação;
Frente a 2022, os embarques mineiros destes produtos do lítio apresentaram crescimento de 52%;
Os principais destinos foram China (98,7%), França (0,7%) e Reino Unido (0,2%).
Fonte: Agência Minas
GERAL
José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”
O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.
“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.
Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.
“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.
Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina
O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.
Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.
Crítica ao governo federal e à inversão de valores
José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.
“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.
Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.
Confiança no PL e esperança de mudança
O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.
“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.
José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.
Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:
“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”
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