Minas Gerais

Custodiados do Presídio de Resende Costa fabricam móveis e outras peças

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Desde 2016, os mais de 11 mil moradores de Resende Costa e distritos do entorno, no Campo das Vertentes, caminham por ruas mais seguras, revestidas por bloquetes de concreto, material produzido no presídio da cidade. Além da iniciativa, que busca benefícios sociais e é desenvolvida em conjunto com o município, há mais duas outras parcerias de trabalho na unidade que dão origem a peças que alcançam os mercados nacionais e internacionais: tapetes manuais e móveis  em madeira.  

As fábricas ocupam três galpões da unidade, um para cada frente de trabalho, e mobilizam uma média de 18 presos. A capacidade da linha produtiva da fábrica de concretos é de praticamente 1,7 mil itens diários (bloquetes, briquetes, manilhas e meios fios); a de tapetes de malha, produzidos em tear manual, gira em torno de cem unidades/dia e a de móveis, rústicos ou de acabamento fino, são entregues conforme as encomendas de um empresário local.

O tear é um artesanato com expressão econômica na região, já que a confecção têxtil é uma das principais bases produtivas do município – reconhecido no mercado internacional por esse trabalho.   

Benefícios

Crédito: Sejusp / Divulgação 

As oportunidades abrem as portas da profissionalização para os detentos, facilitando o processo de ressocialização.

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Para atuar nas fábricas, o detento é avaliado por uma comissão técnica que tem como um dos critérios o bom comportamento. Pelo trabalho, eles recebem três quartos do salário mínimo e, a cada três dias trabalhados, diminuem a pena em um dia. 

Francisco de Souza, diretor-geral do presídio, aponta que o foco é profissionalizar, ressocializar e preservar a dignidade da pessoa privada de liberdade. “O trabalho dignifica o homem, além de ressocializar dentro do presídio. Alguns presos que tomavam remédios para depressão, coração e outros, quando iniciam na linha de produção, acabam dispensando o tratamento por recomendação médica”.  

O diretor também conta que os benefícios sociais são reconhecidos pela população. “Resende Costa sofria com casos de poeira e lama em vias públicas. O cidadão, ao ver os benefícios que o presídio pode trazer para o seu cotidiano, acaba apoiando o trabalho desenvolvido no presídio”, complementa. 

O prefeito de Resende Costa, Luca Vale, concorda que a parceria do município com o presídio é significativa para a comunidade e para os detentos. Ele também conta que, mesmo com o avanço no calçamento das vias, a intenção é de zerar as ruas de terra, com a instalação dos bloquetes de concreto.  

“É uma via de mão dupla muito importante para o município. A nossa população tem ganhado, pois os materiais utilizados nas vias públicas são de ótima qualidade e em quantidade considerável. Em contrapartida, os detentos aprendem uma profissão, para que eles tenham chance de voltar ao mercado de trabalho quando saírem do presídio”, diz o prefeito. 

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Novo olhar

Os trabalhadores são estimulados para o conhecimento nas três frentes de produção. Anderson Resende, de 37 anos, é um exemplo disso. Ele, que já trabalhou como servente e com instalação de telhados, antes do cumprimento da pena, desenvolveu novas habilidades profissionais dentro da unidade.  

Anderson integrou a primeira turma da fábrica de blocos em 2016 e, hoje, atua na produção de móveis, além de ser capaz de realizar atividades na fábrica de tear – um ofício já repassado pelas famílias da região. Para ele, oportunidades com essas, intramuros, além de ajudar durante o período de restrição de liberdade, poderão auxiliá-lo em conquistas futuras, ao fim da sentença. Mesmo no presídio, já faz planos para o futuro: “Gosto de trabalhar com madeira. Pretendo abrir uma marcenaria quando sair. Exercer um ofício dentro do presídio tira o tédio, proporciona novos conhecimentos e muda a mente para o lado do trabalho”, compartilha.  

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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