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Minas Gerais

Epamig testará desempenho de bovinos da raça Gir Leiteiro em diferentes pastagens

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Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) vai avaliar a produção de leite e o comportamento ingestivo de bovinos da raça Gir Leiteiro manejados em pastagem de capins Panicum. As cultivares desse gênero são consideradas as plantas forrageiras mais importantes para a atividade em regiões de clima tropical e subtropical para sistemas intensificados. 

O nome pode não parecer familiar, mas os capins do gênero Panicum são conhecidos como Colonião, Tanzânia, Mombaça, Aruana, Massai, entre outros. No Brasil, o interesse por essas cultivares para formação de pastagens tem crescido nos últimos anos, devido ao potencial de produção de matéria seca por unidade de área e à qualidade nutricional das forrageiras.

Segundo o pesquisador da Epamig, Leonardo Fernandes, as cultivares de capins Panicum são, de fato, mais produtivas e nutritivas. Contudo, ele destaca que elas são mais exigentes com relação à fertilidade do solo e à reposição de nutrientes, em comparação com capins do gênero Brachiaria, responsáveis por boa parte das pastagens brasileiras. 

“Uma série de trabalhos já publicados comprova que o ganho de peso e a produção de leite de animais sob pastos de capins Panicum são maiores em função da melhor qualidade deles. Como vamos realizar experimentos em áreas intensificadas, com correções e adubações de solo para manter taxas de lotação mais altas, vamos precisar de capins de maior produtividade, com melhores respostas aos fertilizantes. Por isso optamos pelos capins Panicum”, explica o pesquisador.

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Vacas em lactação

Parte da pesquisa da Epamig será dedicada à análise da produção e da composição química da forragem e do desempenho de vacas Gir Leiteiro em período de lactação manejadas em pastagens de capins das cultivares Tanzânia, BRS Zuri e BRS Quênia.

Os trabalhos já começaram no Campo Experimental da Epamig de Uberaba, no Triângulo Mineiro, e terão duração de três anos consecutivos, com término previsto para dezembro de 2023. A troca do lote de bovinos ocorre a cada ano.

Nessa parte da pesquisa serão utilizadas 27 vacas em início de lactação, com peso, número de lactações e produção semelhantes. Os animais serão ordenhados mecanicamente duas vezes ao dia. O pesquisador explica que o capim Tanzânia será utilizado como referência para o Zuri e o Quênia. 

Juntas, as três cultivares também serão avaliadas com relação à produção, qualidade da matéria seca disponível, altura, densidade, crescimento, acúmulo de forragem e resíduos pós-pastejo. 

Bezerras 

A outra etapa do estudo, também em Uberaba, vai analisar a produção, a composição química e o desempenho de bezerras da raça Gir Leiteiro manejadas em pastagens de Panicum da cultivar BRS Tamani, com e sem suplementação concentrada. O objetivo é determinar o custo da novilha produzida nas diferentes situações de manejo.

Para esses experimentos, serão utilizadas 36 bezerras com um ano de idade e peso inicial de 180 quilos. As avaliações serão obtidas por ganho de peso diário, ganho de peso por área, comportamento ingestivo e pelo custo de produção da arroba.  

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Leonardo Fernandes conta que a cultivar BRS Tamani possui alta qualidade, muitas folhas, pouco caule e porte mais baixo, melhor para pastejo de fêmeas em recria. Além disso, o capim é altamente nutritivo, com boa capacidade de produção, o que tende a gerar bom ganho de peso e a reduzir a utilização de alimentos concentrados que encarecem os custos de produção dos animais.

“A pesquisa com as bezerras Gir Leiteiro é inovadora porque ninguém trabalhou ainda com a BRS Tamani em recria de fêmeas. Nós buscamos recrias mais curtas e, consequentemente, com custos menores”, conclui. Assim como o trabalho com vacas em lactação, os experimentos com bezerras estão previstos para terminar em dezembro de 2023. 

Os resultados preliminares serão divulgados nos canais de notícias da Epamig, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

Os projetos são desenvolvidos em parceria e com financiamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), do Centro Internacional de Inovação e Transferência de Tecnologia Agropecuária (Ciitta) e da Fertigram. 

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ENTRETENIMENTO

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

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Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

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