Minas Gerais
Fhemig inicia rodada de workshops sobre gestão de leitos
Maior rede hospitalar pública do estado, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) oferece atendimento de alta e média complexidade à população mineira por meio de 19 unidades assistenciais que possuem referências consolidadas nas regiões onde atuam. A capacidade de se adequar aos fluxos municipais, com agilidade nas respostas e encaminhamentos viáveis, reflete diretamente na qualidade dos serviços prestados.
Com essa premissa, a Diretoria Assistencial (Dirass) está promovendo o “III Workshop de Gestão de Leitos na Fhemig – Validação do Papel Macrorregional”. Serão três edições para reunir todas as unidades hospitalares em Belo Horizonte, Barbacena (12/4) e Patos de Minas (18/4 e 19/4).
O primeiro encontro aconteceu no Hospital Júlia Kubitschek (HJK) e concentrou os gestores do Complexo de Especialidades (HJK e Hospital Alberto Cavalcanti), da Maternidade Odete Valadares, do Hospital Eduardo de Menezes e do Hospital Regional João Penido (Juiz de Fora).
“O workshop sobre gestão de leitos é uma oportunidade de qualificação para os gestores da Fhemig, trazendo os Núcleos Internos de Regulação para discutirem o papel de fortalecimento do impacto macrorregional de nossas unidades”, explica a diretora assistencial Lucinéia Carvalhais.
A abertura do workshop, feita pela diretora assistencial, abordou a trajetória da saúde pública no país. A evolução e o amadurecimento dos serviços perpassaram as políticas sanitárias e moldaram o atual Sistema Único de Saúde (SUS). A própria Fhemig surgiu da fusão de três fundações criadas para atender aos casos mais emergentes nas décadas passadas: Feamur (urgência), Feal (hanseníase) e Feap (psiquiatria). Essas referências acompanharam as mudanças ocasionadas pelos movimentos sanitários e hoje são reconhecidas em suas áreas, ao lado de outras especialidades que também integram a rede.
Com as leis orgânicas do SUS (8080/90 e 8142/90), foram criados os primeiros mecanismos de descentralização e regionalização da assistência. Os princípios de gestão plena, de pactuação intermunicipal e os planos diretores de regionalização são consequências das novas diretrizes.
Lucinéia Carvalhais reforçou em sua fala que o papel da Fhemig é oferecer a atenção terciária, tendo em vista que o nível secundário é contemplado quando se busca um patamar superior. “A assistência hospitalar é a nossa principal missão e os atendimentos ambulatoriais devem estar alinhados a ela; ou seja, esses serviços devem somente completar o atendimento e não ser a nossa finalidade. Temos que ser coerentes com a vocação de nossas unidades”, destacou.
A gerente de Diretrizes Assistenciais, Ana Carolina Hadad, deu sequência às palestras, falando sobre “A busca da complexidade: serviços habilitáveis e não habilitáveis”, destacando a interlocução entre todos os serviços para garantir a atenção no “tempo e no lugar certos, com os custos e a qualidade certos”. “É uma ação contínua, cooperativa e interdependente”, analisou.
Entre os participantes, a gerente assistencial do Hospital Eduardo de Menezes, Tatiani Ferreguetti, avaliou positivamente a iniciativa. “É uma importante oportunidade para nos qualificar e nos amadurecer na gestão. Temos que lembrar que nossa demanda vem de fora e precisamos estar sempre nos adequando, nos revolucionando quando necessário. Precisamos aproximar nosso diálogo com os gestores municipais, entender as suas necessidades e o papel de cada um. Estamos aqui para servir. A pandemia foi um grande exemplo de como aprendemos; foi um exercício de resiliência e mostrou nossa capacidade de dar respostas rápidas. Agora é hora de amadurecermos essas respostas”.
O workshop foi encerrado com a participação do gerente de Regulação do Acesso Hospitalar, da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, André Luiz Menezes, que discorreu sobre a “Visão da Central de Leitos sobre os Hospitais da Fhemig: pontos a avançar nas unidades e fluxos importantes”.
A programação ainda contemplou o “Perfil de dados oficiais das unidades da Fhemig” e “O POA x meta de alta complexidade: conhecendo e monitorando na busca de alinhamento” (Maria Thereza Papatela Jabour, assessora da Diretoria de Contratualização e Gestão da Informação – DCGI), “Os pactos de impacto na unidade, quais são, quais as metas e o porquê deles” (Lucas Ito, assessor estratégico), “A interface dos indicadores de média permanência e qualidade para tomada de decisão na gestão hospitalar: ênfase no DRG” (Bárbara Martins, assessora técnica da DCGI), e “Foco na gestão: como superar os paradigmas para atingir o crescimento de complexidade assistencial e o valor regional” (Aline Mendes, coordenadora de Enfermagem e Equipe Multidisciplinar, Dirass).
Brasil e Mundo
Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela
Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.
Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.
— confira a entrevista abaixo com o coordenador da Semana da Aleijadinho, Mauro Amorim.
A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.
“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.
— confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, filho do artista Pio Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.
Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.
Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.
Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!
Agradecimentos
Pousada Vila Rica e DukaAmorim
Saiba Mais sobre Tiradentes
Conexão de Tiradentes com Ouro Preto
• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.
Pontos Históricos Relacionados
1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.
Legado de Tiradentes
Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.
A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.
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