Minas Gerais
História de Rosa Maria Egipcíaca será contada pela escola Unidos do Viradouro
“Rosa Maria Egipcíaca” é o título do enredo que a Unidos do Viradouro levará ao Sambódromo do Rio no desfile do próximo Carnaval. Para buscar o campeonato, a escola escolheu mostrar a história dessa mulher apontada como a primeira afro-brasileira a escrever um livro no Brasil, que foi escravizada, meretriz, beata e feiticeira.
A história de Rosa Maria dialoga diretamente com a memória de Minas Gerais, onde a mulher viveu no período pré-Inconfidência. Parte dos 46 anos de vida de Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz ou Rosa Courana, nascida no Golfo do Benin, na África, em 1719, será mostrada, na Marquês de Sapucaí, pela agremiação da cidade de Niterói, com 2.500 componentes, divididos em 23 alas.
A pesquisa de elaboração do enredo, que tem como objetivo levar ao conhecimento do público a saga dessa personagem rica, marcante, e pouco conhecida, foi feita pelo carnavalesco Tarcísio Zanon e pelo jornalista e escritor João Gustavo Melo, a partir do livro “Rosa Egipcíaca: Uma Santa Africana no Brasil”, de Luiz Mott, antropólogo e historiador.
Em busca de detalhes que pudessem enriquecer o conteúdo e as referências visuais para a criação de fantasias e alegorias do desfile, Tarcísio Zanon percorreu pontos do Rio de Janeiro, onde Rosa chegou aos seis anos de idade e viveu por duas décadas. O carnavalesco, com sua equipe, também visitou as cidades históricas de Minas Gerais, para pesquisa de campo.
“Rosa esteve nas cidades mineiras, onde foi escrava de ganho e prostituta. Quando virou beata, passou a frequentar as igrejas daquela região. Nossa ida a Minas foi bastante proveitosa, não só pra pesquisa de texto, mas para reunirmos referências em relação à parte plástica”, revela – revela o carnavalesco.
A Viradouro vai encerrar o espetáculo do Grupo Especial em 2023. Será a última escola do desfile de Segunda-Feira de Carnaval. Entre destaques, vale ressaltar que o enredo também fará abordagem do sertão de Guimarães Rosa e da campanha ‘A Liberdade Mora em Minas’.
Fonte: Agência Minas
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.