Minas Gerais

Homicídios de adolescentes e jovens caem 43% em áreas de atuação do “Fica Vivo!”

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Os jovens compõem cerca de 16,5% da população brasileira. E eles têm atuado com mais expressão na construção de uma sociedade melhor, ocupando espaços públicos, se envolvendo com as políticas sociais, econômicas e culturais. Todo o esforço é comemorado neste Dia Mundial da Juventude (30/3). O protagonismo, no entanto, muitas vezes encontra barreiras na violência. Sobretudo jovens negros, que são aqueles que estão entre os grupos de maior vulnerabilidade social, ainda convivem com altos índices de mortalidade violenta em todo o país.

Em Minas Gerais, adolescentes encontram apoio do Governo do Estado para se distanciarem de ambientes de criminalidade e criarem oportunidades de novas trajetórias de vida. O premiado, e conhecido internacionalmente pela Organização das Nações Unidas (ONU), Programa de Controle de Homicídios – “Fica Vivo!”, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), atua para que os jovens se sintam mais otimistas com o próprio futuro e sejam capazes de buscar caminhos mais sólidos no mundo.

Criado em 2003, o “Fica Vivo!” foca na redução de homicídios de adolescentes e jovens de 12 a 24 anos, em áreas que registram maior concentração desse tipo de crime. O programa promove oficinas de capacitação, esporte, cultura e arte, faz atendimentos individuais articulando, junto à rede de proteção social, os encaminhamentos dos atendidos. Os encontros práticos potencializam o acesso dos adolescentes às cidades e ainda promovem a discussão de temas relacionados à cidadania, aos direitos humanos e à participação social. As oficinas são estratégias de aproximação com o público e são implantadas nas Unidades de Prevenção à Criminalidade (UPC), distribuídas por todo o estado.

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Retomada nos atendimentos

Em função da gravidade da pandemia de covid-19, ao longo de 2020 e 2021, o programa encontrou dificuldades para ser executado. Foi necessário priorizar a segurança sanitária dos adolescentes e dos trabalhadores envolvidos e pensar em formas para impedir a disseminação do coronavírus em meio às oficinas. As atividades presenciais foram suspensas e o número de atendimentos caiu.

“Fomos severamente afetados porque as oficinas partem da perspectiva do encontro. Fomos impossibilitados de executá-las. Agora, estamos trabalhando na retomada delas com muita dedicação, porque isso não significa somente restabelecer os espaços de encontros, mas de vínculos com essa juventude. Mais de 50% das oficinas previstas já foram reiniciadas”, destaca a subsecretária Interina de Prevenção, Flávia Mendes, sobre o momento atual de execução do programa.

De janeiro a março deste ano, pelo menos 7.920 atendimentos a adolescentes foram realizados por meio do “Fica Vivo!”, enquanto, no mesmo período do ano passado, foram 2.536. O número menor ainda é considerado bom, tendo em vista as restrições impostas pela pandemia, além do não crescimento de homicídios entre os jovens – motivo pelo qual os trabalhos são realizados há quase 20 anos. Em 2020, eram registrados 21 homicídios a cada 100 mil habitantes nos territórios atendidos pelo programa. E, em 2021, mesmo com a redução de atendimentos, foram 16 crimes semelhantes a cada 100 mil habitantes.

Este mês de março termina, também, com um importante marco para o “Fica Vivo!”: houve redução de 43% no número de homicídios de jovens, se comparado com o mesmo mês do ano passado, nas áreas de atuação do projeto. E, após os dois últimos anos da pandemia, 2022 será importante na retomada e ampliação das atividades. Só neste primeiro trimestre, 242 oficinas já foram realizadas por mais de 200 oficineiros que voltaram a ser contratados para atuar com os jovens, agora que os encontros presenciais já podem ser realizados com maior segurança e responsabilidade com a saúde.

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E essas oficinas alteram trajetórias e mudam vidas. Um exemplo, já conhecido, é o do jovem barbeiro Samuel Pinheiro dos Santos. Aos 14 anos, vivendo uma depressão, ele encontrou no “Fica Vivo!” a oportunidade de fazer um curso de Cabeleireiro, na UPC do bairro Veneza, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Hoje, aos 18, ele abriu a sua própria barbearia onde atende até 20 clientes por dia. Clique aqui para ver como a oficina foi importante na vida do Samuel.

Mais recursos para o “Fica Vivo!”

Nos próximos nove meses, pelo menos R$ 10,5 milhões deverão ser investidos no projeto e também em melhorias para deixá-lo cada vez mais moderno. Há, também, projetos para a captação de recursos externos que serão destinados para aquisição de computadores e câmeras. Além disso, adolescentes de Belo Horizonte, Betim, Ribeirão das Neves e Ibirité já podem comemorar: as atividades em cinco Unidades de Prevenção à Criminalidade onde há sedes do “Fica Vivo!” serão reabertas até o final deste ano.

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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