Minas Gerais
Hospital Eduardo de Menezes tem papel de destaque na diminuição dos riscos de contaminação de infecções sexualmente transmissíveis
O Ambulatório de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEp) do Hospital Eduardo de Menezes (HEM), inaugurado em 2016, vem contribuindo para a qualidade de vida e segurança de pessoas com maior risco de se infectar. A unidade, reconhecida pela expertise no tratamento de doenças infectocontagiosas – com destaque para HIV/AIDS desde a década de 1980 – foi a primeira no Estado a implementar o serviço e possui, atualmente, 207 pessoas cadastradas.
“Quebramos mais um paradigma com a oferta de serviço multiprofissional voltado para a prevenção, e não somente para tratamento de doenças”, afirma a gerente assistencial do HEM, Tatiani Fereguetti. Para ela, a profilaxia foi uma virada importante na história da epidemia da AIDS no mundo inteiro.
“A PrEP compõe a política nacional intitulada ‘Prevenção Combinada’ que, aplicada em conjunto com outros métodos, é capaz de reduzir drasticamente o risco de infecção pelo vírus HIV. Esse contexto viabilizou a customização das estratégias de prevenção, considerando as particularidades de cada indivíduo e os diferentes níveis e situações de vulnerabilidade, contribuindo para a interrupção da cadeia de transmissão do vírus, especialmente para pessoas com maior risco de adoecimento”, explica.
Tratamento
O tratamento é feito por meio de uso de antirretrovirais e é indicado principalmente para pessoas inseridas em contextos de maior vulnerabilidade e risco de contaminação.
“A medicação tem se mostrado eficaz, porém não substitui a necessidade do uso do preservativo, que continua sendo a principal forma de prevenção para as infecções sexualmente transmissíveis e as hepatites virais”, afirma o médico infectologista do HEM, João Gentilini.
Ele ressalta, ainda, que a efetividade do tratamento está diretamente relacionada ao grau de adesão à profilaxia. “O uso diário e regular do medicamento é fundamental para a proteção contra o HIV”.
A enfermeira do ambulatório da PrEP, Lorena Ísis dos Santos, analisa que o atendimento abrange, principalmente, jovens e casais sorodiscordantes (quando um deles é portador do vírus HIV), das mais variadas classes sociais.
Segurança
Luciano, de 44 anos, foi um dos primeiros pacientes da PrEP no HEM. “O principal motivo de iniciar o tratamento foi diminuir ainda mais o risco de me contaminar, combinando com outras formas de prevenção, o que me trouxe segurança nos meus relacionamentos”, explica.
Segundo ele, o tratamento é muito tranquilo. “Tomo um comprimido, antes de deitar, todos os dias. Não tive nenhum efeito colateral e nunca esqueci ou deixei de tomar o medicamento. As consultas acontecem a cada três meses, quando são entregues os remédios e realizados testes rápidos para todas as IST’s. O atendimento da equipe do ambulatório é sempre muito atencioso, pontual e humanizado. Desde o início do tratamento, me sinto muito acolhido em todas as fases do processo. Não consigo mais imaginar a minha vida sem a PrEp”, afirma.
João, de 35 anos, iniciou o acompanhamento na unidade há quatro anos e considera um privilégio ter acesso à profilaxia pelo SUS. “Com a PrEP, tenho uma barreira adicional contra o HIV. É uma grande oportunidade. Então, procuro valorizar e seguir o tratamento corretamente”, afirma ele que também só tem elogios ao ambulatório do HEM. “O atendimento é muito bom. Me sinto acolhido. Sou acompanhado por profissionais excelentes, além de muito atenciosos”.
Como iniciar a PrEP
O HEM atende pacientes encaminhados pela regulação municipal de Belo Horizonte e também realiza atendimento farmacêutico e dispensação da medicação para usuários dos sistemas suplementar e privado de saúde.
A pessoa que desejar iniciar a PrEP deve manifestar o interesse no centro de saúde que frequenta ou em algum Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), para que seja incluído na fila de espera.
“Antes de iniciar o tratamento, os pacientes são testados e aconselhados sobre as IST’s. Em caso de resultado negativo, é feita uma dose de ataque no primeiro dia, com dois comprimidos, seguida do uso diário de um comprimido, com orientações, incentivo ao uso de preservativos e testagem sorológica a cada consulta”, explica o infectologista João Gentilini.
O ambulatório do HEM funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e conta com uma equipe multiprofissional, formada por psiquiatra, psicólogo, ginecologista, urologista, coloproctologista, fisioterapeutas, enfermeiros, assistente social e terapeuta ocupacional.
Fonte: Agência Minas
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.