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Minas Gerais

​​​​Primeira escola de saúde pública estadual do país, ESP-MG completa 76 anos

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ESP-MG / Divulgação

Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) completou, nesta sexta-feira (3/6), 76 anos de fundação. A unidade, que tem a Educação Permanente em Saúde como referencial político-pedagógico, trabalha para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da produção e divulgação de conhecimentos junto a usuários, trabalhadores e gestores, além de ações educacionais e de pesquisa.

Nessas mais de sete décadas de atuação da ESP-MG, 364.663 alunos participaram das ações educacionais e 850 cursos já foram desenvolvidos. Deste total, fruto de investimentos mais recentes para acesso à formação, 43.020 alunos matricularam-se em atividades na modalidade de educação a distância (EAD), em 14 cursos. 

A diretora-geral da Escola de Saúde, Mara Tanure, destaca os diversos desafios vividos e o máximo esforço da instituição para estar realmente ao lado dos trabalhadores do SUS. “O que chama a atenção é o fato de que, muitas vezes, pessoas que já participaram de cursos na ESP, e que são profissionais do SUS, vêm buscar a escola para parcerias, dizendo o quão importante a escola é para elas”, conta. “O que não falta é motivação para trabalhar em uma instituição que faz tanto sentido para a saúde pública e que, realmente, abre caminhos para o fortalecimento do SUS”, completa.

Escola de Governo 

A ESP-MG é uma instituição vinculada tecnicamente à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e faz parte, juntamente com a SES, do SIstema Estadual de Saúde. Também são integrantes Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Fundação Hemominas.

A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais se configura como uma Escola de Governo, que são instituições criadas e mantidas, pelos poderes públicos estadual e municipal, para a formação e desenvolvimento de servidores públicos, visando à melhoria dos serviços prestados à população. Para tanto, é necessário o credenciamento junto ao Conselho Estadual de Educação (CEE).

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A ESP-MG está habilitada junto ao CEE para disponibilizar cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, desde 2005. Com isso, promove o fortalecimento da capacidade e da qualidade de governo em saúde no contexto do SUS em Minas Gerais, por meio da formação de trabalhadores e gestores para o sistema de saúde; do apoio ao desenvolvimento de políticas de saúde; da articulação entre o ensino e o trabalho em saúde fundamentado pela educação permanente em saúde; e do fomento à pesquisa estratégica e à articulação desta com os serviços de saúde, entre outras ações. 

A instituição mineira também faz parte das Redes Brasileira de Escolas de Saúde Pública e Nacional de Escolas de Governo.

Cursos

A ESP-MG tem longa tradição na formação de sanitaristas. A primeira edição do curso de especialização em Saúde Pública foi realizada em 1947, um ano após a criação da instituição. Naquela época o Brasil enfrentava surtos de esquistossomose e ancilostomose (amarelão).
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Além da especialização em saúde pública, são oferecidas as de direito sanitário, comunicação e saúde e de saúde mental. Há também os cursos técnicos, de aperfeiçoamento e de qualificação livres (como os direcionados a agentes comunitários de saúde e a agentes de combate a endemias) e de qualificação da gestão do SUS. Além desses, a Escola de Saúde promove capacitações em saúde, presenciais e a distância, em áreas como sistema prisional, controle social, formação docente, vigilância sanitária, entre outras.

Lidiana Silva Guimarães é assistente social e atua na equipe de saúde mental do município de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Atualmente, cursa a Especialização em Políticas de Saúde Mental e Atenção Psicossocial na ESP-MG. Ela lembra que, há alguns anos, também participou de um curso livre da escola, voltado para referências técnicas em saúde mental. A atividade foi importante, segundo Lidiana, para mudar perspectivas profissionais. A experiência foi, ainda, incentivo para participar de novo processo seletivo, desta vez para a especialização.
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ESP-MG / Divulgação

“Minha experiência na ESP tem sido valiosa, porque é um espaço de troca e aprendizados importantes para minha atuação profissional. Posso dizer que a Escola se compromete, não só com a contribuição e formação profissional, mas sobretudo com a pessoal. Tenho certeza de que, ao sairmos daqui, sairemos mais conscientes quanto à humanização do trabalho, considerando então o sujeito como ponto de partida”, enfatiza.

Saúde em Rede 

Mesmo com a pandemia de covid-19, a ESP está desde 2020, juntamente com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), conduzindo o processo de expansão do Projeto Saúde em Rede. A instituição é responsável pelo desenvolvimento dos projetos educacionais, que envolve revisão e adaptação de conteúdo, produção de material didático e organização das capacitações, além do acompanhamento das etapas junto aos participantes das oficinas de qualificação.

Como parte desse projeto, a escola preparou o curso na modalidade EAD de “Saúde em Rede: Organização do Cuidado em Rede”, que capacitou 6.636 alunos. Em relação às ações presenciais descentralizadas, a ESP-MG qualificou, na primeira onda de expansão do projeto, 3.353 alunos e, na segunda onda, 4.196. Entre ações presenciais e a distância,  foram 14.185 profissionais qualificados, abrangendo 415 municípios do estado. 

Repositório institucional

Para divulgar a produção de conhecimento da Escola, reforçando sua natureza como instituição de Ensino, Pesquisa e Ciência e Tecnologia, a Escola de Saúde Pública conta com o selo “Editora ESP-MG”, que é nomenclatura para classificar as publicações feitas pela instituição. Em 2022, até o momento, já foram produzidas duas publicações: “Diretrizes Estaduais da Linha de Cuidado da Disfunção Temporomandibular na Rede de Atenção à Saúde Bucal/ SUS-MG” e a lançada nesta sexta-feira (3/6), “Saúde e Trabalho no Sistema Prisional”. 
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O Repositório Institucional da Escola disponibilizada a produção intelectual da instituição, para acessá-lo, clique aqui

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ENTRETENIMENTO

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

 

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

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