Minas Gerais
Região de Diamantina será reconhecida como produtora do Queijo Minas Artesanal
Para o mineiro, todo dia é dia de queijo. Porém, mundialmente, a data é celebrada nesta quinta-feira (20/1). De qualquer modo, motivos para comemorar, com café coado na hora, doce de leite, cachacinha ou um bom vinho produzido em Minas, especialmente na safra de inverno, não faltam.
Para celebrar a data, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de Minas Gerais inicia 2022 com novidades no setor. A primeira delas é a caracterização da região de Diamantina como produtora de Queijo Minas Artesanal (QMA). O trabalho de levantamento histórico e produtivo regional foi realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e o processo, já em tramitação na Seapa, segue para avaliação final e publicação pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
Atualmente, o estado possui oito regiões caracterizadas como produtoras de QMA – Araxá, Campos das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro e Serras da Ibitipoca -, além de cinco regiões produtoras de outros tipos de queijos artesanais: Vale do Jequitinhonha, Vale do Suaçuí, Alagoa, Serra Geral (Norte de Minas) e Mantiqueira de Minas. Do total de 30 mil produtores em Minas, a Emater-MG estima que 9 mil deles estejam nas regiões caracterizadas.
Série de vídeos
Outra novidade é a série de vídeos “Campeões de Minas”, com periodicidade semanal, que começa a ser veiculada nas redes sociais da Secretaria de Agricultura nesta quinta-feira (20/1), como parte das comemorações do Dia Mundial do Queijo. Nela, serão apresentadas as histórias de produtores medalha de ouro no Araxá International Cheese Awards, concurso realizado durante a ExpoQueijo 2021, em novembro, no Triângulo Mineiro.
Das 118 premiações entregues e mais de 800 queijos participantes, 66 medalhas foram conquistadas por produtores de Minas Gerais, sendo 22 delas de ouro. A região da Alagoa liderou o quadro de medalhistas no estado, totalizando 12; e foi seguida pela Mantiqueira (9) e por Araxá (7), Canastra (6) e Serro (5). No ranking de estados brasileiros premiados, São Paulo ficou em segundo lugar, com 19 condecorações, sendo cinco de ouro.
No vídeo de estreia, será apresentada a história de Sandra Oliveira, de Araguari, município do Triângulo Mineiro com cerca de 120 mil habitantes, conforme as estimativas mais recentes do IBGE. A iguaria produzida na queijaria que leva o seu sobrenome foi a grande vencedora na categoria queijo de vaca, leite cru, com tratamento da coalhada crua, meia cura (30 a 60 dias) e casca lisa.
Sandra conta que o produto não para mais na prateleira, desde que recebeu a medalha de ouro no concurso de Araxá. “É muito gratificante, eu me sinto realizada em fazer o queijo, ainda mais agora sendo reconhecida. Falo assim que, para mim, é uma terapia. O dia que eu não faço queijo, no domingo, eu tenho que ir lá de manhã, ir lá à tarde, olhar como está a carinha deles”, relata a produtora.
Produção
Minas Gerais tem a maior bacia leiteira do país, com produção, em 2020, de 9,7 bilhões de litros, segundo o IBGE. O volume corresponde a 27% do total nacional, com 25,5 bilhões de litros, e registrou um crescimento de 2,6% com relação a 2019. Para se ter uma ideia de como a produtividade mineira é significativa, a quantidade de leite produzido em Minas é superior à destinada à fabricação de queijos em todo o país, de 8,7 bilhões de litros.
A secretária de Agricultura, Ana Valentini, destaca as perspectivas de um cenário ainda mais promissor para o setor a curto e médio prazos. “Temos programas de melhoramento genético de rebanhos, de recuperação de pastagens e de valorização dos queijos artesanais. Também é importante lembrar as pesquisas na área de laticínios com o nosso Instituto Cândido Tostes, vinculado à Epamig. Com isso, a expectativa é de que a produção de leite e derivados cresça muito no estado durante os próximos anos”, explica.
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Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.