Tribunal de Contas
TCEMG suspende edital de licitação na Prefeitura Municipal de Formiga
A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), na sessão de 8/8/2023, referendou a medida cautelar (no processo de Denúncia n. 1141454) que paralisou processo licitatório previsto no Edital n. 1/2023 do Serviço Autônomo de Água e Esgoto e do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Formiga (Previfor), da Prefeitura Municipal de Formiga, cujo objeto é a prestação de serviços de fornecimento e administração de cartões magnéticos de vale-alimentação.
O relator, conselheiro substituto Hamilton Coelho, havia determinado monocraticamente a suspensão da licitação com base nas irregularidades apontadas na denúncia e no parecer do Ministério Público de Contas, que manifestou pela irregularidade de chamamento público para celebração de termo de cooperação com organização de sociedade civil visando ao fornecimento e à administração de cartões magnéticos de vale-alimentação para os servidores municipais.
Em sua deliberação, Coelho considerou “erro grosseiro e burla ao dever de licitar”, pois a utilização indevida de chamamento público para a contratação de serviço sem correlação com o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, é insanável. Diante disso, o relator determinou ao atual prefeito do Município de Formiga que encaminhe ao Tribunal, em 30 dias, a prova da anulação do procedimento licitatório. Ainda, a aplicou multa individual de R$ 2 mil aos signatários do edital.
Regina Kelles | Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.