Política
Projeto do teto de gastos recebe aval da Comissão de Administração Pública
Após 7 horas de reunião, entre obstrução de opositores e suspensão das discussões, a Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta quarta-feira (29/11/23), parecer favorável ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 38/23, do governador Romeu Zema, que impõe um teto de gastos e investimentos do Estado. A matéria, que teve como relator o presidente da comissão, Leonídio Bouças (PSDB), foi acatada com votos contrários da deputada Beatriz Cerqueira (PT) e dos deputados Professor Cleiton (PV) e Sargento Rodrigues (PL), que conduziram as iniciativas para tentar impedir a votação.
A votação foi acompanhada por representantes de servidores públicos, que protestaramcontra o projeto nas galerias do Plenarinho IV. Durante a discussão foram apresentadas 305 emendas que foram rejeitadas pelo relator e pela maioria dos deputados presentes. O texto aprovado pela comissão foi o mesmo apresentado, anteriormente, pela Comissão de Constituição e Justiça (substitutivo nº 1), com alterações em relação ao original.
A proposição foi desmembrada do Projeto de Lei (PL) 1.202/19, que autoriza o Estado a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A redução dos gastos é um dos pré-requisitos à adesão ao RRF, previsto na Lei Complementar Federal nº 159, de 2017.
O PLC 38/23 limita o crescimento anual das despesas primárias, gastos para prover serviços públicos, manter a estrutura do governo e realizar investimentos, à variação da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Uma das alterações propostas pelo substitutivo nº 1, está a garantia de revisão salarial anual para os servidores do Estado mesmo durante a vigência do RRF.. Também é excluída a delimitação do período em que será aplicado o teto de gastos, que originalmente era de três exercícios financeiros, subsequentes ao pedido de adesão ao regime de recuperação.
O novo texto ainda fixa o modo como será apurado o crescimento das despesas primárias em relação ao conjunto de Poderes e órgãos do Estado. O projeto segue para análise da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, antes de ser encaminhado para apreciação do Plenário.
Opositores criticam corte de despesas
Os três parlamentares que tentaram ao longo de todo o dia obstruir a votação do PLC 38/23 criticaram duramente a proposta do governador. “O teto de gastos na prática vai afetar decisivamente as políticas públicas”, advertiu Sargento Rodrigues. O deputado exemplificou que o congelamento dos salários dos servidores públicos por nove anos pode representar uma perda de 55% no poder de compra.
Beatriz Cerqueira alertou que o congelamento de investimentos vai impactar na qualidade e na oferta de todos os serviços públicos, incluindo segurança, educação e saúde. Ela ainda atentou para um comando do PLC que impõe ao Executivo fazer ajustes de despesas toda vez que houver algum gasto a mais pelos outros poderes. “Se algum tribunal aumentar cargo, algum auxílio, a professora paga a conta”, criticou.
“O congelamento (dos gastos) impossibilita investimentos essenciais para atender necessidades da população”, complementou Professor Cleiton.
Todos eles também criticaram o governador Zema, por considerarem que o chefe do Executivo está inerte para negociar a dívida com a União. Os deputados exaltaram a proposta apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), com o aval do presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite (MDB), apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro Fernando Haddad. Defendem a suspensão da tramitação tanto do PLC 38/23 quanto do projeto do RRF.
O líder do Governo, João Magalhães (MDB) citou ofício do governador ao Ministério da Fazenda solicitando ação conjunta entre a União e o Estado para pedir adiamento da liminar do Supremo Federal Federal (STF) que determina a renegociação da dívida até 20 de dezembro.
Os deputados que se opuseram ao PLC afirmaram que a iniciativa tem que ser somente do governo de Minas e apresentada ao STF pedindo a dilação do prazo. Para eles, a estratégia de Zema é deixar o prazo expirar para pressionar a aprovação do RRF.
Contraponto
Em seu parecer, o relator Leonídio Bouças pondera que e a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal, embora não constitua uma solução definitiva para o problema do endividamento de Minas Gerais, “revela-se como medida necessária para garantir a capacidade da Administração Pública de arcar com suas responsabilidades de curto prazo”. Ele justifica que a aprovação do PLC 38 torna-se portanto, imprescindível para a adesão do Estado, conforme prevê a lei federal. “O crescimento das despesas primárias à variação do IPCA traduz-se em atitude importante nos esforços para o alcance da regularidade fiscal”, argumenta ele no parecer.
Fonte: Assembleia Legislativa de MG
Política
Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão
Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.
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