Rural
Exportações do agronegócio mineiro alcançaram R$ 5,5 bilhões em janeiro
As exportações do agronegócio mineiro alcançaram R$ 5,5 bilhões em janeiro, com crescimento de 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado indica um recorde de melhor performance para o mês desde o início da série histórica, em 1997. O bom desempenho também foi registrado em relação ao volume, com o embarque de 832,5 mil toneladas e crescimento de 7,6%.
As exportações mineiras estão sendo beneficiadas pelo crescimento da demanda por alimentos da China, que é o principal país importador dos produtos agropecuários brasileiros. No mês de janeiro, as compras do país asiático somaram R$ 976 milhões, registrando aumento de 3,4%, em relação ao mesmo período do ano passado.
O café foi o principal produto exportado, com receita de R$ 2,858 bilhões, seguido pelo complexo sucroalcooleiro (R$ 656,5 milhões), carnes (R$ 431,5 milhões) e produtos florestais (R$ 215,7 milhões).
Os principais destinos das exportações do agronegócio mineiro foram China (R$ 976 milhões), Estados Unidos (R$ 448 milhões), Alemanha (R$ 440,5 milhões), Itália (R$ 201,5 milhões) e Japão (R$ 19 milhões).
O setor de carnes apresentou o maior crescimento nas exportações, com alta de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os produtos do agro mineiro foram enviados para 137 países. Além da China, que respondeu por 18% do valor total exportado, também se destacaram os Estados Unidos (13%), Alemanha (8,4%), Bélgica (6%) e Itália (4,1%).
Café
O principal item da pauta exportadora do agronegócio mineiro atingiu a receita de R$ 2.858 milhões, representando quase 53% do total das vendas externas. O café foi enviado para 67 países, sendo liderado pelos Estados Unidos (R$ 547,5 milhões). Entre os dez principais países importadores, destaca-se a China, com aumento de 360% de suas compras de café em relação a janeiro de 2023, posicionando-se na quarta colocação entre os principais destinos do produto.
Composto pelas vendas de açúcar de cana, álcool e demais açúcares, o grupo obteve receita de R$ 774,5 milhões, com a comercialização de 295,3 mil toneladas. O açúcar, principal componente do segmento, registrou aumento de 37% no valor e 9,9% no volume. China e Arábia Saudita lideraram as compras da commodity.
Carnes – As carnes também mantiveram boa performance no volume embarcado, e os segmentos bovino e suíno apresentaram crescimento, totalizando 20,8 mil toneladas.
Já as vendas das duas proteínas somaram R$ 419 milhões, com queda de 1,4% em relação ao mês de janeiro anterior.
A carne bovina, principal proteína animal exportada pelo estado, alcançou 19 mil toneladas, com crescimento de 11% no volume e R$ 403,5 milhões, com queda de 0,8% na receita.
A carne de frango registrou queda no valor de 19,7% e no volume 4,8%, alcançando R$ 117,5 milhões e 13,2 mil toneladas, respectivamente. Já a carne suína manteve uma demanda aquecida, totalizando R$ 15,5 milhões e 1,8 mil toneladas, crescimento de 64% no valor e 37% no volume, sendo exportada para 17 países.
O volume exportado pelo segmento foi de 153,6 mil toneladas, com aumento de 2,8% no volume. O valor atingiu R$ 431,5 milhões, com queda de 30% na receita em comparação com o mesmo período do ano passado.
As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) apresentaram bom desempenho, no período, alcançando R$ 396,5 milhões e aumento de 71% na receita. Os bons números também foram registrados no volume com 140,4 mil toneladas embarcadas e crescimento de 130%. O farelo de soja e a soja em grão foram os itens mais comercializados, registrando R$ 208,5 milhões e R$ 188 milhões, respectivamente.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.