Rural
Festas de fim de ano elevam consumo e provocam alta nos preços da carne
Há poucos dias do Natal e das festas de final de ano, os preços da carne bovina continuam em ascensão neste mês de dezembro. De acordo com análises do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o impulso nesse cenário é resultado do aumento da demanda interna, algo comum nesta época, quando os varejistas buscam abastecer seus estoques para atender à demanda festiva de final de ano.
O valor do traseiro, por exemplo, voltou a ser negociado acima de R$ 20/kg nesta semana no atacado da Grande São Paulo, registrando um fechamento médio de R$ 21,02/kg na terça-feira (19). Esse número representa uma valorização significativa de 6% somente neste mês, atingindo o maior patamar nominal desde maio deste ano.
No entanto, do lado da oferta, alguns frigoríficos estão enfrentando dificuldades para completar suas escalas de abate, o que, por consequência, limita a oferta de carne no mercado atacadista. Até o dia 19 de dezembro, a média da carcaça casada bovina estava próxima de R$ 17/kg na Grande São Paulo, conforme informações do mercado atacadista.
Além do movimento interno, as exportações de carne bovina in natura também têm mostrado uma intensificação neste mês. Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam uma média diária de 8,85 mil toneladas embarcadas, em comparação com as 6,94 mil toneladas registradas em dezembro de 2022.
O aumento da demanda tanto no mercado interno quanto nas exportações tem impactado diretamente os preços, sinalizando um cenário de movimentação intensa no mercado da carne bovina durante este período festivo.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.
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