Quarta-Feira, 9 de Abril de 2025

Saúde

‘Covid zero’: por que China tem dificuldade para vacinar idosos

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BBC News Brasil

'Covid zero': por que China tem dificuldade para vacinar idosos
Reality Check team – BBC News

‘Covid zero’: por que China tem dificuldade para vacinar idosos

Reality Check team – BBC News

Diante de protestos sem precedentes na China contra as medidas de combate à covid, as autoridades chinesas informaram que estão ampliando a campanha de vacinação para idosos.

A taxa relativamente baixa de vacinação entre pessoas mais velhas é um grande obstáculo para a China poder relaxar sua estratégia de “covid zero”.

Quantos idosos estão vacinados?

A China reconheceu que registra taxas relativamente baixas de vacinação entre os idosos, que têm maior probabilidade de ficar gravemente doentes ou morrer ao se infectar com o coronavírus, em comparação com as faixas etárias mais jovens.

Em abril deste ano, os dados oficiais mostravam que apenas cerca de 20% dos idosos com mais de 80 anos haviam recebido duas doses de vacina e uma de reforço, enquanto menos de 50% da faixa etária de 70 a 79 anos estavam nessa situação.

Os números oficiais mais recentes, divulgados num momento em que protestos contra os lockdowns se espalham pelo país, apontam um salto acentuado nessas taxas de vacinação, para cerca de 40% totalmente vacinados com uma dose de reforço acima dos 80.


Essas taxas de vacinação da China para idosos são significativamente menores do que, por exemplo, as de Brasil, EUA e Reino Unido.

Os números do Reino Unido em novembro indicam que cerca de 80% das pessoas com 80 anos ou mais morando na Inglaterra haviam recebido uma dose de reforço nos três meses anteriores.

A China também anunciou um plano para aumentar as taxas de vacinação entre os idosos. E estabeleceu uma meta de chegar a 90% da população com mais de 80 anos vacinada com duas doses ou a dose de reforço até o final de janeiro.

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Por que a taxa de vacinação é baixa entre idosos?

O chefe do painel de especialistas em covid da China, Liang Wannian, disse à BBC que a hesitação em se vacinar entre os idosos é um fator importante.

“Muitos idosos têm comorbidades. Eles acham que não será seguro tomar a vacina. Mas, na verdade, é seguro”, disse ele.

Ao contrário de outros países que vacinaram os idosos primeiro, a China priorizou a população em idade de trabalhar quando iniciou seu programa de vacinação no final de 2020.

Trabalhadores em trajes contra covid um complexo residencial em Pequim

Reuters
Lockdown em Pequim: as restrições tornaram-se cada vez mais impopulares

O país também testou suas vacinas fora da China em países com populações muito mais jovens — e inicialmente disse à sua própria população idosa que não havia dados suficientes sobre a eficácia e a segurança das vacinas para recomendar que eles se vacinassem.

A infraestrutura de saúde comunitária também é vital para a distribuição de vacinas, diz George Liu, da Universidade La Trobe em Melbourne (Austrália). Ele diz que isso falta aos idosos na China.

“Diferentemente da imunização planejada para crianças, as unidades comunitárias de saúde não têm uma lista completa de nomes e um planejamento para idosos, e não têm atualmente um processo para garantir uma cobertura adequada de vacinação para eles”, diz Liu.

A confiança nas vacinas produzidas localmente também foi prejudicada por uma série de escândalos de saúde nos últimos anos. Isso inclui questões de segurança e padrões de produção para vacinas contra raiva, bem como para difteria e tétano.

As vacinas produzidas na China são eficazes?

A China desenvolveu e produziu suas próprias vacinas, que usam uma forma inativada do vírus para treinar o corpo para combater o vírus inteiro.

Frascos de vacina Sinopharm em exibição em feira de Pequim

Getty Images

Embora eficazes, elas não são tanto quanto as vacinas de mRNA usadas em outras partes do mundo, que são produzidas a partir da parte principal do vírus que infecta as células do corpo.

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Pesquisas sugerem que duas doses da vacina mRNA da Pfizer/Biontech dariam 90% de proteção contra casos graves da doença ou morte, enquanto a Sinovac, uma das vacinas mais usadas na China, daria proteção de 70%.

E longos períodos de lockdown na China significam que houve muito menos encontro de pessoas.

Por conta disso, mesmo para aqueles que foram vacinados, houve menos exposição ao vírus e, portanto, menos se beneficiam da chamada “imunidade híbrida” — isto é, proteção através de uma combinação de vacinação e contato com o próprio vírus.

“É esse muro de proteção acumulada… através de exposição natural e vacinas eficazes, que fizeram da covid algo que a maioria do resto do mundo agora está disposta a conviver”, diz a repórter de saúde e desinformação da BBC, Rachel Schraer.

Acrescente a isso o fato de que novas subvariantes da ômicron surgiram e se espalharam mesmo entre os vacinadas, e isso torna a perspectiva de eliminar o vírus ainda mais improvável.

Fábrica de vacinas em Xangai

Getty Images
Fábrica de vacinas em Xangai: China não aplicou em massa imunizantes produzidos em outros países

Por que a China não usou vacinas ocidentais?

Nos estágios iniciais do lançamento da vacina durante a pandemia, a China fez um grande investimento em sua própria produção.

No ano passado, afirmou ter produzido metade do estoque existente de vacinas contra covid do mundo.

Portanto não é surpreendente que o país relute em usar vacinas desenvolvidas em outros lugares.

A Alemanha estimulou a China a considerar o uso de vacinas de mRNA desenvolvidas no Ocidente. Atualmente, elas são difíceis de obter na China, disponíveis apenas para residentes estrangeiros.

Acredita-se que a China esteja desenvolvendo sua própria vacina de tecnologia mRNA, mas não está claro quando elas poderão estar disponível.

Reportagem adicional de Wanyuan Song

– Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63867257

Fonte: IG SAÚDE

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Educação

Ladainha Ganha Nova Escola de 5,5 Milhões do Governo de Minas

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A cidade de Ladainha, localizada no Vale do Mucuri, agora conta com um importante avanço na área educacional com a inauguração da Escola Municipal Iracema Soares Nedir. A unidade, construída por meio do Programa Mãos Dadas, uma parceria entre o Governo de Minas e o município, está se destacando pela infraestrutura moderna e pela contribuição ao fortalecimento da educação pública na região.

Com um investimento total superior a R$ 5,5 milhões, a nova escola não só amplia as oportunidades de ensino para os alunos, mas também visa melhorar significativamente a qualidade da educação local. A inauguração da escola, realizada em julho deste ano, representou um marco importante para a comunidade, que agora conta com um ambiente de aprendizado mais adequado e capaz de atender às crescentes demandas educacionais.

O governador Romeu Zema, em visita realizada no início de dezembro, fez uma vistoria nas instalações da escola e destacou a importância da parceria entre o Governo de Minas e as administrações municipais para o avanço da educação no estado. “Investir em educação é investir no futuro de nossas crianças e no desenvolvimento do nosso estado. Com escolas como esta, estamos criando as condições ideais para que nossos jovens possam construir um futuro melhor”, afirmou Zema durante a visita.

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Mais de R$ 3,3 milhões dos investimentos totais foram provenientes diretamente do Governo de Minas, refletindo o empenho do estado em melhorar a infraestrutura educacional em todo o território mineiro. O valor é um indicativo do comprometimento do governo estadual com o acesso à educação de qualidade, especialmente em regiões como o Vale do Mucuri, onde investimentos em infraestrutura escolar têm um impacto direto no desenvolvimento social e econômico da comunidade.

A Escola Municipal Iracema Soares Nedir tem se mostrado uma verdadeira referência para a educação na região, com suas modernas instalações e a perspectiva de formar alunos mais preparados para os desafios do futuro. O Governo de Minas continua a investir em educação como prioridade, e iniciativas como o Programa Mãos Dadas seguem beneficiando milhares de crianças em diversas partes do estado.

Fonte: Diário Tribuna – Teófilo Otoni

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