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Cuidados com bebês recém-nascidos nos primeiros dias

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Cuidados com bebês recém-nascidos nos primeiros dias
Redação EdiCase

Cuidados com bebês recém-nascidos nos primeiros dias

Segundo os psicólogos, o maior trauma que passamos é o parto. Imagine um bebê que cresce durante 40 semanas envolvido pela mãe, recebendo todos os nutrientes necessários para a sobrevivência e desenvolvimento a cada batimento cardíaco. Ao final da gestação ele é “arrancado” para o meio externo, sendo em seguida cortado o cordão umbilical, seu elo com aquela que o gerou e o protegeu até então.

Além disso, há fortes lâmpadas na sala de parto. Para completar o quadro, introduz-se uma sonda através do seu nariz para aspirar secreções e pinga-se em seus olhinhos uma substância tóxica (nitrato de prata), para evitar a oftalmia neonatal (também chamada de conjuntivite neonatal). Traumatizante ou não?

Aprendendo a mamar 

Muitas vezes, principalmente nos primeiros dias, o bebê não consegue mamar, mas a mãe não deve se desesperar, pois não é por falta de leite. Isso ocorre porque ele ainda não sabe mamar. O pequeno necessita de um processo de aprendizado, que depende da compreensão e paciência da mãe.  

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Sono irregular do bebê

O sono também é um grande desafio enfrentado por pais e recém-nascidos. Bebês normais dormem quase 24 horas por dia no início. O problema é que nem sempre ocorre coordenação entre seu sono e o da mãe.  

Por esse motivo, é interessante que a mãe comece um processo de disciplina, oferecendo os seios em horários mais ou menos fixos durante o dia e, durante a noite, mude para o processo de livre demanda. Seu bebê logo vai descobrir o que é dia e o que é noite. 

Surgimento de brotoejas

Outro fator que incomoda o bebê são as irritações da pele. As brotoejas ocorrem quando o bebê está mais aquecido do que o necessário. Isso porque suas glândulas sudoríparas ainda não estão bem formadas, ocasionando micropápulas com suor em seu interior. Para evitá-las, é necessário agasalhar menos o bebê, e o tratamento é feito com loções hidratantes neutras.  

Evitando as assaduras

As assaduras podem ocorrer por demora na troca das fraldas, irritação por tecidos, entre outros motivos. Para evitá-las, opte por produtos neutros, sem perfumes, corantes ou conservantes.

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Cuidado com as visitas 

As visitas devem ser evitadas. Amigos visitam o bebê na maternidade , em visitas rápidas ou após o bebê ter completado seis meses. Seu bebê nasce com pouca proteção contra os germes, que recebeu da mãe durante a gestação.  

Qualquer resfriado pode ser extremamente desagradável para o bebê, com riscos de complicações graves. Se mesmo assim ele contrair alguma infecção, entre em contato com seu pediatra, ele poderá dizer como agir.  

Por Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros  

Autor do livro Seu bebê em perguntas e respostas – do nascimento aos 12 meses. Médico formado em 1974 pela Faculdade de Medicina do ABC. Especializou-se em pediatria na Unifesp/EPM, obtendo em seguida título pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Atuou por quase 30 anos no Pronto -Socorro Infantil Sabará. Foi diretor técnico do Hospital São Leopoldo, cargo que deixou para se dedicar ao seu consultório, à MBA Pediatria e à literatura médica para leigos

Fonte: IG SAÚDE

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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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