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Depressão: entenda como ocorre, os sintomas e os tratamentos

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Depressão: entenda como ocorre, os sintomas e os tratamentos
Redação EdiCase

Depressão: entenda como ocorre, os sintomas e os tratamentos

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente. Essa é a quarta principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos. A depressão, por exemplo, em casos mais graves, pode levar ao suicídio. Por isso, a psicóloga Carine Eleutério explica quais são os sintomas, as causas e como é realizado o tratamento da doença. Veja!

Depressão ou tristeza?

Inicialmente, é muito importante diferenciar depressão e tristeza. A tristeza é um sentimento comum que pode acontecer com qualquer pessoa em diversas situações, entre elas a perda de um ente querido, o término de um relacionamento, um objetivo de vida que não deu certo. Entretanto, tal sentimento é passageiro, diminui e/ou desaparece com o tempo.

A depressão, por sua vez, pode acontecer com ou sem um evento estressante anterior e tem uma duração mais prolongada, de no mínimo duas semanas. A tristeza é um dos principais sintomas da depressão e muitas pessoas tristes se descrevem como deprimidas. Entretanto, é importante lembrar que a tristeza é apenas um sentimento passageiro, e a depressão é um transtorno mental que deve ser tratado.

Sintomas da depressão

Entre os sintomas mais comuns da depressão, estão a sensação de tristeza constante e a falta de vontade e prazer na realização de atividades que antes eram agradáveis. Sensações como alterações no apetite e no sono, falta de energia e dificuldade para realizar tarefas cotidianas, sentimento de impotência ou culpa e, em casos mais graves, pensamentos sobre suicídio e tentativas de suicídio acompanham o quadro.

Alteração de substâncias no corpo

De acordo com a psicóloga Carine Eleutério, a depressão altera determinadas substâncias químicas presentes no nosso organismo , influenciando o humor e as emoções. “A dopamina e a serotonina são neurotransmissores que estão associados ao estado afetivo das pessoas. A serotonina regula o humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, o ritmo cardíaco, as funções neuroendócrinas, dentre outros. A dopamina está associada à sensação de euforia e prazer. Esta regula o controle do movimento e da motivação”, explica. Segundo ela, na depressão, a dopamina, a serotonina e outras substâncias químicas, como a noradrenalina, ficam alteradas, desarranjando o estado de humor e as emoções.

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Faixas etárias

A fase mais comum da vida em que surgem episódios de depressão é entre os 20 e 30 anos de idade, ou por volta dos 60. Entretanto, a depressão pode surgir em qualquer idade, da infância à velhice. Nem todos os casos de depressão apresentam riscos à vida, mas os prejuízos individuais e nas relações familiares são imensos.

Causas da doença

É muito difícil definir causas específicas para a depressão, pois, como dito anteriormente, ela pode ocorrer sem um agente estressante anterior. Mas os principais fatores responsáveis pela doença são as alterações em neurotransmissores, que são substâncias químicas responsáveis pela comunicação entre os neurônios – as células do cérebro –, fatores genéticos e fatores ambientais.

“A depressão pode ocorrer depois de uma situação estressante , como luto ou brigas. É comum sentir-se triste, desesperado quando temos um problema […]. É normal se sentir fragilizado após uma situação estressante como de violência por um assalto ou sequestro. Às vezes, a pessoa não consegue reagir e essa tristeza se transforma em depressão, principalmente nas pessoas com predisposição à doença”, esclarece Carine Eleutério.

Importância do diagnóstico

Antes de iniciar um tratamento, é muito importante que se faça um diagnóstico extremamente preciso. Isso porque outras doenças, como o hipotireoidismo, podem apresentar sintomas semelhantes ao da depressão, mas os tratamentos são completamente diferentes.

Formas de tratamento

Após o diagnóstico, o tratamento pode ser feito de diversas formas. Em casos de depressão leve, os pacientes podem ser tratados apenas com psicoterapia, com o uso de medicamentos ou uma combinação das duas abordagens (estudos atuais mostram que a combinação das duas formas de tratamento promove mais benefícios que cada forma isoladamente).

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Relevância da psicoterapia

A psicóloga Carine Eleutério enfatiza a importância de se tratar das causas da depressão com psicoterapia, e não apenas tomar medicamentos antidepressivos. Segundo ela, os remédios combatem os sintomas, mas não solucionam o problema, fazendo com que a doença persista. Em alguns casos, os efeitos da medicação podem enfraquecer e a doença persistir.

Casos moderados ou graves

Casos de depressão moderados ou graves são tratados obrigatoriamente com o uso de medicamentos, podendo ser complementados com psicoterapia. Habitualmente são utilizados medicamentos conhecidos como antidepressivos, que existem em diversas formas, combinados com medicamentos para reduzir a ansiedade e auxiliar o paciente a conciliar o sono quando necessário. “Os antidepressivos demoram de duas a quatro semanas para atuar efetivamente na doença. Restaurada a química cerebral, a depressão tende a melhorar”, diz a psicóloga.

Período de tratamento

O tratamento deve ser mantido por alguns meses após o fim dos sintomas para assegurar que o paciente não tenha uma recaída. A maior parte dos pacientes apresenta uma melhora duradoura com a manutenção do tratamento por cerca de seis meses após a remissão dos sintomas em um primeiro episódio. Quanto à depressão recorrente ela necessita de tratamento mais prolongado, que pode atingir dois, cinco ou vários anos.

Necessidade de internação

Existem casos em que a depressão é mais grave com sintomas que colocam em risco a vida dos pacientes, como: a falta de vontade de comer e beber qualquer tipo de líquido, pensar até em tentar cometer o suicídio. Nestes casos, o tratamento deve ser iniciado com o paciente internado para proteger sua vida.

Fonte: Saúde

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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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