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Novo medicamento para controle do colesterol é aprovado pela Anvisa

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Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 11/11/2020

Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para o controle do “colesterol ruim”. Trata-se do Inclisirana, da Novartis. Destinado a adultos com hipercolesterolemia primária e dislipidemia mista, o medicamento tem a capacidade de reduzir o LDL, especialmente em pacientes de alto risco cardiovascular, como aqueles que já sofreram infarto ou AVC isquêmico.

A nova droga utiliza um pequeno RNA de interferência para limitar a produção da proteína PCSK9, ajudando a reduzir o LDL no sangue. Estudos demonstraram que duas injeções anuais foram eficazes na redução média de 52% do LDL em pacientes com dosagem máxima tolerada de estatina, mas que ainda não alcançaram a meta de acordo com seu risco cardiovascular.

Após aval nos EUA e na União Europeia, a Anvisa aprovou o medicamento no Brasil. Atualmente, o Brasil registra, por ano, cerca de 400 mil mortes relacionadas a doenças cardiovasculares, superando as mortes por câncer. A aterosclerose, causada pelo alto LDL, desempenha um papel significativo nos eventos cardiovasculares.

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Portanto, controlar o LDL é essencial para a saúde do coração. A alimentação representa aproximadamente 25% do colesterol no sangue. Para pacientes que já sofreram infarto ou AVC, dieta e exercícios são necessários, mas não suficientes para controlar o LDL.

Brasil: Desconhecimento do risco cardiovascular

Uma pesquisa da Novartis em parceria com a Ipsos revelou que a maioria dos brasileiros (64%) desconhece seu risco cardiovascular e a meta de LDL para reduzir os riscos de ataque cardíaco e AVC. Apesar de 80% conhecerem o termo “colesterol”, eles têm pouco conhecimento e preocupação com o assunto.

Os dados mostram, ainda, que LDL não controlado é a menor preocupação entre as doenças cardiovasculares e metabólicas, embora esteja diretamente relacionado ao alto nível de LDL no sangue.

A pesquisa, realizada em dezembro de 2022 com 1000 participantes, mostrou que apenas 12% sabem que o alto LDL não apresenta sintomas. Metade acredita que é possível controlá-lo sem medicamentos, mesmo em casos de alto risco. A alimentação e a eliminação de alimentos gordurosos são consideradas as principais formas de controle por 50% e 58% dos entrevistados, respectivamente.

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Além disso, 68% dos pacientes que precisam controlar rigorosamente o LDL desconhecem a meta de mantê-lo abaixo de 50mg/dL, e apenas 34% dos diagnosticados com LDL não controlado utilizam medicamentos para ajudar na redução.

De acordo com a Novartis, a Inclisirana já está disponível na União Europeia desde 2020 e nos Estados Unidos desde 2021. Estima-se que o medicamento seja lançado nas farmácias brasileiras em aproximadamente 90 dias. O preço será definido após avaliação e regulamentação pela Anvisa.

Fonte: Saúde

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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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