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Sangramento uterino anormal: veja as causas, os sintomas e os tratamentos

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Sangramento uterino anormal: veja as causas, os sintomas e os tratamentos
Laleska Diniz

Sangramento uterino anormal: veja as causas, os sintomas e os tratamentos

O Sangramento Uterino Anormal (SUA) é caracterizado pela perda de sangue uterino fora do período menstrual. Ele ocorre com anormalidade na regularidade, no volume, na frequência ou na duração. De acordo com informações da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), esse problema atinge 40% das mulheres no mundo. 

“O ciclo menstrual normalmente tem um intervalo de 25 até 35 dias. Quando esse ciclo é maior ou menor que esse período, é considerado um sangramento uterino anormal”, explica a Dra. Evelyn Prete, ginecologista, obstetra e sócia-proprietária da clínica Alve Medicina. 

Causas do sangramento uterino anormal

As razões que levam ao sangramento uterino anormal podem ser diversas. Conforme explica a Dra. Thais Ushikusa, ginecologista, obstetra e gerente médica de saúde feminina na Bayer Brasil, ele pode ser causado por alterações estruturais na anatomia do útero, como miomas, pólipos e adenomiose. “Quando não há alteração estrutural, pode ser causado por distúrbios hormonais , uso de medicamentos ou dispositivos e distúrbios de coagulação”, acrescenta.

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Ainda segundo a médica, essa é uma condição de difícil diagnóstico. “Apesar do grande número de pacientes, o diagnóstico pode demorar anos ou, até mesmo, não ter uma causa identificada ou negligenciada”, afirma. Mas, em todo o caso, o SUA não deve ser ignorado. 

É necessário procurar um ginecologista para investigar a origem do sangramento anormal. “Se não tratado, esse problema pode levar à anemia ferropriva e até hemorragia”, evidencia o Dr. Mauricio Abrão, ginecologista, professor de Ginecologia da FMUSP e presidente da Associação Americana de Ginecologia Laparoscópica. 

Sintomas da doença

O principal sintoma do sangramento uterino anormal é exatamente a perda de sangue uterino fora do período menstrual. “Pode acontecer, também, de pacientes terem pequenos sangramentos irregulares fora do período da menstruação , como escapes menstruais ou, até mesmo, hemorragias fora do período menstrual, podendo juntar com o fluxo menstrual e causar menstruação longa”, conta a Dra. Evelyn Prete. 

Interferência na vida da paciente

Essa condição pode impactar negativamente a vida das pacientes. Conforme a Dra. Thais Ushikusa, ela pode causar: 

  • constrangimento social ao vivenciar extravasamento de sangue;
  • necessidade de ter que planejar o dia a dia por conta do período menstrual; 
  • fadiga; 
  • cansaço; 
  • tontura;
  • anemia; 
  • piora da performance esportiva; 
  • redução da libido;
  • piora da produtividade no trabalho. 
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Tratamento para o sangramento uterino anormal

As opções de tratamento para o SUA variam de pessoa para pessoa, uma vez que as causas do sangramento são diferentes. Porém, de maneira geral, podem ser usados DIU hormonal, pílulas anticoncepcionais e/ou medicamentos anti-inflamatórios. “Em casos mais graves, quando a medicação não é suficiente, a paciente pode precisar passar por uma cirurgia para a remoção dos focos causadores do sangramento anormal”, explica o Dr. Mauricio Abrão.

Além disso, a depender dos motivos do sangramento, também podem ser necessárias algumas alterações no estilo de vida da paciente. “Mudanças de hábitos de vida também são importantes, visto que os sangramentos uterinos também podem ter origem inflamatória. Nestes casos, recomendamos dieta anti-inflamatória”, esclarece a Dra. Evelyn Prete. 

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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