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PREFEITO DE SP BRUNO COVAS (PSDB) MORRE AOS 41 ANOS

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O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) morreu às 8h20 deste domingo (16/05) aos 41 anos conforme informou a prefeitura, em nota. Há 2 anos ele lutava contra um câncer no sistema digestivo com metástase nos ossos e no fígado. Ele deixa o filho Tomás, de 15 anos.

Bruno estava internado no Hospital Sírio-libanês  na capital paulista há 14 dias, quando se licenciou da prefeitura. Na sexta-feira (14), ele teve uma piora no quadro de saúde e os médicos informaram que o quadro era irreversível. Nas últimas horas de vida, o prefeito recebeu sedativos e analgésicos para evitar as dores.

Familiares e amigos de Covas permaneceram no hospital. Na noite de sexta (14), um padre chegou a fazer a unção dos enfermos, um sacramento católico. Durante a noite de sábado (15), representantes de diversas religiões participaram do ato ecumênico na porta do hospital, que durou 30 minutos e terminou com a oração Pai Nosso.

O corpo será levado para o Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura, onde, às 13h, haverá no hall monumental do 3º andar uma cerimônia breve para familiares e amigos próximos. Depois, seguirá em carro aberto até a Avenida Paulista. O enterro será em Santos, em cerimônia restrita à família.

Covas foi internado com uma infecção na pele chamada erisipela em outubro de 2019. Após exames foram diagnosticados tumores de câncer. Esse ano novos tumores foram encontrados na coluna, fígado e na bacia agravando o estado de saúde do prefeito.

O tucano é o primeiro prefeito da cidade de São Paulo a morrer durante o mandato. Irá assumir definitivamente o cargo o vice Ricardo Nunes (MDB).

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HISTÓRIA

Aos 9 anos, passou a integrar o “Clube dos Tucaninhos”, cuja carteirinha de filiação era guardada por ele como recordação até depois de adulto.

Aos 14 anos, Bruno Covas deixou o litoral e foi morar na cidade de São Paulo com o avô, no Palácio dos Bandeirantes, sede oficial do governo paulista. De acordo com funcionários, Bruno era “bem mais tranquilo para lidar do que o avô”.

Cursou o ensino médio no Colégio Bandeirantes, um dos mais tradicionais da capital, onde conheceu um de seus grandes amigos, Luiz Álvaro Salles Aguiar de Menezes, que se tornou seu secretário municipal de Relações Internacionais décadas mais tarde.

Menezes disse que na escola os colegas se surpreendiam ao descobrir que Bruno era neto do governador. “Acho que eles esperavam uma figura engomadinha, e não aquele cabeludo com camiseta de rock n’roll sem manga que estudava com a gente”, contou, em entrevista ao SP1.

Naquela época, o jovem Bruno Covas não se interessou em participar do grêmio estudantil do colégio.

(Foto compartilhada no grupo nacional do PSDB por amigos do prefeito / BRUNO COVAS AO LADO DO AVÔ MÁRIO COVAS NA DÉCADA DE 80)

 

NOTA OFICIAL DO PSDB
Bruno Covas: coragem, respeito à democracia e realização

O PSDB perdeu uma de suas mais promissoras e brilhantes lideranças: o prefeito Bruno Covas. Depois de lutar bravamente, ele nos deixou nesta manhã. Jovem, mas com a bela história de alguém que muito construiu e muito ensinou. Deixa conosco o exemplo do trabalho pelo bem comum, do esforço para transformar e melhorar, da defesa inequívoca da democracia, da liberdade e do respeito. Deixa também a certeza de que “é possível fazer política sem ódio, fazer política falando a verdade”.

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Bruno pode ser definido pela coragem, pela alegria, pela juventude, pela dedicação e, claro, pelo sobrenome. Era neto de Mário Covas e, assim como o avô, jamais se omitiu, deixou-se abater ou desistiu diante das dificuldades. Também como o avô, nos fará uma enorme falta.

Bruno Covas nasceu na política e dela nunca se distanciou. Foi presidente da nossa Juventude, deputado estadual ainda com 26 anos e Secretário de Meio Ambiente. Deputado federal eleito em 2014, reforçou a nossa bancada na Câmara num momento extremamente importante e decisivo para o Brasil.

Ser prefeito de São Paulo, dizia ele, foi o maior desafio de sua vida. Mas foi também onde mais se viu seu firme propósito de garantir uma vida melhor para todos os cidadãos. Bruno Covas pôs o coração a serviço dos paulistanos. Novas escolas, novas creches, hospitais, moradia. A São Paulo de Bruno Covas é sustentável, inclusiva, conectada e solidária.

Ele nos deixa cedo, mas nos deixa muito. É e sempre será sinônimo de realização.

Nós, seus amigos tucanos, abraçamos o filho Tomás, seu inseparável companheiro de todos os momentos; os pais Renata e Pedro, e toda a família Covas. Neste dia triste, há, em cada canto deste país, muitos de nós lembrando e agradecendo a imensa alegria chamada Bruno Covas.

Bruno Araújo
Presidente Nacional do PSDB

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“Arcabouço Fiscal” Gilberto Almeida

“ Se o governo aprovar esse arcabouço, ele obtém uma licença para aumentar gastos. Se ele não aumentar a carga tributária, o superavit primário não vai ser gerado e assim ou sobe a inflação, que aumenta a receita e faz cair a despesa em termos reais ou vira uma desaceleração adicional do crescimento econômico”.
Affonso Celso Pastore

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BELO HORIZONTE –

Por Gilberto Almeida

No final do governo Dilma Rousseff que sofreu impeachment por descontrole fiscal entre diversas outras causas, assume o Vice-Presidente Michel Temer, encontrando um país destroçado, recessão sem precedentes, desemprego e desconfiança suprema do mercado internacional com relação ao país. Michel Temer, cuja breve passagem pelo governo a história haverá de reconhecer seus feitos, aprovou no Congresso Nacional a PEC do teto de gastos que proibia que o crescimento das despesas públicas ultrapassassem a inflação do exercício anterior, em uma rigorosa norma para tentar conter o desequilíbrio encontrado.
Durante o governo Bolsonaro, prevaleceu essa regra, que, por muitos economistas, de tão dura que era, se tornou inalcançável e que foi duramente criticada pelo então candidato Sr Luiz Silva, que mesmo antes de tomar posse, conseguiu aprovar uma PEC retirou as despesas de programas sociais do cálculo dos gastos para efeito controle do teto, o que aumenta o rombo das contas públicas em mais de 150 bilhões de reais. Não obstante a importância de tais programas sociais em especial o Bolsa família, a nova PEC aprovada não só revogava, na prática, o teto de gastos, como também indicava que o Brasil poderia caminhar para um perigoso desequilíbrio com consequências arrasadoras para a economia e consequentemente para os indicadores sociais. Entretanto, quiseram, os congressistas, estabelecer um pequeno freio, obrigando que o Executivo encaminhasse para análise dos parlamentares, uma nova PEC, estabelecendo nova regra para o controle dos gastos públicos, evitando assim que as despesas públicas cresçam mais que o Produto Interno bruto, tranquilizando assim os credores e tentando restabelecer o índice de confiança no país o que significaria diminuir o risco de calote, a escalada dos juros, o colapso do setor produtivo e estagnação da economia nacional.
Foi cumprindo esta obrigação que o atual governo apresentou o chamado Arcabouço Fiscal que nada mais é que um conjunto de regras que têm como objetivo evitar o descontrole das contas públicas, garantindo assim a redução da taxa SELIC e a retomada do desenvolvimento econômico.
E aqui hei de reconhecer pontos interessantes do pacote anunciado pelo governo que estabeleceu teto para crescimento das despesas em 70% do aumento da receita, produzindo uma folga de 30% para a produção do superavit primário. Interessante no arcabouço fiscal também foi estabelecer que o aumento real das despesas (descontada a inflação) ficará dentro de uma banda que vai de 0,6% a 2,5%, ou seja, mesmo que a receita cresça 10%, por exemplo, o aumento de gastos não será de 7%, mas se limitará a 2,5%.
Até aí tudo seria mil maravilhas, não soubéssemos que o atual governo e sua veia perdulária, precisará fazer com que a outra ponta, a da receita, cresça o suficiente para cobrir a gastança. Nenhuma regra para obter equilíbrio fiscal será exequível se o gestor não controlar as despesas de forma rigorosa, o que absolutamente não faz parte do repertório do Sr Luiz Silva e muito menos do PT. As primeiras medidas do governo, que nem 100 dias completou, apontam para exatamente o contrário, multiplicando, sem nenhum pudor, o número de ministérios, “acomodando” dezenas de milhares de “cumpanherus” que sofriam uma severa abstinência de cargos públicos, sem falar da explosão das barganhas políticas para obter sucesso nas votações no Congresso Nacional, oferecendo não apenas cargos, como também bilhões em emendas secretas (hoje levianamente batizadas pela mídia militante de “emendas de relator”) para cooptar parlamentares.
Para cobrir este rombo o ministro Haddad aponta algumas medidas como a taxação dos fundos exclusivos e das apostas eletrônicas, e também algumas de suas “jabuticabas”, o que de uma forma unânime entre os analistas econômicos, seria insuficiente, pois, a receita deveria, para que o Arcabouço Fiscal apresente resultados, ter um crescimento real de 5% em cada ano vindouro. Assim como Mané Garrincha fez a célebre pergunta se seu técnico já tinha “combinado com os russos”, fica a pergunta se Haddad já combinou com a súcia petista e com o centrão, para ou diminuir a gula ou restará, mais uma vez, colocar nas costas dos sofridos contribuintes, novos aumentos nos já escorchantes impostos vigentes.
Finalizando, o arcabouço fiscal pode ser uma ferramenta de sucesso, se bem usada. A maior premissa para seu êxito é a de, com urgência, afastar do governo concussionários personagens, já conhecidos pela esbórnia que praticam.

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