TECNOLOGIA
App brasileiro lê embalagens de produtos para deficientes visuais
Uma simples tarefa como ir ao supermercado e escolher produtos não é tão simples assim para deficientes visuais, já que as embalagens geralmente não são acessíveis. Foi pensando nisso que duas empreendedoras do Rio Grande do Sul criaram o aplicativo Alia Inclui, que faz a leitura das embalagens através do celular.
O recém-lançado aplicativo funciona de forma bastante simples: basta apontar a câmera para o código de barras e esperar todas as informações aparecerem na tela. Em celulares que já têm aplicações de descrição em voz instaladas, todas as informações são lidas.
Caroline Dall Acua, uma das cofundadoras do aplicativo, é deficiente visual e testou a ferramenta antes de ela ser lançada no mercado. “A primeira impressão foi maravilhosa, porque eu sempre tive bastante dificuldade de ter acesso às informações dos produtos. No momento em que o aplicativo leu toda a descrição do produto para mim, isso me trouxe uma sensação muito grande de liberdade de escolha, de me sentir realmente inserida na sociedade”, relata a empresária.
Além de pessoas cegas e com baixa visão, Caroline conta que o Alia Inclui também ajuda pessoas com dislexia, que não enxergam muito bem de perto ou que têm dificuldades de leitura.
Como funciona o aplicativo
Qualquer pessoa pode baixar o aplicativo, disponível para Android e iOS, e utilizá-lo gratuitamente, além de poder cadastrar produtos. Os itens cadastrados por usuários, porém, contêm informações básicas, como marca, peso e uma pequena descrição.
Para empresas que querem cadastrar seus produtos, é possível realizar uma descrição mais completa, com todos os detalhes presentes nas embalagens, incluindo informações nutricionais e alertas para alérgicos. Para isso, é necessário pagar uma taxa.
Caroline conta que as empresas parceiras também podem veicular publicidade no aplicativo, além de obterem um selo de acessibilidade do Alia Inclui em suas embalagens. Atualmente, três marcas gaúchas são aliadas da novidade: Casa Valduga, Casa Madeira e Sorvetes Urca.
“Nosso próximo objetivo é conseguir mais empresas que sejam nossas aliadas, porque nosso grande foco é levar acessibilidade ao público com qualidade, para que as pessoas de fato possam saber o que são consumindo”, afirma Caroline.
Fonte: IG TECNOLOGIA
TECNOLOGIA
Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.
Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.
No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.
Fonte: Tecnologia