TECNOLOGIA
Google não libera Bard na UE e Brasil; leis de dados podem ser motivo
Na última semana, o Google liberou o Bard, seu sistema de inteligência artificial concorrente do ChaGPT, em 180 países e territórios , mas deixou a União Europeia (UE) e o Brasil de fora da lista.
Dos 27 países que fazem parte da UE, nenhum está na lista dos que receberam o Bard. O site alemão WinFuture questionou o próprio Bard sobre o motivo de deixar os países do bloco de fora, e a inteligência artificial citou o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês).
O motivo, porém, não é oficial. O portal iG questionou o Google sobre a ausência de países da União Europeia na lista do Bard, e a empresa não citou a lei de proteção de dados local.
“À medida que continuamos a desenvolver o Bard de forma responsável, estamos gradualmente expandindo seu acesso a mais países e regiões em inglês. Continuaremos a implementá-lo em outros países, regiões e idiomas ao longo do tempo”, afirmou a empresa em nota.
A GDPR é a lei europeia de proteção de dados, e já foi usada pela Itália para banir o ChatGPT por não proteger corretamente os dados pessoais dos usuários, por exemplo. Historicamente, a UE é conhecida por ser mais rigorosa nas legislações sobre tecnologia e também em suas aplicações.
No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) foi inspirada na GDPR. No país, é proibido coletar dados pessoais sem consentimento e não cuidar corretamente das informações, entre outras regras. O Brasil também não está na lista de países nos quais o Bard está disponível.
Tanto no Brasil quanto na UE, leis específicas para regulamentar a inteligência artificial são discutidas atualmente. Por aqui, o Google também já está na mira de legisladores por conta do Projeto de Lei 2630/2020, conhecido como PL das Fake News.
Por enquanto, a inteligência artificial do Google está em fase de testes. Os clientes já podem utilizar o sistema normalmente, mas a empresa alerta que ele ainda não está completamente pronto e pede o feedback dos usuários.
Por não estar pronto, é possível que o Bard apresente falhas – e esse pode ser um dos motivos pelos quais, neste momento, ele está fora de países que possuem legislações mais avançadas de proteção de dados.
Fonte: Tecnologia
TECNOLOGIA
Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.
Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.
No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.
Fonte: Tecnologia