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Minas Gerais

Parque Estadual Mata do Limoeiro lança passaporte para visitantes

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Visitantes do Parque Estadual Mata do Limoeiro, localizado em Itabira, na região Central de Minas Gerais, poderão registrar a passagem pela Unidade de Conservação por meio de um passaporte. No documento, que não é de identificação oficial, constará cada atrativo visitado pelo turista no parque, com carimbos personalizados. O mesmo vale para as outras sete maravilhas do entorno.

A ideia do passaporte surgiu em 2018, durante uma reunião da gerência do parque com uma empresa de marketing parceira. A partir daí, conversas foram realizadas com empreendedores locais para definir os atrativos incluídos no documento e seu objetivo principal.

No parque, o turista poderá registrar as visitas em quatro atrativos: Cachoeira do Paredão, Cachoeira do Derrubado, Salas Temáticas e Mirante do Campestre. No entorno do parque, os outros atrativos que podem ser carimbados estão nos distritos de Senhora do Carmo e Ipoema. Entre os locais estão: Morro Redondo, Centro de Tradições, Cachoeira Alta, Cachoeira dos Marques, Serra dos Alves, Museu do Tropeiro e Museu da Pharmácia.

Além dos atrativos citados, o documento também dá indicações sobre outras belezas naturais que ficam nos distritos do entorno do parque. Quando o turista visitar todos os locais e colher os registros, recebe um carimbo exclusivo.

Incentivo ao turismo

Diretora-geral do IEF, Maria Amélia Mattos destaca a importância do passaporte, sobretudo na retomada do turismo em Minas, que avança com a vacinação contra a covid-19. Ela também define o documento como mais um incentivo para as pessoas visitarem as belezas naturais do parque, beneficiando, também, a economia local. “Espaços como esse são importantes para respirarmos ar puro, contemplar as nossas belezas naturais.
Divulgar e incentivar isso por meio do passaporte é importante para conhecermos e divulgarmos as belezas do nosso estado”, aponta.

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A iniciativa também recebeu elogios do secretário municipal de Meio Ambiente de Itabira, Denes Lott. “É satisfatório e alegre tudo o que está acontecendo aqui. Sou testemunha do trabalho que vem sendo feito no parque desde a sua formação”.

O gerente do parque, Alex Amaral, contou lembra etapas de idealização do passaporte, desde a ideia inicial até a sua conclusão. Para ele, o fato de a iniciativa ter sido construída a “várias mãos” valoriza ainda mais o resultado. “O lançamento do passaporte é a concretização de um trabalho voltado para um único objetivo: a unificação da visitação em rede nos principais atrativos turísticos do Parque Estadual Mata do Limoeiro e seu entorno. Esse produto foi construído em conjunto, de forma participativa, e isso lhe confere destaque e valor”, conclui Alex.

O visitante poderá obter o passaporte nas pousadas credenciadas (veja lista a seguir) e na sede do parque, por meio de simples cadastro. Nesses locais, chamados pontos credenciados, o turista solicita o carimbo na respectiva página da atração. Cada localidade tem um carimbo personalizado, mas para recebê-lo é preciso apresentar uma selfie para comprovar a visita.

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Somente no primeiro fim de semana da iniciativa, foram emitidos 200 passaportes.

Veja os pontos de credenciamento:

• Sede do Parque

• Pousada Ipoema

• Museu do Tropeiro

• Pousada Venda de Cima

• Pousada Quadrado

• Artesanato Ipoema

• Pousada Maravilha Real

O parque

Localizado bem próximo à área urbana do distrito de Ipoema, o Parque Estadual Mata do Limoeiro é uma Unidade de Conservação (UC) administrada pelo Instituto Estadual de Florestas. Possui a importante função de proteção de uma área de mais de 2 mil hectares dos biomas Cerrado e Mata Atlântica.

A UC foi oficialmente aberta no final de 2013 e, desde então, sua visitação tem sido crescente, acompanhada da diversificação de seus atrativos.

A região está localizada na Serra do Espinhaço, a cerca de 7 quilômetros do Parque Nacional da Serra do Cipó.

O nome da unidade remete à Fazenda do Limoeiro, originalmente na área do parque, e que hoje não existe mais. Na região, podem ser observados fragmentos de Mata Atlântica e do Cerrado, o que lhe confere grande diversidade biológica. Já foram identificadas na área pelo menos três espécies ameaçadas de extinção: a samambaiaçu, a braúna-preta e o jacarandá-caviúna (uma das mais valorizadas madeiras brasileiras).

Entre as espécies da fauna, já foram observadas espécies raras como o rato-do-mato e o gambá-de-orelha-branca, presentes somente em áreas de Mata Atlântica, além de outras de importantes para a conservação ambiental.
 

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Brasil e Mundo

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

greja Nossa Senhora da Conceição é uma das referências da arquitetura e da história de Ouro Preto. Depois de quase uma década em reforma, o santuário com os restos mortais do mestre Aleijadinho vai ser reaberto ao público, em Ouro Preto

Pintura de Manuel da Costa Ataíde no teto da Igreja de São Francisco de Assis.
Além das pinturas que dominam todo o teto, a Igreja de São Francisco de Assis ainda conta com adornos em ouro e prata e esculturas de Aleijadinho, escultor e arquiteto responsável também pelo projeto dessa mesma igreja. Aleijadinho (cujo nome de batismo era Antônio Francisco Lisboa), ao lado de Manuel da Costa Ataíde e Mestre Valentim, formou o principal grupo de artistas do barroco mineiro.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Este relógio de fabricação inglesa pertencia a Joaquim José da Silva Xavier e estava com ele no momento da prisão. Foi leiloada pela coroa e passou pelas mão de particulares até 1953, quando JK o adiquiriu para o museu da Inconfidência. Ao lado um boticão que permitia a Tiradentes usar uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam para extrair dentes daqueles que visitam seu consultório.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

O Museu da Inconfidência cuida de obras do século XVII, XVIII e XIV é aberto ao público em horários disponivéis no site oficial.

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

Imagem de Nossa Senhora das Dores esculpida na madeira, do artista mineiro Fernando Pedersini, foi exposta no Santúario Matriz Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto durante a exposição “Do Conto ao Ponto”.

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