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Veja como cada ministro votou sobre o orçamento secreto

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Ministra Rosa Weber, presidente do STF
Nelson Jr./SCO/STF

Ministra Rosa Weber, presidente do STF

O Supremo Tribunal Federal ( STF ) retomou, na última quinta-feira (15), a votação das ações que questionam a constitucionalidade das emendas do relator do orçamento secreto . A  sessão foi suspensa por volta das 20h e deve ser retomada na próxima semana.

Até a interrupção, 9 dos 11 ministros votaram, terminando com 5 a 4 para tornar a medida inconstitucional. Veja como foi:

Cinco ministros votaram para extinguir o orçamento secreto. Foram eles: Rosa Weber (relatora), Edson Fachin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Luis Roberto Barroso.

Quatro ministros votaram para que as emendas de relator continuem continuar sendo distribuídas pelo relator do Orçamento, contanto que utilize de mais transparência. Foram eles: André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. 

Justificativas dos ministros

A primeira a votar foi Rosa Weber , relatora do caso e presidente da Corte. A ministra votou na quarta-feira e se posicionou contra o orçamento secreto.  Ela afirmou que as emendas desafiam os princípios da impessoalidade da transparência e da publicidade. 

“A controvérsia sobre o orçamento secreto não se restringe, entretanto, à exorbitância aos valores designados ao relator geral do orçamento em cotejo com os valores destinados às demais emendas. Mais alarmante do que a amplitude do orçamento Federal posto sob o domínio de um único parlamentar, somente as negociações em torno do destino a ser dado a esses recursos”, afirmou Weber na leitura do voto.

André Mendonça votou pela constitucionalidade do orçamento secreto. Ele foi o segundo ministro a votar, o primeiro nesta quinta-feira, e exigiu critérios que garantam a transparência às emendas.

“O tratamento de transparência e publicidade na RP9 não pode diferir das emendas individuais e de bancada”, ressaltou no seu discurso. Ele sugeriu ainda que seja estabelecido um prazo de 60 dias para que as novas regras de transparências sejam instituídas.

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O terceiro ministro da Corte a votar foi Nunes Marques . Assim como Mendonça, ele se posicionou a favor das emendas do relator, mas apresentando ressalvas sobre as atuais normas de transparência. 

“Não creio que um tema com tantas facetas possa ser resolvido em um processo judicial. Ainda mais quando o argumento principal é o favorecimento de grupos. O Congresso é composto de grupos políticos e pode ocorrer de um grupo ou outro ser favorecido”, declarou Marques, ministro indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao STF.

O quarto a votar, o ministro Alexandre de Moraes , votou para que as emendas de relator continuem. No entanto, ele defendeu critérios de proporcionalidade, identificação da origem e destino das verbas e maior transparência.

“Essa origem ficou sem transparência, tanto ficou sem transparência que, no momento em que se faz uma pergunta à Câmara, ao Congresso: essa emenda, vem de quê, o que indicou ao relator? Com todo esforço que foi feito pelo presidente do Senado, da Câmara, nós chegamos, salvo engano, em torno de 72% na câmara e 85% no Senado de identificação ao longo de um ano”, disse Moraes.

O ministro Edson Fachin foi o quinto a votar e concordou com Weber, votando pela inconstitucionalidade da emenda. Segundo ele, o destino das emenda não é identificável.

“O que nós estamos tratando é de uma alocação racional dos recursos nacionais, que deve ser levada a efeito à luz da Constituição. O RP9 [emendas de relator] presta contas à origem e ao destino? Mesmo nos votos divergentes, fica evidenciado, a resposta é negativa. Esse indicador não cumpre as regras constitucionais”, disse Fachin.

O ministro Luís Roberto Barroso , o sexto votante, também optou pelo fim da emenda. Ele citou um “toma lá dá cá” nas relações entre o poder Executivo e o Congresso.

“Numa democracia e numa República não existe alocação de recursos públicos sem clara indicação sobre de onde provém a proposta e para onde chega o dinheiro e se chega o dinheiro. O orçamento não pode evidentemente ser secreto em nenhuma de suas dimensões”, afirmou Barroso.

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O sétimo ministro a votar, Luiz Fux , também acompanhou a relatora. Ele defendeu que o orçamento precisa ser “publicizado”.

“Isso não pode ser secreto, tem que ser publicizado como exige a própria Constituição Federal”, argumentou. “Se não há fundamento constitucional e se não há essa transparência, com dinheiro público o segredo não é a alma do negócio”, disse Fux.

O oitavo voto desta quinta-feira (15) foi de Dias Toffoli , que votou pela manutenção das emendas de relator, não pela derrubada do orçamento secreto. 

“Entendo que é necessário e se impõe regulamentação específica, que são a cargo dos poderes Legislativo e Executivo, para que as emendas de relator atendam aos preceitos e comandos impositivos da nossa constituição”, declarou o ministro.

A ministra Cármen Lúcia , última a votar, optou pela inconstitucionalidade da medida secreta. A magistrada foi na linha de Fux e defendeu que o orçamento seja público.

“Nós temos uma República e não uma entidade estatal de nome de segredo. Segredo é dado ao sagrado, as coisas do Estado e do povo tem de ser de conhecimento e ciência do povo”, disse a ministra.

Interrupção da votação

Os dois ministros restantes, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes pediram mais tempo para análise. Com isso,  a decisão do STF foi adiada para a próxima segunda-feira (19).

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Fonte: IG Política

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Fim da Carteira Nacional de Habilitação

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A partir de 1º de janeiro de 2025, motoristas brasileiros terão que se adaptar a novas regulamentações na (CNH) Carteira Nacional de Habilitação de acordo com o projeto de Lei 7.746/17. Esta reforma traz atualizações significativas, principalmente a criação de uma categoria específica para veículos automáticos, refletindo as mudanças no mercado automotivo. Além disso, adaptações foram feitas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em alinhamento com a Lei 14.071/2021.

Entre as mudanças, a categoria B da CNH vai ser dividida em subcategorias: A B1 será destinada exclusivamente a motorista de veículos com câmbio automático, enquanto a B2 permitirá que motoristas dirijam tanto veículos automáticos quanto manuais. Essa segmentação visa assegurar que os condutores sejam devidamente treinados para operar o tipo de veículo mais adequado às suas habilidades.

Quais são os Impactos para os Condutores Atuais?

A reforma visa melhorar a competência dos motoristas sem causar transtornos desnecessários àqueles que já possuem a habilitação categoria B. Estes motoristas não precisarão passar por reciclagem imediata, mantendo a permissão para conduzir veículos de passeio, picapes e utilitários até o limite de oito passageiros e peso bruto de 3.500 kg.

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Além da reorganização das categorias, a nova lei também exige cursos especializados para motoristas interessados em dirigir veículos que pertencem a categorias específicas, como os de transporte de carga ou de passageiros. Esses cursos englobam ensinamentos teóricos e práticos, com foco na segurança e técnicas de direção.

Como a Validade da CNH Será Afetada?

O prazo de validade da CNH também sofreu significativas alterações. Para condutores com menos de 50 anos, a CNH será válida por 10 anos, enquanto para aqueles entre 50 e 70 anos, a validade será de cinco anos. Motoristas com mais de 70 anos terão uma validade de três anos para suas habilitações. Essa mudança visa considerar as condições físicas e a frequência de exames médicos em diferentes faixas etárias.

Para atender às exigências da nova lei, motoristas deverão participar de cursos especializados caso queiram se habilitar para novas categorias de veículos. Após um período de cinco anos, será necessário passar por um curso de atualização, popularmente conhecido como reciclagem. Este curso tem como objetivo fornecer conteúdo atualizado sobre segurança no trânsito e as melhores práticas de direção, garantindo que os condutores estejam sempre preparados e em conformidade com as normas de trânsito.

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Quais São as Perspectivas para o Futuro das Habilitações no Brasil?

As mudanças na CNH refletem uma tendência global de adaptação às novas tecnologias e práticas seguras no trânsito. Ao introduzir uma categoria específica para veículos automáticos, o Brasil acompanha o avanço do setor automobilístico, que tende cada vez mais para o automático. A implementação dessas reformas aponta para um futuro em que a direção será mais segura e adaptada às necessidades contemporâneas.

 

Fonte/ TerraBrasilNoticias

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