Minas Gerais
Minas terá 1ª fábrica de geradores de hidrogênio verde da América Latina
O grupo Neuman & Esser (NEA) lançou, no domingo (12/3), a pedra fundamental para construção da primeira fábrica de geradores de hidrogênio verde da América Latina. Para abrigar a fábrica, o grupo vai ampliar a unidade da empresa no bairro Olhos D’Água, em Belo Horizonte.
O investimento previsto é de R$ 70 milhões, com geração de 75 empregos diretos especializados. A fábrica do NEA ajuda a consolidar Minas Gerais como líder na transição energética no Brasil e um dos principais polos produtores de energia limpa no mundo.
“Vamos investir na extensão de nossa capacidade produtiva em Belo Horizonte, quadruplicando nossa área industrial, com foco no processo de fabricação de eletrolisadores e reformadores para geração de hidrogênio, utilizando tecnologia própria”, conta o diretor-geral da Neuman & Esser Brasil, Marcelo Veneroso.
A fábrica da NEA será capaz de fabricar e integrar equipamentos para produção de hidrogênio verde, como eletrolisadores de tipo PEM e alcalino e reformadores de etanol e biometano ou gás natural, podendo ser adaptados de acordo com a necessidade e os recursos disponíveis em cada local de produção.
Serão produzidos, inicialmente, módulos de 1 a 5 MW de potência, “containerisados”, com capacidade total de 70 MW por ano. Recentemente, a NEA entregou e comissionou o maior eletrizador do tipo PEM instalado na América Latina, 100% industrializado na unidade atual de Belo Horizonte.
Descarbonização
“Viabilizar um investimento desse é um passo importante para a descarbonização da economia de Minas, seguindo o compromisso Race To Zero, assinado pelo governador Romeu Zema, de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2050. Além disso, outros atores dessa cadeia da economia verde também vão se interessar em vir para Minas, gerando mais empregos e riquezas para o nosso estado, com sustentabilidade ambiental”, afirma o CEO da Invest Minas, João Paulo Braga.
O lançamento da pedra fundamental foi acompanhado por Robert Habeck, vice-chanceler da Alemanha, e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Fernando Passalio.
O representante do país europeu está em Minas para o 39º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (Eeba), que será realizado nesta segunda e terça-feira (13 e 14/3), no Minascentro, em Belo Horizonte, e contará com a participação de centenas de empresas brasileiras e alemãs.
Combustível do futuro
O hidrogênio é um gás que pode ser usado em substituição a vários combustíveis fósseis, como os derivados de petróleo e carvão.
Ele pode ser obtido por meio de um processo físico-químico chamado eletrólise e sua queima libera vapor d’água na atmosfera, sem qualquer agressão ao meio ambiente. Quando o processo de obtenção do hidrogênio é alimentado por fontes renováveis de energia (como solar, eólica ou hidráulica), ele recebe o nome de “hidrogênio verde”. Ele ainda pode ser usado para a produção de amônia, importante fertilizante em larga escala.
Por essas características, o hidrogênio verde está sendo usado para descarbonizar setores econômicos ou reduzir a emissão de gases de efeito estufa em setores como mineração, siderurgia, produção de cimento, transportes e agricultura, entre outros. Estima-se que este mercado possa movimentar até US$ 10 trilhões até 2050 e ser responsável pela produção de até 18% da energia consumida no mundo.
Potencial
“Minas Gerais tem um grande potencial para ser um dos principais mercados de hidrogênio verde. Primeiro pela capacidade de produção, já que temos 99% da nossa matriz energética de fontes renováveis. Segundo, pelo consumo, já que muitos dos principais setores que podem consumir o combustível têm grande presença na nossa economia. E, com essa fábrica, teremos capacidade tecnológica para oferecer soluções para toda a cadeia, incluindo a exportação desse produto”, afirma o diretor de atração de investimentos da Invest Minas, Ronaldo Alexandre Barquette.
“Dominar a tecnologia de produção de hidrogênio verde e fabricar localmente, coloca Minas Gerais e o Brasil em uma posição estratégica de produtor e exportador de hidrogênio verde, ou de produtos com baixa pegada de carbono, como aço verde e amônia verde, para todo o mercado consumidor mundial. A posição geográfica estratégica e as condições climáticas propícias de irradiação solar e disponibilidade de correntes de ar fazem do H2 Verde produzido no Brasil um dos mais competitivos do mundo”, complementa Marcelo Veneroso.
Sobre a empresa
O grupo Neuman & Esser foi fundado em 1830 em Aachen, na Alemanha, e é um fabricante líder de soluções de compressores para aplicação em gases industriais (entre eles o hidrogênio). Compressores alternativos de pistão e compressores de diafragma são parte da tecnologia disponibilizada pela NEA.
A empresa possui atualmente 1,3 mil funcionários e está presente no mercado global com unidades em todos os continentes. Há mais de 25 anos, a Neuman & Esser iniciou sua atuação no mercado brasileiro.
Fonte: Agência Minas
ENTRETENIMENTO
Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela
Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.
Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.
— confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.
A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.
“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.
— confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.
Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.
Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.
Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!
Saiba Mais sobre Tiradentes
Conexão de Tiradentes com Ouro Preto
• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.
Pontos Históricos Relacionados
1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.
Legado de Tiradentes
Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.
A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.
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