Rural
Exportações do agronegócio brasileiro em agosto atingiram US$ 15,63 bilhões
As exportações brasileiras de produtos do agronegócio tiveram um aumento significativo de 6,6% em agosto deste ano, atingindo a marca de US$ 15,63 bilhões.
Esse valor representou aproximadamente 50,4% do total exportado pelo Brasil durante o mês. A análise realizada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) aponta que dois principais fatores explicam esse resultado positivo para o agronegócio.
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, as exportações atingiram a marca de US$ 112,68 bilhões, apresentando um crescimento de 4,2%.
Esse aumento é resultado da expansão na quantidade de produtos exportados, apesar da diminuição de 5,2% nos preços internacionais. As vendas de soja em grãos, açúcar e milho destacaram-se como os principais impulsionadores desse desempenho positivo no acumulado do ano.
POSIÇÕES – Em primeiro lugar, destaca-se o aumento na quantidade exportada, que pode ser atribuído à safra recorde de grãos colhida no período 2022/2023, resultando em uma ampliação da capacidade de excedente exportável. Em segundo lugar, a redução nos preços internacionais dos alimentos também contribuiu para o desempenho positivo das exportações agropecuárias.
Dentre os produtos que se destacaram nas exportações em agosto, estão o milho, a soja em grãos, o farelo de soja, o açúcar e a carne de frango in natura. Vale mencionar que o milho atingiu um recorde mensal histórico em valor e quantidade exportada. Da mesma forma, a soja em grãos e o farelo de soja também registraram recordes em valor e quantidade durante o mês de agosto.
No caso da soja em grãos, as exportações alcançaram um recorde de US$ 4,19 bilhões, representando um aumento de 12,3%, com um volume exportado recorde de 8,39 milhões de toneladas, um crescimento de 41,1%. A China permanece como o principal destino desse produto, com um aumento significativo em suas importações.
O farelo de soja, por sua vez, registrou vendas de US$ 1,19 bilhão, impulsionado pelo volume recorde exportado de 2,41 milhões de toneladas. A União Europeia se destacou como a principal importadora do farelo de soja brasileiro.
As exportações de milho atingiram um recorde em quantidade, com 9,33 milhões de toneladas, além de um valor de US$ 2,21 bilhões no mês de agosto. A China se destacou como um dos principais importadores do cereal.
Quanto à carne de frango in natura, o Brasil exportou 425 milhões de toneladas, registrando um aumento de 3,3%, com um valor de US$ 780 milhões.
O açúcar também apresentou um desempenho notável, com exportações totalizando US$ 1,78 bilhão, representando um aumento de 48,7%, juntamente com um volume exportado de 3,63 milhões de toneladas, que estabeleceu um recorde para os meses de agosto. A China se manteve como a principal compradora da carne de frango in natura e do açúcar brasileiro.
Esse cenário de crescimento nas exportações do agronegócio brasileiro reflete a importância do setor no mercado internacional e sua contribuição para a economia do país.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.
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