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Parque Estadual do Rio Doce inaugura exposição de fotografias em comemoração aos 80 anos

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Para celebrar os 80 anos de criação do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), foi inaugurada uma exposição autoguiada, com 23 fotografias emblemáticas do parque, que destacam a biodiversidade, os recursos naturais, a infraestrutura e os valores fundamentais que orientam a unidade de conservação mineira. A mostra está disponível, de 13/5 a 13/6, no Shopping Vale do Aço, em Ipatinga.

A exposição, com entrada gratuita, é realizada por meio de Termo de Parceria celebrado entre o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Instituto Ekos Brasil, e conta também com o apoio do Shopping Vale do Aço.

“A ideia da exposição surgiu como forma de apresentar à população quais são os seus recursos e valores fundamentais, ou seja, os motivos que tornam o Parque um lugar único e que deve ser conhecido. Além disso, em 2024, o Parque comemora 80 anos, portanto, convidamos a sociedade a conhecê-lo e a se orgulhar do maior remanescente de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais”, ressaltou o coordenador técnico do Instituto Ekos Brasil, Lucas Milani.

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A exposição marca o início das atividades de comemoração dos 80 anos do Parque Estadual do Rio Doce junto à sociedade. “Desvelar os encantos da natureza que pulsa no Perd é a tônica da exposição no Shopping Vale do Aço. Nosso Parque é fonte de riquíssima de biodiversidade, o que revela à comunidade que o Vale é muito além do Aço e também tem por vocação a proteção do maior fragmento contínuo de Mata Atlântica de Minas Gerais. É momento do Vale do Aço resignificar sua relação com o Parque e sua valorização perpassa por conhecê-lo. Vamos aonde o povo do Vale está para apresentá-lo a todos”, comenta o gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Vinícius de Assis Moreira.

A Unidade de Conservação

Criada em julho de 1944, a Unidade de Conservação é a mais antiga do Estado de Minas Gerais e uma das primeiras do Brasil. Protetora da Mata Atlântica, a área é um rico ambiente de pesquisa e estudo a respeito da biodiversidade e ecossistemas. Localizado nos municípios de Marliéria, Timóteo e Dionísio, o Parque Estadual do Rio Doce conta com 36 mil hectares e mais de 40 lagoas em seu território e está aberto à visitação, proporcionando oportunidade de lazer e recreação aos visitantes, além de uma reconexão com a natureza por meio do contato com a flora, fauna e seus lagos naturais de água doce. O parque possui o terceiro maior complexo de lagos do país.

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A UC conta com infraestrutura composta por centros de pesquisas e treinamento, viveiro de produção de mudas nativas, herbário de espécies da Mata Atlântica, alojamentos abertos para visitantes e pesquisadores, área de camping, centro de visitantes, restaurante, mirante e quiosques, trilhas e travessias.

O local possui trilhas adequadas para as mais diversas idades, observação da vida silvestre, contemplação da natureza, passeios de barco e pedalinho e atividades de pesca esportiva. Além das atividades de lazer, o Perd ainda é palco de festivais e eventos culturais.

Fonte: Agência Minas

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A Crise das Emendas Parlamentares: Mentiras, Bloqueios e o Debate sobre Transparência

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ARTIGO/ Sob o pretexto de garantir maior transparência, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, bloqueou em agosto deste ano a liberação de aproximadamente R$ 25 bilhões em emendas, um gesto que escancarou as fragilidades e controvérsias desse mecanismo tão utilizado no Congresso. No entanto, um fenômeno curioso e preocupante ganhou destaque: a discrepância entre os valores anunciados por deputados em suas bases.

Conforme dados orçamentários, cada deputado possui acesso a cerca de R$ 37 milhões em emendas parlamentares, valor destinado a projetos que supostamente beneficiam suas regiões. Entretanto, não são raros os casos em que deputados inflacionam esses números, anunciando repasses de R$ 100 milhões, R$ 150 milhões ou mais. Essa prática, além de ser enganosa, mostra como a ausência de fiscalização detalhada abre espaço para a manipulação de informações.

Segundo um estudo do Instituto Transparência Brasil, apenas 30% dos eleitores têm acesso real às informações sobre o destino das emendas em suas regiões, e a maioria aceita os números divulgados sem questionamentos.

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O ditado “a mentira tem perna curta” parece não se aplicar ao universo político. Na verdade, nessa esfera, a mentira parece correr com facilidade: deputados utilizam a falta de conhecimento técnico da população para perpetuar suas narrativas, enquanto poucos se preocupam em verificar a realidade dos dados.

Esse cenário torna ainda mais urgente a implementação de mecanismos efetivos de rastreamento das emendas parlamentares.

Com a reestruturação, o TCU atuará diretamente para garantir que os recursos sejam destinados às áreas previamente definidas e que os parlamentares não utilizem as emendas de forma clientelista ou irregular. Resta saber se essa transparência será duradoura ou apenas uma resposta momentânea às crises entre os poderes.

Enquanto a nova estrutura avança, fica a reflexão: o caos no uso das emendas foi tolerado por anos. Por que a mudança aconteceu somente agora? A moralidade do processo só é lembrada em momentos de interesse político?

Embora a decisão tenha sido criticada por parte do Congresso, ela expôs uma verdade incômoda: muitos parlamentares dependem exclusivamente das emendas para justificar sua atuação política. O bloqueio gerou tensões entre os Três Poderes e colocou em xeque o equilíbrio institucional, especialmente porque apenas obras emergenciais e projetos em andamento foram liberados.

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A decisão de Dino veio acompanhada de uma provocação: por que a transparência não foi exigida antes?

A crise das emendas parlamentares vai além do bloqueio de recursos: ela revela como a opacidade e a manipulação de informações prejudicam o desenvolvimento do país. É essencial que o Congresso, a sociedade e o Judiciário avancem na construção de um sistema orçamentário transparente e rastreável, que impeça o uso indevido de recursos públicos e que garanta a aplicação real em benefícios para a população.

Enquanto isso não acontece, ficamos com uma lição clara: no Brasil, a mentira na política não tem perna curta — ela tem pernas longas, calçadas com sapatos de luxo, e corre bem longe da verdade.

Escrito por Alex Cavalcante Gonçalves – repórter e assessor parlamentar

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