Coluna Minas Gerais
Judiciário brasileiro amplia cooperação com a Corte Interamericana de Direitos Humanos
Crédito da Foto: Marco Antônio Lima
Um ano após assumir a vice-presidência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, o juiz brasileiro Rodrigo Mudrovitsch celebrou, em San José, na Costa Rica, a crescente integração de decisões da magistratura brasileira com as sentenças e tratados internacionais da instituição.
“Eu estou muito otimista. No ano passado tivemos uma sessão histórica no Brasil, com a participação das mais altas cortes, do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior Eleitoral, o Tribunal Superior do Trabalho. Estivemos também em Manaus. Isso mostra que o Judiciário brasileiro não só tem acompanhado de perto o sistema interamericano como tem formado uma parceria que tem rendido frutos”, afirmou.
Mudrovitsch esteve na solenidade de abertura do Ano Judiciário da Corte, nesta segunda-feira, 27 de janeiro, na qual tomaram posse os novos juízes para o período 2025-2030: Alberto Borea Odría e o juiz Diego Moreno Rodríguez.
Segundo o vice-presidente da Corte, a perspectiva é de que essa integração com o Brasil cresça ao longo de 2025. “Acho que cada vez mais o Estado brasileiro tem impulsionado o cumprimento das sentenças da Corte. A magistratura do nosso país tem se dedicado a conhecer e a aplicar os tratados internacionais de direitos humanos”.
No que depender do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, que esteve na solenidade em San José, essa é, de fato, uma tendência. Nas suas palavras, “a presença institucional do STF em eventos da Corte Interamericana de Direitos Humanos demonstra o estreitamento dos laços da Corte Suprema brasileira com esta instituição e as pautas de direitos humanos e fundamentais”.
Fachin avalia que há um intercâmbio crescente de diálogos entre as decisões das duas instituições, e que a participação do Brasil no Sistema Interamericano de Direitos Humanos (SIDH), por meio de diversas instituições, é “importante e salutar”, uma vez que “as demandas em matérias de direitos humanos, em múltiplas perspectivas, são da maior relevância para as sociedades contemporâneas”. Especialmente, segundo o ministro, diante dos “desafios locais, regionais e globais para a humanidade, a liberdade e a própria sociedade democrática”.
Fachin afirmou ainda que o sistema internacional de direitos humanos é essencial para proteger também a defesa da institucionalidade, que pode ser o limite do autoritarismo populista que ameaça a coexistência pacífica de pessoas e povos.
Concorda com Fachin o ministro Paulo Dias de Moura, do Superior Tribunal de Justiça, que integrou a comitiva brasileira na Costa Rica. Moura vê essa integração como “necessária e inevitável”. “Deve ser olhada cada vez mais a jurisprudência da Corte Interamericana, assim como para a própria Convenção dos nossos julgados. Isso é extremamente importante para a nossa integração judicial”.
Emocionada por participar pela primeira vez da solenidade na Corte IDH, a desembargadora do TJSP, Maria Olívia Pinto Esteves Alves, elogiou o trabalho desempenhado pelo Brasil na instituição, representado pelo vice-presidente Rodrigo Mudrovitsch. “É de extrema importância essa aproximação, especialmente porque vivemos um regime democrático no Brasil, e temos um brasileiro que faz um excelente trabalho na Corte, que é o Dr. Rodrigo. Para mim é uma honra estar aqui. A conquista dos direitos humanos é uma luta diária, por isso ver o fortalecimento desse tribunal é emocionante”.
Crescimento de sentenças
A solenidade na Corte IDH foi bastante prestigiada, contando com a presença do presidente da República da Costa Rica, Rodrigo Chaves Robles, e do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro. Em seu discurso, a Presidenta da Corte Interamericana de Direitos Humanos, juíza Nancy Hernández López, destacou feitos alcançados em 2024, como o aumento significativo na emissão de sentenças de mérito em relação aos anos anteriores. Além disso, ela informou que, em matéria de supervisão de cumprimento, foi declarado o cumprimento total, parcial ou progressos em mais de 100 medidas de reparação correspondentes a 12 Estados durante o ano passado.
Entre as principais contribuições jurisprudenciais do Tribunal, Lopez mencionou os temas relacionados a direitos políticos e democracia, integridade eleitoral, gênero, feminicídios no âmbito familiar, saúde reprodutiva, discriminação racial, acesso à informação e direito à verdade, acesso à justiça, direitos dos povos indígenas, garantias judiciais, direitos econômicos, sociais e culturais, e graves violações de direitos humanos.
“Em tempos de dificuldade para nossa região e o mundo, não podemos nos render na luta pela dignidade humana, pois fazê-lo significaria renunciar à própria essência da civilização e da democracia. Assim, a resiliência se ergue como um imperativo moral e jurídico”, discursou.
Em sua intervenção, o presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves Robles, afirmou que a Costa Rica mantém, com firmeza e convicção, desde o nascimento da Corte IDH, “o compromisso histórico e inquebrantável com a defesa dos direitos humanos”. Segundo o presidente, ao longo dos anos, diante dos grandes desafios do continente, a Corte tem emitido sentenças históricas e desenvolvido uma jurisprudência inovadora, protegendo aqueles que sofreram graves violações e promovendo a transformação estrutural dos Estados.
O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, destacou que a Corte desempenhou um papel fundamental na consecução dos fins da Organização. “No exercício de suas competências contenciosas e consultivas, não apenas tem combatido a impunidade e as violações de direitos humanos, mas também tem estabelecido padrões de proteção adotados pelos Estados membros, que hoje servem de guia para a administração da justiça nas Américas”, afirmou.
Coluna Minas Gerais
Drones fortalecem ações da Polícia Civil no campo mineiro
FAEMG SENAR | Divulgação
Sistema Faemg, Sicoob Central Crediminas e CCPR entregam drones à Polícia Civil para reforçar a segurança dos produtores rurais de Minas Gerais
Em mais uma ação de parceria entre o setor produtivo e as forças de segurança pública, o Sistema Faemg Senar, o Sicoob Central Crediminas e a CCPR – Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais realizaram, nesta quarta-feira (23/10), a entrega oficial de dois drones e equipamentos complementares à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Os equipamentos doados incluem dois drones modelo DJI Matrice 4T, seis baterias avulsas, um cofre guarda-armas com fechadura eletrônica, duas estações de energia EcoFlow Delta Pro (127V) e o custeio de um link de internet via satélite Starlink por 12 meses, destinado exclusivamente ao uso das unidades policiais rurais.
Representando as instituições parceiras, estiveram presentes o presidente da CCPR, Marcelo Candiotto, e a gerente administrativa do Sicoob Central Crediminas, Cassilene da Silva. Também participaram o vice-presidente de Finanças e presidente do Instituto Antônio Ernesto de Salvo (INAES), Renato Laguardia, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, e o deputado estadual Antônio Carlos Arantes.
O presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio Pitangui de Salvo, destacou que a segurança no campo é prioridade e que parcerias como essa são essenciais para garantir mais confiança e estabilidade ao produtor rural:
“Há alguns meses, recebemos o pedido da Polícia Civil, com o apoio do deputado Antônio Carlos Arantes, para viabilizar equipamentos que pudessem ampliar a efetividade das investigações nas áreas rurais. Esse campo, que antes era apenas bucólico, hoje é altamente produtivo e, por isso, passou também a ser alvo de criminosos. Imediatamente acionamos nossos parceiros da CCPR e do Sicoob para atender a essa demanda. Essa entrega é um gesto simbólico do nosso compromisso em colaborar sempre que possível para melhorar a vida e a segurança do nosso povo.”
A entrega marca mais um passo importante na integração entre o setor produtivo e as forças policiais, fortalecendo a rede de apoio e proteção ao homem e à mulher do campo em todo o estado.
Governador em exercício, Mateus Simões, durante entrega de equipamentos à Polícia Civil de Minas Gerais
O governador em exercício, Mateus Simões, ressaltou a importância da iniciativa:
“Quero agradecer, em nome do Governo de Minas, ao Sistema Faemg, à CCPR e ao Sicoob Central Crediminas pelo cuidado e pela parceria com a nossa Polícia Civil. O combate à criminalidade no campo traz desafios muito diferentes dos enfrentados nas áreas urbanas — as grandes distâncias e a topografia exigem soluções inovadoras. É gratificante ver que estamos equipando cada vez melhor nossas forças de segurança e incorporando ferramentas que ampliam a capacidade de investigação e resposta.”
A cerimônia, realizada na sede do Sistema Faemg Senar, em Belo Horizonte, simboliza o compromisso conjunto com a ampliação da segurança no campo, com foco em reforçar o monitoramento de propriedades rurais, prevenir crimes e apoiar operações policiais em regiões rurais de todo o estado.
A chefe adjunta da Polícia Civil, delegada Rita de Cássia, destacou a importância da parceria com o setor produtivo e o poder público:
“Receber cerca de R$ 160 mil em equipamentos tecnológicos reforça nossa convicção de que estamos no caminho certo. Hoje contamos com 14 delegacias rurais em todo o estado e seguimos trabalhando para ampliar essa estrutura. Temos certeza de que, com essa nova aparelhagem, poderemos alcançar resultados ainda mais efetivos nas investigações.”

Vice-presidente de Finanças do Sistema Faemg Senar, Renato Laguardia; Felipe Costa Marques de Freitas, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri); delegado João Victor de Jesus Leite, coordenador da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Rurais (Deicra); presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo; chefe adjunta da Polícia Civil, delegada Rita de Cássia; presidente da CCPR Marcelo Candiotto; gerente administrativa do Sicoob Central Crediminas, Cassilene da Silva e deputado estadual Antônio Carlos Arantes
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