Minas Gerais
Jovens do Sistema Socioeducativo aprendem a produzir tapetes reciclando retalhos de tecidos doados em Passos
Seis jovens que cumprem medida socioeducativa de internação em Passos, no Sul de Minas, participam de uma oficina de confecção de tapetes com tiras de tecido reciclado. A atividade conta com o apoio de confecções locais, de pequeno e grande portes, que integram uma das principais bases econômicas da região. Empresas e costureiras independentes fazem doações de retalhos de tecidos que, em sua maioria, seriam descartados. Esse material é reaproveitado pelos jovens na produção dos tapetes.

Para a diretora-geral do Centro Socioeducativo de Passos, Débora Batista, essa parceria, além de abrir oportunidades para os jovens, possibilita que os parceiros conheçam de perto o trabalho desenvolvido dentro da unidade e permite que a comunidade auxilie no processo de ressocialização.
Ela conta que os jovens querem expor o material em uma feira anual, popular no município. “Pelo artesanato podemos transformar pessoas que parecem invisíveis aos olhos do mundo, recuperando assim sua autoestima”, observa a diretora.
Funcionamento
A oficina teve início em março de 2020, no Centro Socioeducativo de Passos, administrado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase). Mais de 30 adolescentes já participaram da atividade, que é realizada semanalmente, de segunda a sexta-feira, com 1h30 de duração.
A técnica é ensinada aos adolescentes pela assistente social Juliana Guimarães, com o apoio da oficineira Andressa Carvalho. “Retalhos de tecidos podem não ser valorizados por muita gente. Mas esse projeto prova que podem ajudar a resgatar e transformar vidas”, diz a assistente social.
Os familiares dos jovens são presenteados com os tapetes produzidos por eles. João Pedro*, de 16 anos, diz que não imaginava que teria escola, atividades e novos aprendizados dentro da unidade. “Achei que era só ficar fechado”, conta. Dentro do centro ele está continuando os estudos e participa da oficina há praticamente três meses, além de integrar outras atividades da rotina da unidade.
João* pretende trabalhar com marcenaria, mas quer fazer tapetes por hobby, para presentear amigos e familiares e, quem sabe, até gerar uma renda extra. Ele, que já ajudou a tia costureira na finalização de peças, iniciou cortando as tiras e agora afirma que já sabe produzir um tapete do início ao fim. O jovem presenteou a mãe dele com seu primeiro tapete. “Para mim nem ficou tão bom. Ainda estava aprendendo, mas ela ficou muito feliz e elogiou bastante”. A mãe de João, Maria Antônia*, afirma que a alegria foi por conta do presente duplo: um material bem produzido pelo filho e a felicidade em vê-lo adquirindo novos aprendizados. “Ficou lindo! Guardei com muito carinho para não estragar”, revela.
*Os nomes são fictícios para preservar a identidade do adolescente, segundo determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
GERAL
José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”
O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.
“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.
Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.
“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.
Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina
O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.
Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.
Crítica ao governo federal e à inversão de valores
José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.
“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.
Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.
Confiança no PL e esperança de mudança
O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.
“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.
José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.
Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:
“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”
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