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Minas Gerais

Governo avança em inovação com o lançamento do ‘Compete Minas’

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Marco Evangelista / Imprensa MG

Para aumentar ainda mais a competitividade de empresas mineiras e estreitar as relações entre universidades e instituições de pesquisa com o setor privado, o Governo do Estado lançou, nesta terça-feira (31/5), o Compete Minas. A ação inclui a abertura de dois editais, no valor integral de R$ 100 milhões, para apoiar projetos de inovação nas empresas.

O evento de lançamento do Compete Minas foi realizado na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), no bairro Horto Florestal, região Leste de BH. A Fundação é parceira da iniciativa junto à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG).

De acordo com o governador Romeu Zema, Minas Gerais criou, nos últimos anos, um ambiente favorável ao empreendedorismo e à atração de investimentos. No entanto, tais medidas, isoladas, não são capazes de fomentar o desenvolvimento econômico e aumentar a competitividade do estado.

“Hoje, firmamos uma importante aliança entre as universidades, empresas e governo para termos, de fato, inovação e pesquisa aplicada. Essa aproximação é fundamental para que as empresas, aqui instaladas, ofertem ao mundo produtos diferenciados e de maior valor agregado”, afirmou.

O governador lembrou que outras iniciativas já realizadas ou em curso também são importantes ferramentas na criação de um ambiente propício para a inovação. “Não se fala em inovação sem estradas bem conservadas, é preciso ter energia, mão-de-obra qualificada, desburocratização dos processos e segurança”, detalhou.

Editais do Compete Minas

Os editais do Compete Minas foram divididos em duas linhas e há previsão de que sejam publicados no dia 6/6 no site da Fapemig. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG), os sistemas Fecomércio e Ocemg, e Sebrae Minas são parceiros que irão atuar na divulgação dos editais, além de fazerem parte da composição da Câmara de Avaliação de Projetos Exclusiva (Cape). A câmara é responsável pela análise da inovação e a viabilidade econômica e financeira dos projetos submetidos no âmbito dos editais do Compete Minas.

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A primeira linha, intitulada Empresas, disponibilizará R$ 50 milhões para que empresas, cooperativas e startups desenvolvam projetos de inovação tecnológica em produtos ou processos de maneira independente ou em parceria com outras instituições. Poderão ser inscritos projetos de empresas que faturem até 300 milhões de reais por ano, sendo o valor máximo por projeto variável de acordo com o porte da organização. Empresas que faturem até R$ 16 milhões poderão requerer até R$ 200 mil e as demais irão poder requerer até R$ 1 milhão.

Marco Evangelista / Imprensa MG

Já a Linha Tríplice Hélice, voltada para as instituições de ciência e tecnologia, prevê o aporte de R$ 50 milhões para que universidades públicas e privadas realizem projetos de pesquisa e inovação em parceria com o setor privado. Os projetos inscritos deverão ser de autoria de instituições de ciência e tecnologia localizadas em Minas Gerais que tenham parceria com empresas. Nessa linha, o valor que poderá ser requerido por projeto também varia de acordo com o porte da empresa. Para projetos que tiverem como parceiras empresas que faturem até R$ 16 milhões, poderão ser requeridos até R$ 200 mil. Já para aqueles que tenham parceria com empresas que faturam entre R$ 16 milhões e R$ 300 milhões, o valor requerido é de até R$ 2 milhões por projeto.

Indutor

Na avaliação do secretário Fernando Passalio, o Governo de Minas preza pelo fomento à inovação tecnológica, uma vez que os lançamentos dos editais estimulam as empresas a se tornarem mais competitivas no mercado.

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“Ao incentivar modelos desburocratizados de acesso a recursos para inovação junto ao setor privado, o Estado se posiciona como amigo do empreendedor, impulsionando empresas a criarem diferenciais para enfrentar a concorrência. Com isso, o Compete Minas irá oferecer melhores condições para que empreendimentos mineiros se desenvolvam e, consequentemente, contribuam para gerar oportunidade de emprego e renda aos mineiros”, enfatiza o secretário Passalio.

Inovação e negócios

Durante a cerimônia de lançamento do Compete Minas foram apresentadas pela Sede-MG as oportunidades trazidas pelo projeto que vão facilitar o acesso das empresas, cooperativas e startups de qualquer setor a recursos não reembolsáveis para investimentos em inovação para seus negócios.

“O apoio à inovação faz parte da missão da Fapemig. Nesse sentido, o Compete Minas vem para somar as oportunidades oferecidas pela fundação. Essa iniciativa promete um impacto muito significativo no processo de transferência de tecnologias geradas na academia para o setor empresarial, tanto pelo volume de recursos disponibilizados quanto pelas interações induzidas”, afirma o presidente da Fapemig, Paulo Sérgio Lacerda Beirão.

Segundo o subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Felipe Attiê, o Compete Minas será capaz de desenvolver ainda mais o estado na área da inovação tecnológica. “Sabemos que para que as empresas mineiras continuem competitivas em nível nacional e internacional, a ciência, a tecnologia e a inovação são fundamentais. Com essa ação, pretendemos agregar DNA de tecnologia e inovação às empresas mineiras”, acrescenta Attiê.

Incentivo a programas

Estima-se que, durante os 41 meses da atual gestão, o governador Romeu Zema já disponibilizou mais de R$62 milhões em projetos de inovação para o setor produtivo. Esse recurso foi executado por meio de programas como o Seed, de aceleração de startups, executado pela Subsecretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, dos programas Centelha e Tecnova, da Fapemig. Além disso, foram disponibilizadas linhas de crédito para inovação, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

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Brasil e Mundo

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira a entrevista abaixo com o coordenador da Semana da Aleijadinho, Mauro Amorim.

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, filho do artista Pio Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

greja Nossa Senhora da Conceição é uma das referências da arquitetura e da história de Ouro Preto. Depois de quase uma década em reforma, o santuário com os restos mortais do mestre Aleijadinho vai ser reaberto ao público, em Ouro Preto

Pintura de Manuel da Costa Ataíde no teto da Igreja de São Francisco de Assis.
Além das pinturas que dominam todo o teto, a Igreja de São Francisco de Assis ainda conta com adornos em ouro e prata e esculturas de Aleijadinho, escultor e arquiteto responsável também pelo projeto dessa mesma igreja. Aleijadinho (cujo nome de batismo era Antônio Francisco Lisboa), ao lado de Manuel da Costa Ataíde e Mestre Valentim, formou o principal grupo de artistas do barroco mineiro.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Este relógio de fabricação inglesa pertencia a Joaquim José da Silva Xavier e estava com ele no momento da prisão. Foi leiloada pela coroa e passou pelas mão de particulares até 1953, quando JK o adiquiriu para o museu da Inconfidência. Ao lado um boticão que permitia a Tiradentes usar uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam para extrair dentes daqueles que visitam seu consultório.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

O Museu da Inconfidência cuida de obras do século XVII, XVIII e XIV é aberto ao público em horários disponivéis no site oficial.

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

Imagem de Nossa Senhora das Dores esculpida na madeira, do artista mineiro Fernando Pedersini, foi exposta no Santúario Matriz Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto durante a exposição “Do Conto ao Ponto”.

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