TECNOLOGIA

Não tenho Facebook, não uso WhatsApp… Você está off-line ?

Espécimes raras, é verdade, mas, vez ou outra ouvimos falar de alguém que não tem presença marcada nas mídias sociais digitais. Estamos falando de uma pessoa que não mantém um perfil ativo no Facebook, no Instagram, no Twitter ou no caçula Snapchat. Quanto menos tem uma conta para compartilhar suas fotos no Pinterest ou no Flickr. Nos Estados Unidos, até um novo termo foi […]

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Espécimes raras, é verdade, mas, vez ou outra ouvimos falar de alguém que não tem presença marcada nas mídias sociais digitais. Estamos falando de uma pessoa que não mantém um perfil ativo no Facebook, no Instagram, no Twitter ou no caçula Snapchat. Quanto menos tem uma conta para compartilhar suas fotos no Pinterest ou no Flickr.

Nos Estados Unidos, até um novo termo foi criado para enquadrar os rebeldes que se negam a fazer parte deste mundo virtual. São os Tech Abandoners. Verdade é que há uma vasta lista de rótulos para estas pessoas que tem aversão ao digital que vão desde desplugados e antissociaisaté ermitões. #Diferentões

Sim, são uma minoria, pois, segundo pesquisa realizada em 2015 pela comScore, mais de 45% dos brasileiros estavam conectados à internet. E dadas as proporções e características socioeconômicas do nosso país, esta é uma constatação de grande relevância. Ainda segundo o mesmo estudo, o Brasil figura como líder no tempo médio gasto especificamente em redes sociais, o que representa mais de 60% do que o resto do planeta.

Talvez, estes números sejam reflexo da mudança na composição do público que acessa a internet e principalmente de suas necessidades. Basta retrocedermos ao final do século XX para recordarmos que a época o uso da internet era restrito às classes mais favorecidas economicamente ou a área científica. Hoje, o uso das mídias sociais vai muito além e já pode ser considerado essencial no ambiente de trabalho. Por isso, barreiras socioeconômicas não são mais intransponíveis.

Mas então o que leva as pessoas a este “enclausuramento” digital?

Dentre as motivações podem aparecer desde a busca por uma melhor qualidade de vida, dado que não são poucos os casos de relacionamentos que se deterioram e chegam ao fim pelos problemas que surgem com a exposição da vida pessoal do casal nas redes e até mesmo pessoas que deixam de cultivar suas relações sociais com amigos e familiares por estarem mais interessadas em interagir com a tela do seu smartphone. Uma ironia, se pensarmos que as redes sociais surgiram justamente para facilitar estas conexões.

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Temos também que considerar as situações em que esta opção não é puramente voluntária. Às vezes, trata-se de uma necessidade imperativa de proteger a privacidade e se preservar. Por mais que o uso de mídias sociais tenha se tornado praticamente obrigatório em muitas empresas, para fins de tornar mais ágil a comunicação e a gestão do trabalho, existem segmentos em que é aconselhável um uso mais moderado e pautado e, em outros extremos até mesmo um afastamento definitivo. Pensando em um médico, por exemplo, porventura seja mais prudente não se envolver em certas discussões e abster-se de participar de grupos e fóruns com conteúdos sensíveis a sua área.

Recentemente, tornou-se conhecido através de uma matéria exibida pelo Fantástico, da Rede Globo, o caso da juíza Daniela Barbosa que, por medo de represálias, prefere manter-se distante das redes sociais: “[…]não tenho perfil, não tenho páginas sociais[…]”. Como a magistrada, muitos outros tomam esta postura para evitar perseguições de ex-companheiros e até mesmo para não serem alvos de vigilância por parte de seus empregadores.

Por fim, não deixamos de lado aqueles que optam por este desligamento ao aderirem um estilo de vida mais sustentável e até mesmo “cult”. Vertente esta que muito cresce para fazer frente a um mundo cada vez mais programado e impessoal. Entram nesta conta as pessoas que fazem questão de manter hábitos “analógicos” como a leitura de livros e jornais em papel ou, mesmo fora deste escopo da internet, todos nós conhecemos um amigo ou um colega de trabalho que não come nada que seja transgênico. São os novos estilos de vida.

Doença das Redes Sociais?

Estudiosos e profissionais de mídias sociais tem dedicado uma atenção especial ao uso em exagero destas novas tecnologias que já são responsáveis pelo surgimento de algumas “síndromes” do mundo moderno. O colunista Ronaldo Lemos da Folha de São Paulo, em seu artigo Medo de Perder Alguma Coisa (2015), fala de três delas: FOMO, FOBO e FODA. Respectivamente, estas siglas dizem respeito ao Medo de Perder Alguma Coisa, Medo de Ficar Desconectado e o Medo de Fazer Qualquer Coisa[1]. Quem de nós nunca teve aquele sentimento de não estar antenado em tudo? Ou entrou em surto quando viu que a bateria do celular estava acabando? E que atire a primeira pedra quem nunca ficou “zapeando” todos os canais de TV e terminou por não assistir nada? Quem?

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É viável “morrer” para o mundo virtual?

Pelo menos para os americanos, não! Uma pesquisa realizada pela Harris Poll identificou que 67% dos yankees tentaram no último, ao menos por uma vez, se desconectar das redes sociais. Conseguiram? Quase 40% dos entrevistados disseram ser irreal ficar off-line por mais de 2 horas!

Ao se inscrever em uma rede social, deveríamos receber o seguinte alerta: “Consuma com moderação! Sujeito a vício eterno.”

Por ora, o que podemos dizer é que, para o bem ou para o mal, estamos em um caminho sem volta. NO WAY BACK!

REFERÊNCIAS

FOLHA DE S. PAULO. LEMOS, Ronaldo. Medo de Perder Alguma Coisa. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2015/01/1571046-medo-de-perder-alguma-coisa.shtml>. Acesso em 04 de junho de 2016.

MEDIA POST. Most Americans Try to Unplug From Social Media. Disponível em: < http://www.mediapost.com/publications/article/269965/?utm_source=feedburner&amp;utm_medium=feed&amp;utm_campaign=Feed%3A+mobile-marketing-daily+%28MediaPost+%7C+Mobile+Marketing+Daily%29>. Acesso em 04 de junho de 2016.

PORTAL G1. Magistrados Julgam Réus Violentos e Sofrem Ameaças. Disponível em: < http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2016/05/magistrados-julgam-reus-violentos-e-sofrem-ameacas-constantes.html>. Acesso em 04 de junho de 2016.

TECHTUDO. Futuro Digital em Foco Brasil 2015. Disponível em: <http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/06/brasileiros-gastam-mais-de-650-horas-por-mes-navegando-em-redes-sociais.html>. Acesso em 04 de junho de 2016.

[1] Fear Of Missing Out, Fear Of Being Offline, Fear of Doing Anything.

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Coluna Minas Gerais

Edital Fomenta Turismo Sustentável na Serra da Canastra

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O Ministério do Turismo, em colaboração com a Unesco e o ICMBio, lançou um edital que visa impulsionar o turismo sustentável na Serra da Canastra, uma das regiões mais emblemáticas do estado de Minas Gerais. O objetivo é promover atividades de educação ambiental, conservação do meio ambiente e práticas turísticas que respeitem o equilíbrio ecológico, oferecendo ao visitante uma experiência de imersão na natureza.

Com foco no desenvolvimento de iniciativas que unam turismo ecológico e recreação ao ar livre, o edital estimula a promoção de destinos pouco explorados, buscando ampliar a oferta de atrativos turísticos na região. As propostas devem ser enviadas até 16 de janeiro de 2024, e todas as orientações necessárias estão disponíveis no site da Unesco.

Além de proporcionar o fortalecimento da economia local, a iniciativa tem como premissa a valorização da diversidade cultural e natural do Brasil. Uma das grandes apostas do edital é capacitar as comunidades locais, oferecendo oportunidades para o aprendizado e a implementação de práticas sustentáveis. Para tanto, o projeto também visa incentivar a inovação tecnológica como ferramenta para promover o turismo responsável.

De acordo com a nota publicada, o edital busca fortalecer a sustentabilidade e apoiar a preservação da Serra da Canastra, considerada um patrimônio natural de grande importância. A região, famosa por suas paisagens deslumbrantes, sua rica biodiversidade e a produção de queijo artesanal, tem tudo para se consolidar ainda mais como um destino turístico de destaque no Brasil.

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O Ministério do Turismo destaca a importância de integrar as práticas sustentáveis com o turismo, de modo a criar um modelo que respeite o meio ambiente, ao mesmo tempo em que contribua para o crescimento econômico das regiões envolvidas. Em tempos de crescente conscientização sobre a preservação ambiental, iniciativas como essa são fundamentais para promover um turismo que respeite e valorize o que há de mais precioso no país.

Os interessados em participar do edital têm até o dia 16 de janeiro para submeter suas propostas. Para mais informações e detalhes sobre como enviar as inscrições, acesse o site da Unesco.

Fonte: Últimas Notícias – Formiga

 

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Divinópolis celebra abertura do Ano Jubilar

Divinópolis se prepara para celebrar a abertura do Ano Jubilar neste domingo, 29 de dezembro, com uma grande caminhada e missa especial. A programação começará às 16h com uma caminhada do Santuário do Senhor Bom Jesus até o Ginásio Poliesportivo Fábio Botelho Notini, onde será celebrada uma missa presidida por Dom Geovane Luís. Com o tema “Peregrinos da Esperança”, o Jubileu marca os 2025 anos da encarnação de Jesus Cristo e visa promover uma renovação espiritual e compromisso com a transformação pessoal e social. Igrejas jubilares na Diocese de Divinópolis também foram designadas, permitindo aos fiéis a indulgência jubilar ao visitá-las. (Portal Gerais – Divinópolis)

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Projeto de Natal solidário da PM

O projeto “Meu Natal Solidário”, da Polícia Militar de Minas Gerais, foi realizado com sucesso na 8ª Região da Polícia Militar, arrecadando e distribuindo quase 26 mil brinquedos, mais de 6.000 cestas básicas e fraldas geriátricas para crianças e famílias em situação de vulnerabilidade social. Com o apoio da sociedade, as Unidades Operacionais levaram alegria e solidariedade a centenas de crianças de várias cidades. Além da entrega de presentes e alimentos, o projeto incluiu ações de conscientização para incentivar boas escolhas entre as crianças. (Jornal da Cidade – Governador Valadares)

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